Capítulo Nove

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Anthony

 

Nunca conheci uma mulher como Kate. O corpo incrivelmente sexy respondia de maneira rápida ao menor toque de meus dedos. Normalmente, considerava o ato de amor como um exercício relaxante com uma mulher experiente que buscava a mesma finalidade. Bastava executar os movimentos certos para alcançar o objetivo final almejado por ambos. Nada mais. Contudo, com Kate foi uma experiência diferente. Parecia mais um banquete onde o prato principal era a extrema sensualidade que ela oferecia.

Eu não podia acreditar que ela era virgem. Eu nunca havia feito sexo com uma mulher virgem. Sempre me mantive longe de mulheres inexperientes, pois elas se apaixonam com mais facilidade e nos deixam desconfortáveis quando não há o interesse de manter um relacionamento. E agora descobri uma enorme satisfação por saber que acabara de iniciar Kate nos prazeres sensuais e consegui manter o equilíbrio necessário, afinal não vou precisar me esquivar dela.

— Você está bem? —quis saber algum tempo depois, quando nossos corpos se acalmaram e as respirações retornaram à normalidade.

Ela nada respondeu e eu fiquei preocupado com a possibilidade de tê-la ferido no instante final em que liberei os instintos para alcançar o clímax.

De repente me ocorreu que a virgindade fora a razão principal pela qual ela tinha escapado da cama na outra noite. Kate não tentava se fazer de difícil, estava assustada por temer o desconhecido, algo plenamente justificável.

Kate permanecia com a cabeça repousada no meu peito, acho que ela ouvia as batidas fortes do meu coração.

— Kate? — insisti. — Perguntei se você está bem.

— Estou sim — ela finalmente respondeu, mas não me encarou.

Subitamente ergui-me da cama e murmurei:

— Tem certeza?

Procurei aliviar a tensão refrescando o rosto na pia do banheiro. Me esforcei para fazer o melhor sexo da minha vida e ela apenas respondera com um casual "estou sim". Não maravilhada ou qualquer outra sensação desse nível. Apenas "bem". A única palavra que ela parecia conhecer.

Ao mesmo tempo sentia um incômodo remorso por ter forçado Kate àquela situação. E, pela primeira vez, duvidei se o meu desempenho sexual tivesse sido dos melhores.

Ergui a cabeça e mirei no espelho enquanto realinhava os cabelos. Meu pensamento devaneou outra vez. Kate parecia corresponder aos meus afagos durante todo o tempo. O seu corpo parecia derreter-se no entre o meu. Talvez, como se tratasse da primeira vez, ela não encontrara palavras para descrever o que sentira.

E eu não deveria abandoná-la sozinha na cama. Principalmente de modo tão rápido. Como homem experiente, sabia que as mulheres gostam de serem abraçadas depois do ato de amor.

E após analisar a situação, apressei-me em remediar o descuido e saí do banheiro.

Sentei na beirada da cama e admirei a esplêndida visão de Kate com os cabelos revoltos e espalhados sobre o travesseiro. O esplendoroso corpo tranquilo e relaxado sobre os lençóis brancos.

Uma nova onda de excitação me invadiu.

— Já está de volta? — ela murmurou e proporcionou-me espaço para que deitasse ao lado dela.

— Tem certeza de que não a machuquei? —insisti. E logo após deitar com ela, estendi uma das mãos afastando uma mecha de cabelos que cobria parte do rosto bonito de Kate.

— Estou bem.

— Mas que droga Kate! Será que não sabe dizer outra coisa que não seja "estou bem"?

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora