Capítulo XI - Você é o meu Serkan Bolat

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Eda

Serkan não me viu e eu resolvi esperar e escutar o que estava acontecendo antes de entrar.

- Você acabou de quebrar meu coração mãe! Como a senhora foi capaz de olhar nos meus olhos durante todos esses anos com essa mentira entre nós? Como foi capaz de me criar ao lado do meu pai, quer dizer Alptekim alimentando uma relação falsa entre eu e ele? É por isso que ele sempre me ignorou? Sempre tentou me por em um lugar inferior? Me mandou em bora para longe do seu colo quando meu irmão morreu? - ele gritava desesperado com os olhos cheios de lágrimas e o batendo no peito.
- Serkan! Se acalme! - tentou argumentar o Sr.Kemal ao por sua mão sobre o ombro de Serkan.
- Não me toque! Você fez parte dessa mentira também! Você não me quiz! Me deixou para traz com uma falsa família!
Foi então que eu percebi que a Sr.Aydan não contou que o Sr.Kemal não sabia.
- Meu filho, por favor! Me escute! Eu não quis lhe enganar. - afirmou a Sr.Aydan tentando acalmar Serkan.
- Serkan! - eu saio das sombras e o chamo.
- Eda? - ele responde surpreso.
- Se acalme um pouco! O que está acontecendo? Se pode ouvir os gritos de vocês do portão! - eu pergunto ocultando saber exatamente o que está se passando ali.
Ele segura minha mão e nós saímos da sala deixando para traz a Sr.Aydan aos prantos sendo consolada por Seyfe e o Sr.Kemal.
Ele me levou até o carro e dirigiu com os olhos avermelhados de tanto chorar e sem dizer uma só palavra.

Serkan

Eu não sei mais de nada! Quem sou eu? Quem é meu pai? Por que minha mãe mentiu? São tantas perguntas ecoando em minha cabeça que me deixam desnorteado, a única coisa que me manteve bem após ser esmagado com tal notícia foi olhar para Eda que veio comigo sem questionar, como sempre ela está aqui do meu lado. Dirigi até o nosso jardim e quando chegamos lá seguimos em direção ao vasto gramado e nós deitamos no meio dele.

- Você está mais calmo? - essa única pergunta de Eda foi o suficiente para eu desabar em lágrimas em seu colo. Ela não disse mais nada, apenas acariciou meus cabelos e cantou para mim, como se estivesse acalmando uma criança e eu finalmente me senti em paz.
- Você ouviu não é? - eu perguntei alguns  minutos depois de parar de chorar.
- Sim. - ela me afirmou.
- Quem sou eu Eda?
- Você é o amor da minha vida, um arquiteto excepcional que me sempre me ensinou com calma, o homem com o coração mais bondoso do mundo que se esconde atrás de um escudo de rigidez, meu futuro marido e pai dos meus filhos! Você é minha vida! Você é meu tudo! Você é o meu Serkan Bolat! - ela disse contornando meu rosto com a ponta de seus dedos.
- Eu te amo tanto Eda Yildiz! Só você para me fazer sentir bem novamente, mas devo corrigi-la. É só Serkan! Afinal eu não sei quem é meu pai para carregar um sobrenome.
- Serkan, não é seu sobrenome que diz quem você é! Quando minha tia mudou o nosso para nos afastar de minha avó e da memória dolorosa da perda de meus pais eu era muito pequena, mas me lembro de não ficar triste por não ter mais o sobrenome de meus pais, pois sabia que não era um nome que me ligava a eles e sim o que eu sentia.
- Você é um ser humano único Eda! Eu te amo!

Eda

Após uma fuga para nosso jardim onde Serkan finalmente se acalmou ele me trouxe para casa para descansar pois ele não esqueceu que eu ainda não tinha de fato descansado desde que voltei do hospital. Eu pensei muito antes de dormir, principalmente sobre nosso filho ou filha que já está dentro de mim e eu ainda não consegui contar para Serkan, mas decide ajudá-lo a se entender com sua mãe para assim poder dar a notícia. Caí no sono com a imagem de Serkan chorando em meu colo no nosso jardim, eu nunca o vi tão vulnerável como hoje.
Eu dormi muito bem dada as circunstâncias e acordei a tempo de ir para a empresa e passar na casa da SrAydan antes para saber como ela estava depois da noite de ontem.

- Bom dia Sr.Seyfe!
- Bom dia Srt.Eda!
- Onde está a Sr.Aydan?
- Ela está nos estábulos! - ele me respondeu apontando para sua direção.
- Sr.Aydan como a senhora está?
- Eda! - ela gritou me abraçando. - Que bom que você está bem! Eu estava preocupada com você depois do acidente.
- Foi só um susto! Ontem eu vim para tentar falar com a senhora mas não consegui, cheguei na hora que a confusão já estava formada.
- Eu sei querida! Como ele está? - ela questionou sobre Serkan.
- Não irei mentir, eu nunca o vi tão triste, mas ele já está mais calmo! Eu o pedi ontem para vir aqui hoje e conversar com a senhora e ele disse que viria após o almoço.
- Ah minha querida Eda, muito obrigada! Não dormi nada pensando em como resolver essa situação!
- Como Sr.Kemal ficou sabendo e como ele veio parar aqui ontem a noite? - eu não aguentei de curiosidade e perguntei.
- Ela veio me visitar no dia do seu acidente durante a tarde e em uma discussão eu acabei soltando que ele poderia ser o pai se Serkan e diferente do que eu esperava ele não gritou, apenas me abraçou. Ele disse que desconfiou quando eu o pedi para ficar longe de Serkan e que ele ligou as datas ao descobrir a idade dele! Mesmo assim quando ele foi embora eu fiquei desesperada e lhe liguei. E ontem ele veio atrás de tentar entender porque eu escondi algo tão sério dele e se declarou para mim, foi então que Serkan chegou e nós pegou abraçados. - ela explicou e lamentou.
- Eu não queira que ele descobrisse assim Sr.Aydan, foi um susto para mim quando a senhora me contou, imagino como ele não se sentiu ao descobrir dessa forma! Ela está muito triste e eu não sei o que fazer.
- Você já sabia? - Serkan gritou a alguns passos de nós.

Oi gente, fim de mais um capítulo e eu espero que vocês estejam gostando! O capítulo de hoje foi mais curtinho porque mudei algo de última hora kkkkkkkkkkkkkkkk (sou super indecisa). Votem se vocês estão gostando e comentem o que vocês acham que vai acontecer com EdSer no próximo capítulo! Beijos✨💗

@robotyildiz

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