Um relacionamento abusivo caracteriza-se por um jogo de controle, violência e ciúmes. Os abusos podem começar com qualquer atitude que priva um dos lados de sua própria liberdade e conforto, desde dar satisfações demais sobre seu dia a dia a ter sua...
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O tempo é relativo. Para algumas pessoas, passa rápido demais; para outras, é muito lento. Dá a sensação de que vivemos horas, dias, semanas em busca ou à espera de algo ou alguém. Antes, isso não era um problema tão grande para Jimin. Mas, agora, ele sentia muito por ver os dias passando. Sentia falta deles. Especificamente, sentia falta de Jeon Jungkook.
Era domingo. Taehyung estava na casa de Nari — visita constante depois dos últimos acontecimentos. Distraído, ouviu Jimin suspirar mais uma vez enquanto olhava a tela do celular.
— Seus dedos não vão cair se responder a mensagem dele. — Disse, rolando os olhos para o melhor amigo.
— Não é tão fácil assim, Taehyung. — Respondeu o ruivo, encarando a mensagem de "bom dia" que Jungkook havia lhe mandado hoje.
Depois daquela festa, Jimin e Jungkook conversavam frequentemente. Trocavam mensagens, faziam chamadas, riam até dormir, e isso lhe fazia bem. Era algo que Jimin gostava, mas o questionamento de que "se era certo" atingiu sua mente nos últimos dias. Por estar confuso, passou a responder o mínimo possível.
— Já parou para pensar que nada é fácil para você? — Taehyung perguntou retoricamente, jogando-se ao lado dele na cama.
— E você, já parou para pensar que se intromete demais às vezes? — Jimin, deitado de bruços na cama, virou o rosto para o melhor amigo e o viu sorrir.
— Sim, demais — concordou seu amigo. — E por falar em se intrometer, você nunca me contou o que rolou naquela festa de Halloween.
— Já disse que é pessoal. Não começa, Taehyung. — O ruivo respondeu sem seriedade. Sentia as bochechas esquentarem só por lembrar daquela noite.
— Ele fode melhor que o Baekhyun? — Taehyung perguntou e pôde ver Jimin corar timidamente.
— Cala a boca! — O ruivo riu, jogando a almofada em Taehyung. — Já disse que não aconteceu nada. — Completou, levantando e sentando na cama.
Era difícil encarar seu melhor amigo e fingir que nada tinha acontecido quando se lembrava perfeitamente das coisas que aquele "policial" fez. Jimin nunca se sentiu tão especial quanto naquela noite; as conversas, os risos, os toques e os beijos, tudo parecia um sonho, e ele sabe que viveu aquilo só pelas marcas que sumiram aos poucos de seu corpo.
— Tá bom, Park Jimin — Taehyung levantou-se e sentou ao lado do amigo. — Vou aceitar sua cara vermelha como um sim.
— Fica quieto, Taehyung.
As risadas e provocações só foram interrompidas quando Nari entrou no quarto, vendo os dois jogarem almofadas um no outro.
— O que acabei de ouvir? Jimin tem um crush?
A mais velha estava feliz por ver o sobrinho mais risonho ultimamente. Foram tempos difíceis, mas parecia que melhorava um pouco mais a cada dia.
— Tia, isso é tão brega... — Jimin respondeu, envergonhado.
