Capítulo Dois

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Pedi que Howard me levasse ao escritório do papai no centro, antes que eu tomasse conhecimento de toda essa trama, não iria retornar a casa e encarar os olhos curiosos da mamãe me forçando a nada. Eu preciso de um tempo e informação, muita informação para absorver ou mudar isso sem que traga sofrimento para ninguém. Contudo, não estou disposta a me sacrificar por dinheiro, quando eu sei que ele não é tudo o que importa — ao menos, não para mim porque para os meus pais já vi que é até mais importante que eu e a minha felicidade.

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Número: 555 31889990

Hora: 11:27 am

De: Grace

Kate, onde você está?

Passei na sua casa.

Me liga.

 

GP

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Número: 555 36558788

Hora: 11:28 am

Para: Grace

Tenho umas coisas para fazer.

Te ligo ou passo aí quando chegar.

Beijo

 

KG

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Eu sei que posso confiar na Grace, absolutamente. Claro que ela me ajudaria a descobrir algo pesquisando com o primo advogado alguma coisa sobre esse maldito contrato, mas eu preciso ter o máximo de dados possíveis a cerca desse contrato.

A CGC (Carter Gardner Corporation) não ficava tão longe da casa desse crápula, e em menos de cinco minutos já estávamos na porta da empresa.

— A senhorita vai demorar? — perguntou Howard.

— Pode ir para casa, eu me viro para voltar.

— Sim senhorita.

— Ah, Howard... Não diga nada a mamãe que me deixou aqui. Diga que fiquei no shopping ok?

— Certo, senhorita.

Logo na entrada do salão principal, existem muitos executivos em mesas separadas em cerca de sessenta centímetros uma da outra, secretárias que andam de um lado para o outro carregando pilhas de papéis, vestidas em uniformes azul petróleo — poderia ser mais especifico para o ramo da empresa? Aliás, por que azul petróleo se o mineral em questão é preto?

A do papai sempre está no meio desses executivos supervisionando as vendas desses executivos, papai não confia em sistemas informáticos e sempre duvida da honestidade de pessoas que trabalhem com uma grande quantidade de dinheiro — começo a achar que devo seguir o mesmo padrão, mas com relação a ele. Assim que ela me vê na metade do saguão indo em direção ao elevador, ela acelera os passos em minha direção.

— Senhorita Gardner, posso acompanha-la? — fala um pouco eufórica. Com tantas horas gastas andando de um lado pro outro não possui resistência física para uma corridinha?

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora