LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred Weasley

Capítulo 6 - Constrangimentos

12 de agosto de 1995

No dia seguinte, Catherine acordou novamente com a cicatriz ardendo. Tivera o mesmo sonho estranho da noite anterior, mas, ainda assim, o seu humor estava ótimo. Ela levantou da cama, ignorando a dor, e foi se arrumar para o café da manhã. Assim que terminou de tomar banho e se vestir, a garota foi para a sala de jantar.

— Bom dia, Sra. Weasley — disse Catherine, sorridente.

— Bom dia, querida. Está de ótimo humor hoje — comentou. — Dormiu bem?

— Não muito, na verdade, mas acordei de bom humor hoje — Catherine deu de ombros. — Onde estão os outros?

— Ah, os meninos estão dormindo ainda. Resolvi deixá-los dormir um pouquinho mais — explicou a Sra. Weasley —, Harry foi para a audiência com Arthur e Gina e Hermione devem descer daqui a pouco.

— Ah, sim... Já tinha até me esquecido da audiência. Espero que tudo ocorra bem. — Catherine disse enquanto enchia seu prato de ovos mexidos com bacon. Ela notou que Molly estava nervosa. Mesmo sentada à mesa, a ruiva não parava de lançar alguns olhares para a porta de entrada da casa. — Vai dar tudo certo. Harry não fez nada de errado.

— Ah, mas o Ministro da Magia é um homem cabeça dura... Você leu o que ele vem colocando n'O Profeta Diário? — falou nervosamente. Era verdade que Dumbledore estava sendo julgado tanto quanto Harry, graças a'O Profeta Diário.

Catherine tinha receio de que a sua ida a Hogwarts pudesse prejudicar ainda mais a reputação do diretor com o Ministro da Magia. 

— Ainda acho que o Ministro vai quebrar a cara. Harry não fez nada além de proteger o primo e a si mesmo daquele dementa-não-sei-o-quê — disse Catherine.

Mesmo que tentasse manter a Sra. Weasley confiante de que Harry se sairia bem, Molly continuava ansiosa para a chegada do garoto.

* * *

George havia acabado de acordar quando se deparou com um Fred arrumado e sorridente como nunca vira antes. O rapaz percebeu que ele estava usando uma colônia masculina. Ao ver a feição do irmão, George começou a rir.

— Por que esse bom humor todo? — perguntou, já sabendo que a resposta seria algo relacionado à Catherine.

— Nada demais, só estou apreciando os momentos magníficos que a vida pode nos proporcionar — respondeu o gêmeo mais velho com um sorriso nos lábios.

— Claro, não tem nada a ver com você dando uns amassos em Catherine ontem à noite — comentou George, arqueando a sobrancelha.

— Quê? Como você... — Fred começou a dizer.

— Ontem fui procurar você para falar sobre os ajustes que precisamos fazer com as vomitilhas, mas fui surpreendido com a cena de vocês dois, juntos — George riu. — Bem, não tão surpreendido...

— Bom, contanto que mamãe não saiba disso... — disse Fred. — Sabe como ela é... Vai vir com aquele papo de bebês e responsabilidade... — comentou rindo, mas George permaneceu sério.

— Só vou te pedir uma única coisa — falou George. — Não dê uma de Fred com ela.

— Como assim, "dar uma de Fred"? — perguntou o irmão um pouco irritado, cruzando os braços.

— Você sabe muito bem do que eu estou falando — respondeu. — Sai por aí, faz a garota se apaixonar e depois, quando cansa, deixa ela de lado.

— Eu? Eu não faço isso! — exclamou Fred indignado. George olhou para ele como quem diz: "Vai se fazer de sonso, agora?". — Tá, mas dessa vez é diferente. Eu gosto dela. Jamais iria machucá-la!