Capítulo XV: El error mas bello

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A língua de Alfonso continuava a passear pela boca dela, parecendo inundar todo seu corpo

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A língua de Alfonso continuava a passear pela boca dela, parecendo inundar todo seu corpo. O ritmo foi intensificado. O oxigênio já não se fazia mais tão necessário e entre algumas pausas rápidas haviam respirações pesadas antes de tomar a boca um do outro novamente.

A mão de Anahí passeava pelo corpo desnudo e molhado de Alfonso, deixando apertos espalhados por cada parte.

Emitiam pequenos gemidos que pareciam aumentar ainda mais o desejo latente entre eles.

Uma vontade quase animalesca tomou conta da noviça, quando houve afastamento para recobrar o ar novamente, ela não se conteve: tomou o lábio inferior dele entre os dentes, lhe conferindo uma suave mordida, arrancando um gemido ainda mais alto dele.

Alfonso estava tentando se conter, porém aquela ação fez com que seu corpo inteiro se incendiasse. Sentiu enrijecer.
De forma mais bruta a puxou ainda mais para si, encaixando-a, fazendo com que ela sentisse o estado em que lhe havia deixado e lhe arrancando arfadas desesperadas.
Deslizou a mão, indo de encontro a curva da bunda dela, apertando todo o local.

Anahí sentia Alfonso apertá-la contra o volume presente na única peça de roupa que usava, isso lhe fez enlouquecer, de repente tudo o que desejava era mais daquela sensação entre suas pernas. Queria que ele lhe apertasse, lhe tomasse, lhe arrancasse pedaços, qualquer coisa que pudesse provocar nela mais sensações como estas.

Ele deixou a boca dela por alguns instantes, para lhe fazer uma linha de descida até o pescoço, onde depositou beijos e deslizou sua língua pela extensão da parte em que o vestido não cobria.

Anahí ofegava, delirante, em meio às inúmeras sensações que experimentava, pressionava-se ainda mais contra o corpo dele como resposta a cada fôlego que ele lhe roubava.

A mão de Alfonso que permanecia na nuca da mulher, desceu, posando sobre a parte posterior da coxa dela, erguendo suas pernas e a encaixando a volta de seu corpo. A carregou rapidamente para a árvore mais próxima que encontrou. Encontou-a lá, mantendo-a ainda suspensa à sua volta, enquanto a beijava.
Os dois estavam trêmulos de desejo.

Alfonso a olhou nos olhos.

-Você é a mulher mais linda que eu já vi! - Disse. Sua voz era rouca.

Anahí nada falou, tinha dificuldade de pensar. Somente agarrou o rosto dele, puxando-o para mais um beijo.

Uma das mãos de Alfonso passeava entre o rosto e o pescoço de Anahí. Ao acariciar a nuca dela, aproveitou para puxar de vez o tecido que lhe cobria a cabeça.

Quando a futura freira sentiu a sensação de seus cabelos ao vento, retomou a consciência. O que estava fazendo ali?

-Não! - Repreendeu. No entanto, já era tarde. O véu que antes lhe cobria a cabeça agora estava no chão e a mulher que deveria ser freira, estava com as pernas em torno de um homem cometendo atos libidinosos.

Desprendeu-se de Alfonso imediatamente. Desceu suas pernas e tentou firmar os pés rapidamente em busca de equilíbrio, já que sentia suas pernas fracas. Apanhou o tecido do chão e correu, evitando qualquer contato visual com o homem que poucos segundos antes estava prestes a entregar-se.

Alfonso ficou pasmo. Não sabia o que fazer. Ela simplesmente havia ido embora.
Não queria assustá-la, mas ela tinha parecido gostar, por isso ele deu continuidade.
Houve momentos em que pensou em parar, mas como sentia reciprocidade por parte dela, decidiu seguir.
Ela tinha acabado de enlouquecê-lo de vez, ou talvez ele tenha acabado de ferrar com a vida dela de vez. Seja como fosse, a verdade era que ele não conseguiria esquecer mais aquele momento.
A sensação de ter o corpo dela colado ao seu, o cheiro dela, o som da respiração sôfrega, as bochechas rosadas e quentes, o sabor da boca e da pele dela, a mordida que lhe dera...
O cabelo dela, como ela era linda! Imaginou algumas vezes como seria vê-la sem hábito, não tinha a visto exatamente sem, mas ter a sensação do cabelo dela entre seus dedos, mesmo que fosse por pouco tempo, havia sido extasiante.

Anahí correu para o meio das árvores que haviam no caminho pelo qual havia percorrido para chegar ao local, deslizou seus dedos pelos fios castanhos claros para alinhá-los e os colocou novamente dentro do véu, colocando-o sobre a cabeça.
Ao acalmar sua respiração, notou que sua roupa estava quase toda molhada e em algumas partes mais secas, como na parte traseira, haviam marcas de água que pareciam formas de mãos.
Estava ferrada, pensou. Como se não bastasse agarrar-se com um homem no meio de uma cachoeira pública... Pela misericórdia! Era uma cachoeira pública! Será que alguém havia visto? Ela estaria ferrada! E se alguma criança aparecesse? Ela havia ficado louca de vez!

Resolveu voltar assim mesmo, era melhor do que prolongar seu tempo no meio do caminho e acabar encontrando a razão de sua insanidade novamente.

-Nossa, irmã! Aconteceu algo? - Indagou Lurdes.

-Não, eu só tinha ido rapidinho a cachoeira para me molhar um pouco e ver a natureza, estava com muito calor - Justificou.

-Ah, sim! É que você demorou. Já estava indo ver se algo aconteceu.

-É que eu acabei me distraindo.

-Você acabou se molhando toda né? As crianças disseram que a água estava uma delícia. Senhor Herrera, estávamos procurando pelo senhor.

Alfonso se aproximava, agora vestido com a roupa que estava antes.

-Eu só fui dar um mergulho. Acalmar meus ânimos. -Explicou, mantendo os olhos fixos em Anahí que se recusava a virar-se para olhá-lo.

-Então vocês se encontraram lá? - Questionou, irmã Lurdes, confusa.

-Sim, mas não por muito tempo - Explanou Alfonso.

-Eu fui, me molhei. Aí vi que o senhor Herrera precisava de privacidade, então resolvi ver algumas árvores frutíferas que haviam no caminho de volta. Você viu que tem uma laranjeira - Replicou Anahí, na tentativa de desviar o foco do assunto.

-Ah, eu vi sim! - Animou-se Lurdes - O que você acha de irmos lá daqui a pouco, antes de irmos embora para pegarmos algumas.

-Podemos sim. A madre disse que o dono nos permitiu.

Agora as duas caminhavam afastando-se de Alfonso e engatando em uma conversa.

Quando Anahí fugiu da cachoeira, Alfonso pensou em ir atrás dela, agarrá-la, dizer para desistir de tudo ou ao algo assim, porém ainda se sentia confuso em relação a tudo. Certamente a queria, mas não poderia obrigá-la a querê-lo. Nem mesmo sabia como a queria. E agora provavelmente tudo se tornaria ainda mais difícil.
Droga! Deveria ter ido com mais calma, pensou.
Tudo o que fez após a partida dela, foi entrar novamente na água fria da cachoeira, tentando acalmar seu corpo que persistia inquieto, desesperado por tê-la.
Não obteve grande êxito já que sua mente não conseguia vagar para nenhum outro local, a não ser na sensação de ter as pernas dela o envolvendo e os lábios dela atrelados aos seus.

Na pureza dos teus olhos - AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora