"E se eu quiser ficar?"

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Sinto algo gelado em baixo de mim

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Sinto algo gelado em baixo de mim. De zero a cem, era mil em desconforto. Sinto as minhas pernas a serem puxadas para cima. Abro os olhos lentamente e lá estava a mesma visão.

- Daniela... - chamo pela minha melhor amiga que logo aparece no meu campo de visão.

- Relaxa. Está tudo bem! - ela passa com a sua mão pela minha testa.

Tinha açúcar debaixo da língua. A minha visão começa a focar aos poucos e o meu coração volta a acelerar.

- Diz-me que isto é uma miragem. Eu parece que estou a ver o Henry Cavill! - franzo as sobrancelhas.

Os seus lábios formam um sorriso. Ele deve ter percebido o nome dele no meio das palavras portuguesas, porque segundo o meu fanatismo, ele fala muitas línguas, menos o português.

- É ele mesmo Ana. Eu tentei avisar-te quando estavas à procura do telemóvel.

- ...peço desculpa... - digo as primeiras palavras que me vêm à cabeça.

- Não tens que pedir desculpa! - ele sorri. - A tua amiga contou-me que tens anemia e que não podes fazer movimentos bruscos com a cabeça. - Olho para a Daniela e agradeço-lhe por não lhe ter dito que era uma maluca por ele. - Vou pousar as tuas pernas, ok? - confirmo com a cabeça.

Ele baixa as minhas pernas lentamente e eu nunca estive tanto tempo sem palavras na minha boca. A minha garganta estava seca e o pior de tudo, sentia grãos de açúcar por todos os cantos da boca.

- Deixa-te estar deitada mais uns segundos e já te ajudo a levantar! - diz Henry.

- Não é preciso! - digo em português e então reparo que ele não entendeu nada do que eu dissera. - Desculpa. Eu disse que não era preciso. Eu consigo sozinha! - dou um sorriso nervoso.

- Tens a certeza? - ele pergunta com uma sobrancelha arqueada.

- Henry, muito obrigada por me teres ajudado a trazer a Ana para aqui. Ela é magra mas come que nem um cavalo. - olho para a Daniela com vontade de a matar.

- Ahahaha nada disso. Ela até é bastante levezinha!

- Eu não como assim tanto!

Tento levantar-me aos poucos e sinto umas náuseas. Hoje o planeta deu para girar três vezes mais rápido. Sento-me no chão e reparo que não tenho nada perto de mim para me apoiar e levantar. Vejo então um braço forte cheio de músculos e veias sobressalientes à minha frente.

Se Quiseres, Somos Dois A QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora