Capítulo 54-Riddle, O enigma.

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AVISO DE GATILHO: Neste capítulo é mencionado suicídio, caso não se sinta à vontade com este tipo de conteúdo, por favor, não leia. Lembrando que se estiver passando por qualquer tipo de problema, contate os órgãos responsáveis para que você seja orientado e peça ajuda de profissionais.

(...)

14 de outubro de 1996

O restante do final de semana tinha sido caótico, a começar no domingo de manhã, onde Sirius soube do que havia acontecido com Katie Bell, o bruxo ficou completamente fora de si preocupado com a possibilidade de Catherine ou até mesmo Harry pudessem ter tido contato com o colar enfeitiçado, mas a garota rapidamente o tranquilizou e usou os seus poderes para acalmá-lo, claro que a calmaria não durou muito, Sirius rapidamente mandou uma carta quilométrica para Harry, e pelo resto do fim de semana ele foi afastado do posto de vigia na casa dos Weasleys, e Cedrico precisou cobri-lo. Remus passava mais tempo amuado em um canto do que conversando com outros, não que houvesse algum assunto agradável para ser conversado, mas ela não gostava de vê-lo daquela forma, afinal de contas, ele era tão pai dela, quanto Sirius.

Catherine até mesmo chegou a olhar no calendário lunar para averiguar se a mudança de humor dele era devido à proximidade da lua cheia, mas ainda faltavam três semanas. Era angustiante ouvir os pensamentos das pessoas dentro daquela casa, tão tristes quantos os seus, e tão cheios de preocupações que poderiam levá-la a loucura.

Naquela manhã de segunda-feira, Catherine levantou-se com dificuldade de sua cama, ao olhar para o lado, ela viu Cedrico que havia chegado na madrugada e como ela estava sem sono, os dois ficaram conversando pelo resto da noite. Ela resolveu deixá-lo dormindo, provavelmente estava exausto e completamente imerso em seus sonhos, Catherine sorriu quando ele murmurou algo sobre plantas carnívoras. Ela simplesmente adorava quando ele estava por perto.

Os pensamentos dela ainda rodeavam sobre seu plano de revelar a real identidade de Florence, e por mais que ela quisesse ir atrás da garota e enchê-la de porrada, Catherine sabia que precisava ser paciente, ela não queria sair como a ruim da história, afinal de contas, esse era exatamente o título que ela andava recebendo gratuitamente sem ter feito absolutamente nada. Em alguns momentos ela queria deixar que esse lado tão cruel que habitava nela fosse libertado, assim teriam motivos reais para chamá-la daquela forma.

A garota abriu a porta do quarto devagar para evitar fazer rangidos, e logo saiu pelo corredor em direção a escada. Avery estava parada no primeiro degrau com os braços cruzados e um sorriso travesso no rosto.

- Bom dia...- ela disse com um olhar cheio de significados.

- Bom dia, Avery. - Catherine respondeu sem ao menos expressar algo. - Algum problema?

- Você e o Diggory...- Avery disse dando um sorrisinho. - Ele te faz bem, não é?

- Claro, somos amigos!- Catherine falou cruzando os braços. - Aonde você quer chegar com isso?

- Às vezes é bom deixar as pessoas entrarem, Catherine. - Ela prendeu os cabelos num coque. - Sabe, ele é um bom rapaz...

- Ele é incrível, realmente..., mas somos amigos, quantas vezes preciso dizer isso? - Catherine falou irritando-se. - Além disso, só o fato dele ser meu amigo já conta como um grande risco para ele.

- Sei o que quer dizer...- Avery suspirou. - Mas a guerra é imprevisível, Catherine e ainda está um pouco longe de acontecer... Permita-se viver um pouco.

- A guerra é imprevisível para todos, não para você. - Indagou, Catherine. - Avery você literalmente sabe o que vai acontecer a cada cinco minutos, e mantém tudo guardado a sete chaves. Quando resolve dizer algo, é sempre em enigmas, e eu já estou cansada de viver nesse quebra cabeça extremamente confuso.

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora