Capítulo 35- Tortura.

193 23 1
                                    

AVISO: NESTE CAPÍTULO POSSUI VIOLÊNCIA.

Catherine não sabia o que responder, ela estava paralisada, seus pensamentos estavam bagunçados, e sua cicatriz formigava de maneira bem incômoda.

-Estou esperando uma resposta, senhorita Riddle. - Snape voltou a dizer.

- Eu não sei...- A garota respondeu.

- Simplesmente não sabe.... Você vem sonhando com o Lorde das trevas, consegue ter acesso as lembranças do Sr. Potter, do mesmo modo que ele tem acesso as suas lembranças, mas não sabe do que se trata?

- Eu já lhe disse que não sei...- Ela respondeu irritada, Snape estreitou os olhos, ela logo acrescentou. - Senhor...

- Você é mentirosa igualzinha à sua mãe.... - O professor deu uma risada debochada. - Patética a semelhança... Ela também gostava de esconder as coisas dos outros...

Catherine sentiu um formigamento em sua mão, e cerrou os punhos, ela estava à beira da irritação.

- Não ouse falar da minha mãe! - Catherine disse elevando a voz. - Não ouse tocar no nome dela! Você não sabe nada sobre ela!

Snape encarou-a com desprezo, seus olhos brilhavam de um jeito estranho, e o canto de sua boca curvou-se por um momento.

- Até onde eu saiba Eleonor, esperou quase dezoito anos para lhe contar que era bruxa, nunca lhe disse o motivo correto das mudanças frequentes, e nunca lhe contou que você não pertencia a aquela realidade.... - Ele respondeu com a voz extremamente calma. Catherine queria contestar, mas era verdade, sua mãe sempre omitiu os detalhes de tudo, nunca havia lhe contado que tivera irmãs, nem nada sobre o mundo bruxo. - Além disso, nunca lhe falou uma coisa sequer sobre a própria família... Ela sempre foi mentirosa, ela mentiu para todos que a amavam, e colocou todos em perigo por conta de atitudes imprudentes. - Snape fez uma pausa. - E você Senhorita Riddle, está fazendo o mesmo não se esforçando da forma que deveria, e omitindo informações que podem ser cruciais no momento em que estamos passando. - Ele riu com desdém. - Incrível que uma pessoa com tanto poder, consiga ser tão burra e desprezível!

Catherine ficou em silêncio, suas entranhas ferviam com ódio que ela sentia naquele momento. Ela conseguia ouvir apenas o borbulhar das poções, mas no fundo o que mais Catherine desejava era voar no pescoço do professor e dilacerá-lo.

- Está liberada...- Severo disse olhando-a de cima. - Espero que você no mínimo mostre mais empenho na semana que vem, ou essas aulas não lhe servirão de nada. - Antes que Catherine pudesse pegar a mochila, ele estendeu a mão impedindo-a. - E da próxima vez que eu a vir, dando aqueles doces de procedência duvidosa que os Weasley andam vendendo pela escola.... - Catherine tentou não expressar surpresa por ele saber, mas o professor notou. - É, eu sei... Como ia dizendo, da próxima vez, eu mesmo lhe darei três semanas de detenção, ainda mais por usar em um auror...

A garota não respondeu, ela pegou sua mochila com violência e saiu da sala sem ao menos lhe desejar um boa noite. Na verdade, ela queria que ele tivesse uma péssima noite, ela queria que ele sofresse por ter dito todas aquelas palavras, mesmo que cada uma delas fizesse sentido, mesmo que ela se sentisse realmente incapaz de tomar uma decisão correta, mas como saber o que fazer, quando se está no escuro?

Ela andou devagar pelos corredores, ainda faltavam trinta minutos para a detenção com a professora Umbridge, e Catherine não tinha a menor pressa de se encontrar com a megera. Enquanto ela vagava pelos longos corredores, apreciando o momento sem que Ethan estivesse por perto para irritá-la, Catherine escutava os pensamentos dos alunos que a esse ponto, estavam indo se arrumar para o jantar, seu estômago roncou ao pensar no grande banquete que teria, mas não daria tempo para que ela pudesse comer algo.

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora