Capítulo 16 - Eu espero que haja alguém por aí

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  E talvez, eu venha a descobrir

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  E talvez, eu venha a descobrir

Uma maneira de voltar algum dia

Para lhe vigiar, para lhe guiar

Através dos seus dias mais escuros

Se uma grande onda caísse

E caísse sobre todos nós

Então, eu espero que haja alguém por aí

Que possa me trazer de volta para você

The Calling

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Eu odiei a sensação de vazio que tomou conta de mim conforme eu deixava Dess para trás naquele aeroporto, eu não queria que terminasse. Ela havia se tornado uma parte importante da minha vida, e eu estava disposto a adequar tudo para que vivêssemos juntos. Desde que isaac havia me ligado, eu fiz planos para que não tivéssemos que nos separar, eu planejei uma solução para nossa situação, durante todo o caminho de volta até a casa dela eu imaginei como eu poderia fazer, como tudo funcionaria, eu estava convencido que era o que ambos queríamos, mas ela sequer cogitou a ideia.

Ela não pensou duas vezes antes de negar.

Eu esperava que ela tentasse ao menos me convencer a ficar com ela, mas até mesmo isso. Ela garantiu que eu deveria retornar para minha vida, aquilo era o que mais me machucava. Eu não queria voltar a ter aquela vida solitária que eu levava antes.

Eu estava quase desaparecendo na área de embarque quando me virei para vê-la uma última vez, me surpreendendo com a cena. Nicholas estava ali, ele a envolvia com seus braços, sussurrando algo em seu ouvido enquanto acariciava sua cabeça. Fechei meus olhos respirando fundo antes de retomar meu caminho, pelo menos ele estaria presente para consolá-la por tudo o que aconteceu.

Creio que pela primeira vez em minha vida, eu fui capaz de dormir durante um voo, ou talvez apenas tenha sido a necessidade de não pensar em tudo o que estava acontecendo. Dess cuidou de escolher meus voos, de forma que treze horas após embarcar no aeroporto de Lihue, eu estava desembarcando em Boston.

Eu sentia como se fizesse um século desde que fui para o Hawaii, e não menos de um mês. Eu peguei um Táxi até meu apartamento, recebendo um olhar curioso do porteiro ao passar por ali. Eu sequer havia dado qualquer explicação sobre minha ausência.

— Boa noite — eu o cumprimentei cordialmente causando ainda mais espanto.

— Boa noite, senhor Roberts. É bom tê-lo de volta — ele sorriu em resposta.

— É bom estar de volta — eu tentei me convencer daquilo antes de ir até o elevador.

Eu fui direto para meu apartamento no décimo quinto andar do prédio, destranquei a porta e acendi a luz observando tudo no seu devido lugar. O apartamento não era grande, contava apenas com uma cozinha conjugada com a sala e uma escada levava ao mezanino que eu havia transformado em quarto, era pequeno mas era tudo o que eu necessitava.

Tudo Por Uma Torta HulaOnde histórias criam vida. Descubra agora