Capítulo 32

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Os filmes tornaram a experiência de acampamento em um sonho tornado realidade, algo completamente inimaginável. Uma aventura completamente louca e selvagem. Na verdade, acampar para mim foi a experiência mais incômoda da minha vida, começando pelo fato de que dormir em uma barraca era cento e dez por cento diferente de todos os meus dezessete anos dormindo em uma cama macia, até acordar às cinco e meia da manhã, porque havia um pássaro lá fora que no momento estava piando como um espasmódico.

Mas, se havia uma coisa que eu atualmente não estava muito preocupada, era o fato de que um braço forte estava envolto em volta da minha cintura, me esmagando contra o peito duro de pedra do proprietário. Como sempre, não consegui encontrar as palavras certas para descrever o quão bonito Reece era enquanto ele dormia pacificamente. Aproveitei a oportunidade para olhar suas feições perfeitas, começando pelos cílios longos, e a maneira como seu cabelo caía casualmente sobre os olhos. Sem pensar, meus dedos o afastaram de seu rosto. Seus olhos se abriram imediatamente, olhando de volta para mim. Meu coração parou de bater por uma fração de segundo, antes de me atrever a não corar com o fato de que ele me pegou olhando-o.

O que me surpreendeu, porém, foi que em vez de fazer um comentário sarcástico, ele não disse nada; Reece apenas continuou a me olhar com uma expressão ilegível. Nós apenas ficamos deitados um ao lado do outro em silêncio. 

– Havia uma folha em seu cabelo. – Eu finalmente falei, em minha tentativa patética de uma desculpa.
– Claro.

Eu fiz uma careta.

– Havia!
– Tudo bem, princesa. – Ele bocejou, esticando os braços. – Tudo o que você disser. 

Eu mantive uma cara séria.

– Ok, você me pegou, não havia folha.

Ele revirou os olhos, mas seu sorriso estampou-se em seu rosto.

– Oh, é mesmo?
– Era uma aranha. – Terminei.

Seus olhos se arregalaram instantaneamente.

– Não brinque comigo, Chloe. – Ele avisou. – Eu juro, se isso é alguma piada de merda... – Ele se arrastou, sentando-se e olhando ao redor em paranóia.

Eu ri.

– É bom saber como posso fazer você gritar. – Eu pisquei. 

Reece piscou, entendendo minha piada suja. Então, a próxima coisa que eu soube, ele estava em cima de mim, seu rosto a centímetros do meu.

– Oh, Chloe. – Ele começou, sua voz baixa e firme, fazendo minha respiração engatar na minha garganta. – Eu pensei ter dito para você não mexer comigo. – Ele disse contra meu pescoço, seus lábios mal roçando minha pele. – Afinal, eu acho que sei como fazer você gritar também. – Ele terminou, colocando um beijo suave e prolongado onde ele havia falado, me fazendo soltar um suspiro suave de prazer.
– Ei Carter, você já levantou mano? Esse maldito pássaro não vai parar de piar e... – Valentino puxou o zíper da barraca para baixo rápido demais para Reece recuar, deixando Valentino com uma expressão perplexa. – Oh, uau.

Fechei os olhos com força e mentalmente coloquei a palma da minha mão no rosto. Antes de abri-los e observar o olhar chocado de Valentino, se transformam em um sorriso super presunçoso. 

– Bem, vejo que vocês estão ocupados. Só vou mandar o Dennis preparar o café da manhã para mim...
– Val.– Reece chamou, saindo de cima de mim, deixando o ar frio da manhã me atingir.

Valentino ergueu as mãos, parecendo inocente. 

– O que? – Ele sorriu. – Estou indo embora, calma. – Sua atenção se voltou para mim por uma fração de segundo antes de sair. – Divirta-se, pequena Chloe. – Ele piscou enquanto fechava o zíper da tenda novamente.

O Bad Boy, O Cupido e Eu.Onde histórias criam vida. Descubra agora