Capítulo 4 - Beco Diagonal

892 78 23
                                    

01 de agosto de 1995

O dia mal amanhecera e Catherine já estava acordada, pois havia tido outro pesadelo. Já tinha pelo menos um mês que ela sonhava com a mesma coisa. Ela sentou-se na cama tentando processar as imagens que tinha visto. Ela andava por um corredor escuro, e ao final dele havia uma porta grande de madeira escura, onde um homem que ela não conseguia reconhecer estava à frente, fora isso não conseguia se lembrar de mais nada. A cicatriz em seu braço formigava como das outras vezes em que tivera o sonho, o que a deixava mal-humorada o dia inteiro.

Cansada de ficar dentro do quarto e irritada por conta da cicatriz, Catherine resolveu ir tomar banho. Seria um longo dia, já que ela teria que ir ao Beco Diagonal para comprar seu uniforme e a varinha, pois os livros Dumbledore teve a bondade de mandar entregá-los na sede da Ordem da Fênix.

Quando terminou, Catherine optou por usar um vestido quadriculado que acentuava as curvas de seu corpo. A garota desceu as escadas e foi tomar o café da manhã. Mesmo sendo cedo, a Sra. Weasley já estava acordada, preparando a refeição para os que ficaram de guarda no período da noite, entre eles estavam Lupin e Sirius que conversavam seriamente. Ela tentou não ler os pensamentos dos que estavam presentes. Apesar de todos os esforços, desde que chegara os seus poderes pareciam estar se aflorando cada vez mais, o que lhe causava momentos constrangedores onde ela respondia os pensamentos dos outros em voz alta, como se estivessem falando com ela. O maior problema, era lidar com os gêmeos, os pensamentos escandalosos e acelerados dos dois conseguiam levá-la à loucura.

Catherine entrou na cozinha, que era ligada à sala de jantar, e sentou-se à mesa.

— Bom dia, querida, achei que ainda estaria dormindo — disse a Sra. Weasley docemente. — Temos panquecas, torradas com ovos e mingau de aveia.

— Hum... Parece delicioso! — disse Catherine, apesar de estar de mau humor, ela não conseguia deixar de sentir uma gratidão extrema pela Molly, já que mesmo ela sendo filha de um poderoso bruxo das trevas, a mulher a acolheu. Tratar mal a Sra. Weasley, ou a qualquer um naquela casa estava totalmente fora de questão para ela. Ela os via como sua família.

— Você parece cansada — comentou Remus. — Dormiu bem?

— Não muito. Minha cicatriz continua formigando, está me levando à loucura! — respondeu.

— Por que não desceu para jantar ontem? — perguntou Sirius

— Estava muito cansada — ela mentiu. No dia anterior havia sido seu aniversário, o dia que ela e sua mãe sempre saiam juntas para comemorar, ou ficavam em casa comendo besteiras e assistindo filmes. Ela não queria que à vissem no estado deplorável que se encontrava, principalmente depois de ter tido um pequeno surto que causara uma rachadura na parede atrás do velho armário em seu quarto.

— Então, está animada para ir comprar a sua varinha hoje? — perguntou Remus, mudando de assunto.

— Ah, com certeza! — disse Catherine, animando-se um pouco. — Não vejo a hora de irmos!

— A Sra. Weasley e a Tonks irão lhe acompanhar — disse Sirius. — Eu adoraria, é claro, mas infelizmente ainda sou um fugitivo.

— Eu gostaria que você também fosse, Sirius — disse Catherine acariciando sua mão carinhosamente. — Prometo trazer algo para você.

— Não se preocupe com isso — Sirius sorriu. — Aliás, quem deveria ganhar presentes é você. Ontem foi seu aniversário!

— Bobagem! — Catherine sacudiu a cabeça. — Vocês já fizeram muito por mim, isso não tem preço! É o melhor presente que eu poderia ter recebido!

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora