Capítulo 56 ~ Malia

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MALIA

Ninguém merece. Será que é tão difícil ele só ir vender drogas por aí e me deixar em paz? Acho que não.

- Não. Valeu - respondi.

- Você não está sendo compreensiva. Talvez isso aqui ajude você a mudar de ideia - ele tirou a arma do cós da calça e pressionou nas minhas costas.

Sem responder eu me virei de uma vez e o desarmei. Meu pai estaria orgulhoso. Apontei a arma em sua direção e mandei ele se afastar.

- Isso é brinquedo de homem, docinho. Me devolva - disse.

- Sério? - destravei a arma e continuei apontando pra ele - Não parece tão difícil.

- Boa tentativa, mas a arma não está carregada.

- Eu sei - rapidamente me aproximei e bati com a arma nele, o fazendo desmaiar. Joguei a arma um pouco mais longe e entrei no carro, dei partida e saí o mais depressa possível.

Passei 50% do tempo chorando assustada com o que tinha acabado de acontecer e os outros 50% preocupada com oque aconteceu entre Dan e o pai dele pra fazer ele se expor ao perigo dessa forma. Ele já ficou bêbado outras vezes, mas geralmente em casa. Ele já usou drogas outras vezes, mas prometeu parar, e ele cumpriu essa promessa. Mas hoje... Ele ia descumprir ela.

Aconteceu algo muito ruim.

Parei em uma farmácia antes de ir para casa de Bug pra comprar alguns remédios para dor de cabeça e água.

Assim que voltei para o carro eu fiz Dan tomar logo um remédio para dor de cabeça.

Quando chegamos na casa dele, Bug já estava dormindo novamente.

- Acorda. Vamos! - o sacudi.

- Eu não quero ir embora - resmungou.

- Você não está indo embora. Você está em casa. Vamos! Levanta - empurrei ele mais algumas vezes, mas ele me ignorou.

- Porra! - Bug esbravejou depois que eu joguei o restante da água em sua cara.

- Sai da porra do carro!

- Tá.

Ele se apoiou em mim e fomos a passos lentos até chegar na porta da casa. Ele é pesado demais para mim. Meus ombros já estão doloridos.

- Entra - disse enquanto puxava ele.

- Sabe que ele falou de novo? - Bug disse rindo. Eu quero matar Robert.

- O que está acontecendo? - John perguntou. Não havia reparado que ele estava no sofá.

- Oi. Nada. Apenas bebidas demais - espero que meus olhos não estejam mais vermelhos e inchados.

- Você precisa de ajuda aí? - SIM!

- Sim, por favor. Você pode levar ele para o quarto? - perguntei depois que John colocou seu ombro onde o meu estava.

- Claro.

Ele e Bug saíram em direção ao quarto e eu peguei uma garrafa de água na geladeira e um balde que estava na área de serviço e levei para o quarto dele, parando só para mandar mensagem para minha mãe avisando que eu já havia chegado e estava tudo bem e pedir pra que ela entregasse uma bolsa com roupas para meus irmãos. Foi só isso que deu pra meu celular fazer, depois ele apagou completamente. Droga de bateria.

- Eu também te amo, cara - escutei John dizer para Dan - Você precisa de ajuda pra mais alguma coisa? - perguntou quando notou que eu havia entrado no quarto.

Sorte sua que eu te amo.  Onde histórias criam vida. Descubra agora