Capítulo 1

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Boa leitura fanfiqueiras canceladas!

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No poker existem várias maneiras de ganhar. Inúmeras combinações de cartas possíveis: Umas mais arriscadas e outras mais seguras.
Há quem diga que o poker é um jogo de sorte... Outros dizem que é de azar. Mas para os mais experientes, é um jogo de estratégia, esperteza e, principalmente: Manipulação.

Desde que teve a oportunidade de viajar pra Las Vegas no seu aniversário de 21 anos, Juliette Freire se tornou apaixonada pelo jogo. Tinha consciência de que era um vicio, por mais que nunca tivesse admitido aquilo para ninguém, então tentava se controlar ao máximo. O que não era muito difícil, ja que no Brasil os casinos são proibidos por lei e ela precisava zelar por sua reputação nesse quesito, já que em outros ela era bem comprometida.

Juliette é advogada. Mas não qualquer advogada. Nos últimos cinco anos, desde que se mudou pra Brasília, seu nome está atrelado a dezenas de processos de políticos. Sua fama começou a crescer quando ela livrou um Senador pra lá de corrupto de uma prisão quase certa. A partir dali ela virou a queridinha da Câmara e do Congresso.

Apesar de saber que defendia muito bandido engravatado, a paraibana encontrou naquele meio o seu ganha pão e hoje conseguia dar uma condição de vida muito boa para sua família. Família essa que eram os únicos com quem ela baixava a guarda e desmontava a pose de durona.

Seus relacionamentos nunca foram muito duradouros porque ela não fazia do estilo carinhosa... Ou pelo menos nunca encontrou alguém que despertasse esse lado nela. Então os poucos namoros fixos não duravam muito mais do que alguns meses e de resto eram apenas ficadas de uma noite só.

E lá estava ela buscando por mais uma dessas ficadas. Tinha sido convidada por um cliente para um casino clandestino que operava nos fundos de um hotel luxuoso de Brasília e, por mais que tentasse se controlar, fazia muito tempo que não fazia suas apostas então decidiu conhecer o local.

Ela sabia que o lugar era de gente muito poderosa e 'amiga' da justiça, então sentia que não tinha o que temer. Seria só uma noite depois de quase um ano sem jogar e uma ótima oportunidade pra conseguir alguém para passar a noite.

Depois de conferirem se o nome dela estava na lista, os seguranças liberaram a entrada da morena que ficou surpresa logo com a primeira impressão do salão. Era um lugar pra lá de luxuoso com garçons levando bebidas pra lá e pra cá. A baixa luz dava um tom misterioso ao local que estava lotado. Ela reconhecia muitos deputados, senadores e ministros, incluindo alguns de seus antigos clientes que assim que a viam davam um sorriso leve e um aceno de cabeça.

Usando seu conjunto de terno branco e um par de saltos agulha, Juliette foi andando pelo salão observando os jogos que aconteciam. Algumas mesas de blackjack, outras com roletas, e no centro do salão as mesas do seu querido poker.

Depois de trocar seu dinheiro por fichas, a morena se aproximou de uma cadeira vazia em uma das mesas de poker e se acomodou. Recebeu alguns olhares duvidosos de homens que estavam jogando, mas não se importou. Confiava muito bem no seu taco.

Depois de algumas rodadas, Juliette não tinha perdido uma partida sequer. Tinha corrido algumas vezes, mas a lábia da advogada a ajudava nos seus blefes constantes. Sua invencibilidade atraiu muitos curiosos que permaneciam assistindo as rodadas e também causou várias desistências durante algumas horas.

Agora estavam apenas ela e outros dois homens na mesa que cada vez mais se irritavam com a sorte da advogada. Sim sorte. Porque pra eles uma mulher não podia ser tão boa naquilo.

Jogo Perigoso | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora