Capítulo 14

4.3K 413 622
                                    

Quanto mais comentários, mais rápido as atualizações vêm!
Boa leitura!

________

Sarah e Juliette ficaram na banheira por mais alguns minutos aproveitando o toque uma da outra e, quando saíram, se arrumaram para dormir novamente. Desta vez a morena conseguiu relaxar no colchão e adormeceu com a loira deitada sobre seu peito, enquanto o relógio mostrava que já passava das seis da manhã.

Desde que conheceu Sarah, esta tinha sido a única vez que Juliette tinha conseguido dormir tranquilamente e sem teorizar milhões de coisas. Decidiu dar um voto de confiança para as explicações da loira.

Mas não podia negar que o medo ainda lhe rondava. Se aventurar sendo amante da mulher de seu chefe, sabendo muito bem quem ele era e conhecendo seu histórico, parecia loucura... Mas uma loucura que, até agora, estava valendo a pena.

Durante os sonhos desconexos de Juliette, ela ouvia uma espécie de alarme a todo momento. Que tocava várias vezes e então parava. Em uma das vezes que esse alarme tocou, a morena acordou e percebeu que o barulho vinha de seu telefone que estava sob o criado mudo ao lado da cama.

Olhando para o relógio no móvel, ela viu que já passava das três da tarde. Mas não era isso que tinha prendido a atenção dela, e sim o fato de que mais uma vez tinha acordado e Sarah não estava lá.

Juliette olhou ao redor do quarto mas não encontrou nenhum sinal da loira, além de algo que lhe trouxe lembranças da noite do cassino: Na poltrona do canto do quarto tinha um short jeans e uma camiseta preta dobradas e um par de rasteirinhas. Além disso, também tinha uma escova de dente sobre a camiseta.

Confusa a morena olhou mais uma vez a tela do celular e viu que tinha 13 chamadas não atendidas de Camilla e 32 mensagens. Destravando o aparelho viu que todas eram perguntando desesperadamente onde ela estava.

Juliette ligou pra mulher que atendeu logo no primeiro toque:

Olha se for alguém pedindo resgate dessa filha da mãe, eu digo que pode estourar a cabeça dela logo! - Camilla disse do outro lado da linha e fez a advogada rir

- Nossa já sei que posso te tirar dos meus contatos de emergência então! - Juliette respondeu rindo

Juliette pelo amor de santo Cristo! Aonde você ta? To tentando falar com você desde ontem a noite, mulher! - Camilla perguntou num tom preocupado

- Ué, Cami! Eu to botando meu plano em prática, esqueceu? Me aproximar da galegona...

Vai me dizer que tu dormiu na casa dela? - a mais alta interrompeu indignada

- Digamos que dormir foi o que a gente menos fez... - Juliette respondeu, já esperando o sermão.

JULIETTE FREIRE!!! - Camilla gritou tão alto do outro lado da linha que a advogada teve que afastar o telefone de sua orelha - Você pirou de vez? Você pode estar entrando numa armadilha! Esses dois não são flor que se cheire, Ju!

Ué esses dois? Achei que tua preocupação comprovada fosse só com o Rodolffo... - Juliette disse confusa enquanto se levantava e ia até a poltrona pra vestir as roupas que ali estavam.

Era... Até eu descobrir ontem que ela não tem nenhuma ficha em nenhum arquivo da polícia, mas tem posse e porte de arma autorizado.

Oi? - Juliette tomou um susto com aquela informação ficando imóvel por um segundo - Como assim? Ela é publicitária... Por que ela teria a necessidade disso?

Eu é que te pergunto! Não ta toda intima da mulher já? - Camilla disse num tom irônico - Eu encontrei o documento e mostra que ela tirou o registro em 2013 com vinte anos. Dois anos depois do casamento dela.

Jogo Perigoso | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora