Capítulo 2 - Largo Grimmauld Nº12

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25 de junho de 1995

Os dias que se passaram foram extremamente intensos. Quando Catherine caiu em frente ao Largo Grimmauld Nº12, houve uma confusão generalizada. Os trouxas ao redor se perguntavam confusos como uma garota aparecera do nada, e nem mesmo o Ministério da Magia e os bruxos que estavam na sede da Ordem Fênix tinham uma resposta para isso.

Na parte da noite, o alvoroço só crescia dentro da Sede, onde os membros discutiam entre si sobre a chegada da jovem.

— A garota voltou um dia antes de Voldemort adquirir sua forma! Isso não pode ser um bom sinal! — exclamou um homem baixinho de cabelos grisalhos.

— Com ou sem ela, Voldemort acharia um jeito de voltar — retrucou Sirius. — Não acho que ela tenha ligação alguma com isso.

— Com certeza isso foi trabalho do Lorde das Trevas! Não podemos permitir que ela fique! — protestou o homem.

— Com todo respeito, a casa é minha! E eu não vou deixar que ela fique sozinha, prometi que cuidaria dela — disse Sirius irritado. Ele não poderia deixar que a garota fosse parar nas mãos de Voldemort, senão esse seria o fim de tudo. — A questão é, como ela veio parar aqui... Ela é muito nova para aparatar sozinha...

— Bom, isso teremos de esperar... Ela ainda não acordou, acabei de checar — disse uma moça ruiva baixinha. — Pobre menina...

— Pobre menina? Pobre menina? — exclamou Mundungo Fletcher, um homem baixinho e careca, que possuía o braço engessado após a falha tentativa de vasculhar a bolsa da garota, enquanto ela era carregada para dentro de casa por Remus Lupin. — Quando ela chegou aqui, mesmo estando tonta conseguiu me arremessar para longe como se eu não fosse nada! Ela conseguiu quebrar o meu braço!

— Porque você tentou mexer na mochila dela! — retrucou a ruiva. — Se não fosse tão fuxiqueiro, ela não teria feito isso, e bem-feito!

No meio do alvoroço da discussão que se instaurou, ouviram-se um grito no andar de cima. As luzes piscaram.

— Vou ver como ela está — disse Sirius, levantando-se rapidamente. —Molly, poderia me acompanhar, por favor — disse, virando-se para a ruiva, queapenas assentiu e seguiu para o segundo andar.

* * *

Catherine estava deitada num quarto onde imagens de mulheres de biquíni e fotos de carros cobriam as paredes. Uma onda de pensamentos e sentimentos externos lhe atingiram causando uma forte dor, fazendo com que ela gritasse. A atmosfera do quarto mudou, era como se tudo por um segundo tivesse parado.

Instantes depois, duas pessoas entraram no quarto em que a jovem estava. A primeira pessoa que ela reconheceu foi o homem da foto que sua mãe havia mostrado. Ao lembrar de sua mãe, mais uma onda de dor acometeu os seus sentidos fazendo com que ela se contorcesse na cama. Então uma mãozinha suave tocou-lhe os ombros, a garota recuou do toque, e encarou a mulher com a testa franzida.

— Vai ficar tudo bem, querida. Tome isto, vai melhorar — disse Molly, entregando uma xícara de poção para dor. A garota hesitou ao pegar a xícara.

— Não precisa ter medo, não faremos mal algum a você — disse Sirius, encorajando-a. A garota levou a xícara aos lábios e tomou um longo gole da poção, instantaneamente, a sensação de dor foi substituída por uma sensação de leveza.

Ela respirou fundo. Sua cabeça estava confusa com toda a situação, e havia um zumbido irritante em seus ouvidos.

— Onde é que eu estou? — perguntou, encarando Sirius. — Você é Sirius Black, não?

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora