Capítulo 22- O Novo Batedor da Grifinória.

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AVISO: NESTE CAPÍTULO CONTÉM LINGUAGEM IMPRÓPRIA. CASO NÃO SE SINTA CONFORTAVEL LENDO ESSE TIPO DE CONTEUDO, NÃO LEIA!
Catherine estava paralisada, tentando entender o que havia acontecido. Ela sentia levemente enjoada e sua cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, ela se sentou na própria cama, e logo Hermione se juntou a ela com a expressão de preocupação.

- Você está bem? - Ela perguntou. Catherine assentiu e jogou o anel de volta na caixa.

- O que aconteceu? - Catherine perguntou.

- Eu acho que... você acabou de aparatar...- Hermione respondeu franzindo a testa, a garota olhou para ela como se Hermione estivesse senil. - Não...É impossível aparatar...

- Dentro da propriedade da escola... eu sei...- A garota falou um pouco ríspida. Hermione olhou para ela sem graça. - Desculpe, Mione... eu só não entendo...- ela suspirou frustrada. - Na verdade eu não entendo muitas coisas desde que fui parar... bem você sabe onde.

- E Dumbledore? - Hermione perguntou. - Já falou com ele?

Catherine sentiu-se enjoada mais uma vez, ela fez uma careta. Já havia um tempo que a jovem tentava contatar o diretor, mas aparentemente ele estava ocupado demais para se envolver em qualquer assunto que ela estivesse no meio.

- Eu mandei cartas, já falei com a McGonagall, mas parece que ele anda muito ocupado...- Ela respondeu a voz cheia de rancor.

Hermione por um momento olhou para a garota como se tivesse visto algo estranho, mas então ela sacudiu a cabeça.

- Com toda essa confusão dele com o Ministro da magia, acredito que ele deva estar tendo muito trabalho. - Ela disse ajeitando os longos cabelos e prendendo-os em um coque bagunçado. - Até lá, podemos tentar descobrir o que vem acontecendo com você...- ela falou, sua voz foi diminuindo ao final da frase, e Hermione franziu a testa mais uma vez.

- O que foi? - Catherine perguntou olhando ao redor.

- Não quero assustá-la...- Ela disse de forma cautelosa. - Mas tem algo muito estranho com os seus olhos... A pouco podia jurar que um deles ficou dourado...

Catherine prendeu a respiração, ela não conseguia se mexer diante do choque ao ouvir aquelas palavras.

-Esses sonhos, os desenhos, seu "sonambulismo" ... - Hermione fez aspas com os dedos. - Isso não parece ser algo bom...

Ela não respondeu, apenas desviou o olhar para o espelho que havia ao fundo do quarto, ao olhá-lo, ela conseguia enxergar a sua aparência normalmente, os cabelos loiros quase brancos, a grande mecha rosa que Aurora havia deixado, os olhos azuis acinzentados. Ao mesmo tempo em que ela parecia ser tão "ela", ainda sim Catherine sentia-se como uma pessoa diferente.

(...)

25 de novembro de 1995

Na quarta-feira da mesma semana, Catherine estava ansiosa para saber se havia entrado ou não no time de quadribol. Ela acordou cedo e logo tratou de ir tomar um banho, ela não queria chegar atrasada para o café da manhã como fizera no dia anterior. A garota havia acordado tarde por conta da péssima noite de sono, seus sonhos pareciam cada vez mais vívidos, ela acordou no exato momento em que quase conseguiu abrir a porta de madeira, ela nunca conseguia passar disso.

Assim que Catherine terminou de tomar o seu banho, e estava devidamente despertada, ela se encaminhou para a pia do banheiro, apoiou sua necessaire e começou a arrumar o cabelo. A garota ainda evitava olhar seu reflexo em qualquer superfície, com medo do que estaria encarando-a, ela sentiu um arrepio percorrer a sua espinha, ela se mexeu desconfortavelmente no local onde estava em pé, e por um momento olhou para o seu próprio rosto. E lá estava ela, mas havia algo maligno, seus olhos estavam novamente diferentes um do outro, e ela exibia um sorriso diabólico, a marca da sua cicatriz agora chegava até a região do pescoço. Catherine estava paralisada, e ao mesmo tempo encantada, ela sentia-se estranhamente confortável com aquilo, como se uma parte dela ansiasse pelo momento em que ela estaria daquela forma. Ela se distraiu quando ouviu a porta do banheiro feminino abrir. Uma aluna do primeiro ano passou por ela e entrou na outra cabine vazia. Catherine olhou novamente para o espelho e sua aparência havia voltado ao normal. Ela passou a mão em seu pescoço, e a cicatriz não estava mais lá.

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora