Juliette é contratada para contornar um escândalo envolvendo casinos clandestinos. Porém não imaginava que Sarah, a esposa de seu chefe, seria um coringa em suas mãos:
A carta fundamental do caso e sua possível perdição.
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Boa leitura!
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Na quarta-feira, Juliette começou seu dia cedo. Tinha que passar no seu escritório para checar o andamento de alguns casos que estavam na mão de seus estagiários e depois iria para a Matthaus para a reunião com Sarah e Gilberto.
Chegando no escritório a advogada revisou documentos de processos que estavam acontecendo em paralelo com o dela. Ela sempre pegava um caso elaborado para ela e deixava outros dois para seus três estagiários, a fim de que eles fossem aprendendo da melhor forma. Mas pelo menos duas vezes na semana ela sentava com eles para ver se tudo estava correndo bem.
A relação de Juliette com seus "pupilos", como os chamava muitas vezes, era muito semelhante a de irmã mais velha. Apesar da pose dura que ela tinha e que sempre cobrava de seus funcionários, a morena era muito carinhosa quando se tratava de família.
A família Freire era natural de Campina Grande na Paraíba e Juliette cresceu em meio a três irmãos, tendo uma infância e adolescência muito simples. A morena foi a primeira da família a terminar um curso superior e a conseguir ganhar tanto dinheiro.
Porém, por mais que seu coração se derretesse quando se tratava desse assunto, os irmãos não aceitavam tanto a ajuda dela por alguns motivos. Juliette sempre enviava uma boa quantia para a mãe, que ainda vivia na Paraíba, mesmo que a advogada já tivesse tentado diversas vezes convencê-la a se mudar para perto dela.
Talvez por essa rejeição de seus irmãos no presente, Juliette transferia esse carinho para seus estagiários e, mesmo sendo muito dura as vezes, tinha a ambição de torná-los tão bons quanto ela algum dia.
Depois de checar os casos e de tirar as dúvidas que os universitários tinham, Juliette foi para sua sala organizar alguns papeis antes de ir para a Matthaus.
Quando estava prestes a sair, a advogada ouviu duas batidas em sua porta antes de ser aberta:
- Ta ocupada? - Camilla perguntou colocando a cabeça pra dentro
- Oi Cami... Na verdade to de saída, mas tenho uns minutos. - Juliette respondeu de pé, ajeitando umas folhas de papel dentro de uma pasta
- E aí, já passou dois dias e você não veio me falar como foi lá com a galegona. - a mais alta disse - Pelo jeito até esqueceu sobre as informações que eu te passei...
- Não Camilla eu não esqueci... - Juliette disse suspirando e fechando os olhos - Eu só... Eu não sei... Nada ta se encaixando mais. - a morena completou olhando pra amiga
- Como assim? Descobriu mais alguma coisa? - Camilla se interessou, sentando na cadeira a frente da mesa da mais baixa.
- Descobri... - Juliette bufou - Descobri que a dama de ferro tem um coração e uma história que talvez justifique ela ser tão fechada assim com a vida pessoal...
