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Boa leitura!________
Se pensamentos pudessem ser ouvidos, seria como se a voz de Camilla, num megafone gigante, estivesse berrando na mansão Matthaus: 'Juliette você é doida?'.
Sentada na cama espaçosa do quarto de seus patrões, a morena ouvia a voz da amiga gritar em sua cabeça para parar com aquilo enquanto não era tarde demais.
Depois daquele flagra que tomou no escritório de Rodolffo, mais uma vez Sarah tinha conseguido se explicar de maneira perfeita para ela. Tão perfeita que chegava a beirar o imperfeito. Nenhum 'Eu posso explicar' ou 'Não é o que parece'.
Mas ao mesmo tempo Juliette não conseguia parar de pensar que talvez estivesse mesmo ficando paranoica. Que talvez Sarah realmente só estivesse infeliz sexualmente e que precisava de uma válvula de escape pra lhe suprir suas necessidades.
E por mais que parecesse uma loucura completa, Juliette já se sentia bem nesse papel. Porque sentia uma atração absurda pela loira, de modo que Sarah tinha o poder de cativá-la com um simples olhar, toque ou sorriso.
Porém sabia que precisava ser forte e não podia se deixar ceder a todo momento para ela. Nem todas as suas desconfianças estavam sanadas e, se tudo o que a loira tinha falado era realmente verdade, Juliette não tinha que ter medo apenas de Rodolffo... Tinha que ter medo de Sarah também.
O relógio no criado-mudo já marcava quase cinco da manhã. Juliette permanecia sentada no colchão macio, encarando o vazio do quarto e ouvindo um leve barulho de água corrente, que chegava a se tornar abafado por causa da intensidade de seus pensamentos:
- Ei... - a morena ouviu a voz rouca que a tirou de seus devaneios e olhou para a porta do banheiro da suíte.
Sarah estava apenas com metade do corpo pra fora da porta, usando um roupão de banho branco. Seu cabelo estava preso em um coque bagunçado e algumas mechas caiam pela frente de seu rosto.
- Você não vem? - Sarah perguntou num tom quase sussurrado, olhando a advogada intensamente.
Juliette não respondeu. Apenas se levantou e foi devagar em direção à loira, levando suas mãos até os botões da camisa azul que cobria a parte de cima do seu corpo, prestes a desabotoá-los. Mas, num ato inesperado, Sarah avançou até ela a impedindo.
- Não... - a loira disse e recebeu um olhar confuso de Juliette - Eu quero fazer isso... - Sarah sussurrou e a morena sentiu seu centro formigar apenas com aquela frase.
Sem tirar os olhos dos de Juliette, a publicitária abriu os três botões que estavam em seu caminho e, logo em seguida, levou suas mãos aos ombros da morena para fazer com que a peça caísse aos pés das duas.
As mãos de Sarah foram até a cintura de Juliette e a puxaram lentamente, trilhando o caminho das duas até o banheiro. O perfume dos sais que a loira tinha colocado na água da banheira tomava conta do ar.
O banheiro era tão grande que provavelmente tinha o mesmo tamanho do quarto. Era trabalhado em uma mistura inteligente de preto e branco, com duas pias, dois vasos, um box com dois chuveiros de teto e ao lado uma banheira no estilo ofurô, que estava cheia com água num tom levemente azul turquesa, que provavelmente foi resultado da mistura de sais colocados por Sarah ali.
Juliette nem teve muito tempo de observar os detalhes do cômodo, pois logo sentiu a loira a puxar pela nuca para um beijo intenso e lento. As mãos da morena foram instantaneamente para o nó frouxo do roupão que Sarah usava, o desfazendo e livrando a loira da peça.
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Jogo Perigoso | Sariette
FanficJuliette é contratada para contornar um escândalo envolvendo casinos clandestinos. Porém não imaginava que Sarah, a esposa de seu chefe, seria um coringa em suas mãos: A carta fundamental do caso e sua possível perdição.