Epílogo - A Cobra e a Barganha

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Haviam se passado exatas duas semanas desde o funeral de Alvo Dumbledore. Catherine estava deitada em seu quarto lendo distraidamente um livro sobre plantas mágicas, quando a garota ouviu chamarem seu nome. Isso acontecia com frequência, os sussurros aumentavam a sua intensidade a cada dia.

Catherine sentiu sua mente ficar fora do ar completamente, como se ela estivesse sendo controlada por alguém, seus sentidos não a obedeciam, e ela parecia estar sendo levada para um lugar longe dali. A garota levantou-se agilmente de sua cama, e andou em direção a porta do quarto, passou pelo corredor extenso, desceu as escadas e foi até a porta de entrada.

- Vai aonde, Catherine? - Sirius perguntou.

- Colher flores. - Ela respondeu de maneira sucinta. Sirius não a questionou, e ela seguiu seu caminho para fora da propriedade.

Mesmo descalça andando pela estradinha irregular, ela não parecia ligar para os machucados que estavam se formando na sola de seus pés. Ela permaneceu caminhando até chegar em um ponto em que a casa dos Clark não passasse de um ponto no horizonte. Ela retorceu o próprio corpo e então sumiu, deixando apenas um rastro de poeira e sangue.

(...)

Quando Catherine acordou de seu devaneio, ela estava em um lugar muito escuro, e não sabia ao certo como havia parado ali. Ela olhou para os lados e tentou invocar uma luz ou qualquer coisa que clareasse o ambiente, Catherine respirou fundo e esticou a mão a frente de seu corpo, e uma pequena chama esverdeada surgiu.

Era um cômodo grande, ela ergueu a mão numa tentativa de conseguir visualizar melhor o lugar. Não tinham móveis, apenas um espelho grande em cima de uma lareira de granito, e no teto abobado um lustre grande e pesado estava bem no centro. Ela andou mais um pouco para a frente, e a garota notou que havia uma figura ao final do que parecia ser uma sala.

- Quem é você? - Catherine gritou. - Identifique-se!

A figura se remexeu e virou-se de frente para a bruxa. Embora a figura encapuzada estivesse completamente coberta, algo que não havia como esconder eram os seus olhos, vermelhos como pedras preciosas, tão brilhantes que lhe davam arrepios.

- Minha querida, doce, Catherine...- Sua voz saiu num sussurro. - Não tema, minha filha...

- Eu não tenho medo de você! - Catherine disse com firmeza em sua voz. - O que você quer de mim? Onde estou?

- O que eu quero de você? - Voldemort disse aproximando-se dela. - Apenas quero que se junte a mim...

- Não posso fazer isso. - Ela interrompeu-o.

Ele estava próximo o bastante dela, para que ela visse seu rosto desfigurado, que se contorceu no que parecia ser um sorriso.

- Eu sabia que você diria isso. - Ele disse com frieza. - Por isso, pedi a minha fiel Comensal da Morte para pegar o preço de nossa barganha... -Catherine ficou em silêncio, esperando que ele terminasse de falar. - Isso será interessante, vamos começar.... Tragam-no! - ele ordenou.

Catherine demorou a conseguir enxergar quem estava sendo carregado, a pessoa era alta, e estava desacordada e possuía um capuz em cima da cabeça, dois homens mascarados jogaram o corpo da pessoa no chão com força. Voldemort retirou o capuz da cabeça do rapaz revelando a pessoa.

- Solte-o agora! - Ela disse. - Senão...

- Senão, o que? - Voldemort disse. - Um movimento seu, e eu posso liquidá-lo sem o menor esforço... você tem poderes, Catherine, mas apenas eu, tenho o conhecimento, agilidade e experiência necessária para vencer um duelo. Aceite a minha oferta, junte-se a mim, e eu o libertarei. - Ele pareceu pensativo por um instante. Catherine estava entrando em estado de desespero total. - Farei melhor...- O bruxo das trevas sorriu maliciosamente. - Deixarei que ele volte com você, mas você tem até o primeiro dia de agosto para me dar uma resposta pessoalmente. Caso contrário, diga adeus a todos aqueles que você ama...

De repente uma escuridão envolveu a garota completamente, deixando-a zonza e então, ela apagou.

LIVRO 1: Dangerous Reality | Fred WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora