Capítulo Vinte e Seis

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Kate

A interminável discussão finalmente acabou. Enquanto tentava me pôr de pé, após o golpe, alisando e segurando forte a minha barriga. Meggie me arrastou até um quarto. E ficou sozinha com Joe na sala. A tensão fazia o meu peito esmurrar de medo.

De alguma maneira, eu precisava descobrir um meio de fugir desse lugar e impedir Anthony de cometer essa loucura. Essa mulher é um monstro e vai acabar com a vida dele.

Caminhei devagar com um pouco de dificuldade devido a dor, até a janela do quarto. Examinei a altura, foi quando vi Meggie entregar um envelope a Joe próximo ao portão. Eles conversaram algo brevemente e ele foi embora junto com seus capangas. Então comecei a pensar que apesar dos dois seguranças no portão, eu poderia tentar pular essa janela, se não quebrar as pernas talvez eu consiga fugir.

***

À noite, uma empregada entrou no quarto pediu que eu me juntasse a Meggie na mesa de jantar. Ela era entojada e bancava a misteriosa, contrariada, acabei indo.

Em resposta, assim que cheguei a mesa, meus olhos cheios de ódio fuzilaram aquela vaca loira. O sem­blante de Meggie parecia não ter mudado. Sentia-se confiante o bastante para ainda erguer a cabeça parecendo estar agindo "corretamente". Porque todo louco e psicopata, tem a mania de achar coesão em suas maldades?

Apontando para a cadeira, ela esperava que eu sentasse de livre e espontânea vontade e começássemos uma conversa sobre o clima ou coisa assim. Continuei a encará-la, incrédula da sua capacidade subversiva.

— Vai apenas olhar eu jantar?

— Você deveria ter medo que eu usasse um desses talheres para furar a sua garganta e seu sangue jorrar nessa mesa.

— Ia ser uma cena memorável. Continue engraçadinha assim e vá me dando ideias do que fazer com você.

A empregada voltou a mesa.

— O que quer? Deixe-nos a sós.

— Senhora... É que...

— O que é?

— Tem uma senhora, que gostaria de vê-la.

— Quem?

— Ela não disse o nome.

— E como ela entrou, porque deixaram-na entrar?

— Não sei informar.

— Mas será possível que estou rodeada de antas incompetentes? Deixe-me ver. Fique aqui com a minha convidada de honra. — Levantou-se, jogando o guardanapo na mesa. — Não banque a esperta! Caso contrário, irá se arrepender. — Virou-se para mim e em seguida para empregada. — Assegure-se de que ela não saia daqui, ou vai ser ver comigo.

Da sala de jantar, era possível escutar o que se passava na sala devido a curta distância e por ser uma casa com acústica cheia de ecos.

— Norah?! O que faz aqui? — O tom de surpresa de Meggie também me impactou. O que Norah fazia aqui?

— Tenho certeza que você já sabe.

— Não.... Aconteceu alguma coisa? — Meggie disfarçou o máximo que pôde.

— Não se faça de boba Margareth. Não subestime a minha inteligência. Sei que você sequestrou a Kate, na verdade você tem um trunfo valiosíssimo para conseguir se casar com meu filho e eu admiro seu ato. Principalmente, o amor que você dedicou ao meu filho desde sempre.

— O quê?!

Isso mesmo: O quê?! E eu que sempre achei que Norah gostasse de mim.

— Isso mesmo que você ouviu... Kate, não merece o meu filho. Ela só o fez sofrer.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora