Lost Boy ** CASHTON

38 L U K E

Durante o dia eu mandei uma mensagem para Michael pedindo pra que ele passasse em casa a noite depôs que saísse do seu trabalho, já fazem alguns dias desde que tive aquela conversa com Ashton e sinto que se eu não tiver essa mesma conversa com Michael eu vou infartar, porque muito infelizmente eu sou assim, enquanto eu não disse o que sinto que devo dizer eu não tenho paz.

- Está tudo bem? - foi a primeira coisa que ele disse quando abri a porta quando ouvi a campainha tocar.

- Acho que sim.

- Por Deus Luke, eu fiquei preocupado. - Michael repentinamente me puxou pela cintura e me abraçou, me abraçou com força como se algo terrível tivesse acontecido. - Você só me pediu pra que viesse aqui, não explicou nem nada, achei que tinha acontecido alguma coisa. - É engraçado, só estivemos sozinhos no nosso primeiro e único encontro até o momento, mas nos falamos todos os dias, seja por mensagem ou uma ligação de alguns minutos antes de dormir, então eu sinto como se convivêssemos diariamente.

- Me desculpe. - Murmurei o puxando pra dentro de casa, ele parecia acuado em estar na minha casa e ainda me olhava com um olhar que parecia preocupado. - Eu só queria conversar com você, me desculpa se te assustei. - Eu sentei no sofá, puxando ele pela mão pra que sentasse logo ao meu lado.

- E eu devo me preocupar com essa conversa? - Ele perguntou em tom de brincadeira, segurando minha mão.

- Olha, eu sei que isso pode ser chato, mas eu gosto de deixar as coisas claras, eu estou meio que gostando de você, e eu só queria que soubesse que eu e Ashton somos só amigos, digo, nosso sentimento, não passa disso e...

- Luke, eu sei. - Ele me interrompeu, me puxando pra outro abraço. - Eu sei que Ash está gostando do Calum também, eu entendo, não precisa se preocupar com isso.

- Eu só tinha medo que... não sei, na verdade não sei o que eu pensei. - o carinho que ele faz no meu cabelo é confortável e eu quero que ele continue, Michael é gentil de uma forma encantadora e eu me sinto patético por ter me preocupado tanto com isso, eu nem mesmo sei porque isso estava me incomodando tanto.

- Não tem com o que se preocupar... e inclusive, eu também estou gostando de você. - Eu não lembrava que gostar de alguém era tão desesperador, e intenso, e meu Deus eu acho que vou explodir.

Quando eu e Ashton brincávamos sobre um badboy de coração mole achei que realmente fosse só brincadeira, por que Ash nunca me falou que ele existe? Porque aqui está Michael Clifford usando uma jaqueta de couro, usando preto dos pés a cabeça, com uma cara emburrada e me abraçando enquanto faz carinho no meu cabelo.

- Você pode ficar mais um pouco? Podemos fazer o jantar daqui a pouco.

- O tempo que quiser, eu te disse da última vez que viria sempre que quisesse, só por favor não quase me mata do coração da próxima vez. - Ele me soltou de seu abraço, mas ainda com a mão no meu rosto. Eu não lembro quando foi a última vez que me senti assim, a proximidade dele me deixa sem jeito, eu não sei o que dizer ou como agir, e a única coisa que eu sinto é seu polegar deslizando pela minha bochecha.

- Prefere jantar aqui mesmo? Ou quer sair um pouco?

- Acho que tudo bem se ficarmos aqui. Tudo bem pra você? - Eu só concordei com a cabeça. - Eu só vou estacionar minha moto direito, parei ela de qualquer jeito, não sabia que ia ficar mais um pouco. - Michael ameaçou se levantar, mas eu segurei seu mão ainda em meu rosto, ele me olhou curioso, eu beijei seu rosto e me afastei o suficiente pra ver suas bochechas tomando um tom rosado, ele é adorável.

- Obrigado por vir e também por me fazer companhia.

- E quem seria o maluco que recusaria qualquer convite seu? - Ele está rindo e eu sei que agora eu que. Estou corado, eu gosto dessa dinâmica, eu gosto mesmo, ele sempre me deixa sem jeito de alguma forma, por mais que isso não seja costumeiro da minha parte, e mesmo também estando envergonhado por algum motivo ele ainda tenta me provocar. - Eu já volto. - Ele deslizou a mão até meu pescoço me puxando pra mais perto, Michael me beijou por só alguns segundos, mas o suficiente pra me fazer sorrir como se ele fosse meu primeiro beijo.