Um relacionamento abusivo caracteriza-se por um jogo de controle, violência e ciúmes. Os abusos podem começar com qualquer atitude que priva um dos lados de sua própria liberdade e conforto, desde dar satisfações demais sobre seu dia a dia a ter sua...
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Jimin sentiu-se um tanto aliviado quando decidiu que tentaria se animar para ir naquela festa, de verdade. Passou dias pensando se ele era o errado e se os surtos no meio da noite eram consequências de seus erros. Aos poucos, foi percebendo que doeria, pois o amor é assim; ele vem e te deixa feliz, mas quando vai, ele te deixa sem chão e sem vontade de nada. Porém, depois de várias conversas e desabafos com seu melhor amigo, suas ideias começaram a encaixar, a fazer sentido, e, finalmente, ele encarou a verdade. Seu relacionamento era complicado, ele não tinha local de fala e sequer podia ter uma opinião, sua vida era apenas viver para outra pessoa, para Baekhyun.
Depois de analisar todos os fatos e acontecimentos e reviver seu passado diversas vezes tentando procurar uma resposta, resolveu dar uma chance a si mesmo. Resolveu viver para si e seguir a sua vida da sua maneira.
Mas a grande dúvida permanecia rondando sua mente... Ainda estamos noivos?
Considerando que nos dias posteriores a briga, Baekhyun mal o procurou — ligou duas vezes e mandou cinco mensagens, ele poderia considerar-se oficialmente solteiro?
De certo modo, Jimin sentiu que um peso saiu de cima de suas costas e que finalmente poderia ser quem ele quisesse ser. Isso foi um dos motivos que o levaram a aceitar ir à tal festa, ele queria se distrair, pois percebia aos poucos que não deveria deixar-se esvair assim.
Por isso, no sábado de manhã, Nari espantou-se quando desceu as escadas e encontrou Jimin, Taehyung, Yoongi e Namjoon tomando café na cozinha, enquanto conversavam sobre coisas aleatórias, sem falar sobre Baekhyun ou o noivado.
— Sério, ele é hilário! — Namjoon dizia, rindo. — Você vai adorar conhecer ele.
— Eu já estou ansioso. — Jimin respondeu, sorrindo iluminado, como há dias não fazia.
O ruivo parecia tão suave e gentil. Nari quase caiu em lágrimas novamente, dessa vez por ver que o sobrinho tinha saído daquele quarto e que estava sorrindo, feliz. Acabou assustando os quatro ali quando, em silêncio e com um sorriso grande nos lábios, caminhou até Jimin e abraçou-o por trás, sentindo-o apertar seus braços como uma retribuição do carinho.
— É tão bom ver você sorrindo assim, meu anjo. — Sem conseguir segurar, deixou as primeiras lágrimas molharem suas bochechas e a do sobrinho.
Os outros três apenas sorriram para aquela cena.
— Obrigado, tia. — Jimin sussurrou, logo saindo de seus braços para, enfim, levantar-se e abraçá-la forte. Continuou em palavras baixas, para que apenas ela escutasse. — Por tudo. Eu te amo.
Nari chorou mais um pouco e depositou um beijo no topo da cabeça de Jimin quando eles se afastaram. Alegremente, expressou: — Eu te amo, meu sobrinho lindo!
Vendo os dois de pé, Taehyung logo chamou a atenção.
— Sentem para tomar um café e repor as energias. — O loiro ofereceu um sorriso gentil e os Park sentaram.
