CAPITULO 5

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As aulas foram se passando, e quando eu olhava disfarçadamente para onde o Douglas estava sentado pegava ele me olhando, e sentia minhas bochechas pegarem fogo, e sabia que estava vermelho. A hora do intervalo chegou, e a Sheila veio direto até minha mesa.

— Vamos amigo novo? — Disse ela rindo

— Vamos. — Me contagiei com a risada dela. Com Sheila, eu sentia que ela podia me deixar bem perto de Thais e Gabriel, ah, como eu sentia falta deles. Sheila saiu de perto de mim, e foi até a cantina. Quando ela saiu, Douglas chegou perto de mim.

—É...hum... Oi — Disse ele coçando a cabeça nervoso

— Olá. — Respondi meio sem graça

— Você é aluno novo?

— Sim.

— Ah. — Disse se afastando de mim, quando ele saiu senti um grande buraco se fazer dentro de mim. Logo Sheila chegou e disse:

— Quem era aquele conversando com você? Não reparei bem nele pra ver se conhecia. — Perguntou.

— Hum... Era o Douglas da nossa sala. — Senti minhas bochechas queimarem.

— Ah, vamos sentar pra comer. — Disse me puxando. Logo o intervalo acabou e voltamos para a sala. Quando entrei vi Douglas sentado me encarando enquanto passava, virei o rosto, e segui para meu lugar. As últimas aulas foram bem tranquilas, sem muita matéria, e logo o sinal pra ir embora tocou, arrumei minhas coisas e fui rumo pra fora da sala. Quando cheguei no portão da escola, avistei o carro da minha mãe e fui andando até lá, quando entrei no carro, minha mãe começou a perguntar:

— Gostou da nova escola? — Perguntou toda agitada

— Oi mãe, não tenho uma opinião concreta, mas até que gostei. — Respondi abaixando a cabeça. Seguimos até em casa em silêncio. Desci do carro e fui direto para o banho, tirar o peso da escola das costas. Quando sai vi uma mensagem no meu celular

"Oi, Pedro, é a Sheila, topa dar uma volta na praia? Já estou aqui!" . Larguei meu celular na cama, não seria uma má ideia dar uma volta na praia com a Sheila, afinal éramos amigos. Fui saindo, avisei minha mãe,e fui andando pela praia e logo encontrei Sheila.

— Oi, vamos andar um pouco? — Disse enganchando seu braço no meu.

— Vamos. — Caminhamos aproximadamente uns quinze minutos,até Sheila me fazer uma pergunta:

— Pedro, você é gay? — Perguntou ela sem nenhum rodeio

— Sou sim, algum problema? — Perguntei com medo

— Não nenhum. — Disse ela normalmente. Fomos andando, quando chegamos até um banco nós, sentamos e ficamos sentados vendos as pessoas. Logo que virei o rosto, vi um garoto vindo em nossa direção. Era Douglas. Ele estava sem camiseta, com o corpo a mostra, sua barriga bem definida brilhava com a luz do sol.

— Oi Sheila, oi Pedro. — Disse enquanto passava por nós.

— Oi — Respondemos em coro. E ele seguiu caminho. Sheila me cutucou e disse:

— Ele ficou te olhando de um jeito diferente. — Disse ela

— Quem Douglas? Você deve estar louca She, porque um menino daquele olharia pra mim, afinal ele é hétero, nunca iria querer nada comigo. — Disse por fim. Sheila assentiu. Logo a mãe da Sheila ligou para ela ir embora, nos despedimos e cada um seguiu um caminho. Enquanto fazia o caminho de casa, fiquei pensando no que a Sheila havia dito, sobre o Douglas ter me olhado de um jeito diferente, mas logo afastei esse pensamento. Enquanto ia andando escutei alguém me chamando. E olhei para trás, vinha Douglas correndo em minha direção, quando ele me alcançou parou a meu lado e disse:

— Topa dar uma voltinha comigo? — Disse dando um sorriso sacana.

— Ah, porque não? Já estamos aqui mesmo. — Disse rindo. E fomos caminhando, até sentarmos em uma pedra grande. E Douglas falou:

— Ta gostando do Rio? — Perguntou ele olhando para o mar.

— Sim, muito, esse lugar é lindo. — Disse olhando para meu pé. Logo senti uma mão envolvendo minha cintura, e quando virei pra olhar, Douglas veio e me roubou um beijo. Foi um beijo doce,a cada momento que a língua dele explorava cada centímetros da minha boca, nosso corpos iam ficando cade vez mais colados, e eu retribui o beijo, e ele beijou com mais fúria e paixão. Logo ele separou nossos rostos, e ficamos ali com as testas coladas, e Douglas quebrou o silêncio que havia ali.

— Gostou? — Perguntou  com aquele sorriso sacana.

— S-sim. — Respondi gaguejando, e me senti corando.

— Isso é bom. — Respondeu me dando um selinho. — Vamos, vou te deixar em casa.

Fomos caminhando até em casa em silêncio, quando chegamos ele disse:

— Então é aqui que te deixo, até mais.— Disse virando-se

— Tchau — Disse, e fui entrando. Quando entrei em casa minha mãe estava na sala, e olhou pra mim, e disse:

— Que sorriso bobo é esse Pedro? To vendo que o passeio foi bom. — Disse ela rindo, apenas revirei os olhos, e subi para meu quarto, ainda pensando naquele beijo, entrei e deitei na minha cama, não demorou muito pra mim virar e cair no sono, ainda pensando no beijo de Douglas. Quando acordei de manhã, fui logo pro banho, queria chegar logo na escola e poder ver o  Douglas. Terminei meu banho, fui pro quarto me arrumei em um segundo, e desci as escadas reparei que minha mãe não estava e não deixou nenhum bilhete, então fiz meu próprio café da manhã, e fui pra escola, encontrei Sheila no portão fui logo abraçando-a, e ela disse:

— Nossa, to vendo que alguém acordo bem, bom dia Pedro. — Disse caindo na gargalhada.

— Bom dia, e sim, acordei muito bem. — Disse me contagiando com a risada dela. Então entramos pra escola, olhei aos pra todo lados, e não vi Douglas, até que senti um hálito doce e quente na minha orelha.

— Bom dia Pedro. — Disse vindo para o meu lado.

— Bom dia. — Disse corando. Ele olhou pra mim, piscou e depois saiu. Fiquei aliviado de Sheila não ter percebido nosso contato. Ela me puxou e fomos para sala. Chegando lá, cada um sentou no seu lugar e a professora chegou.

— Bom dia turma. — Disse olhando para todos. — Hoje nós iremos fazer trabalho em dupla, e não se animem pois eu vou escolher as duplas. — Disse por fim. E começou a escolher as dupas. Sheila, - para a minha tristeza - não caiu comigo o que deixou ambos tristes, ela caiu com uma garota loira, e bem magra. E quando chegou minha vez a professora disse:

— Pedro você vai com...— Disse fazendo suspense. — Douglas.— Senti um sorriso se formar em meu  rosto, e quando olhei para ele, ele também estava sorrindo. Então logo a sala quebrou o silêncio com o barulho de mesas sendo arrastadas pelo chão. Não percebi que Douglas havia sentado a meu lado e falou:

— Não paro de pensar no nosso beijo. — Disse ele. Senti meu corpo arrepiar, e meu rosto queimar.

— E-eu também. — Gaguejei. Droga, estava nervoso de novo e odeio isso. Ele me deu aquele seu sorriso sacana. Ah, como eu já amava aquele sorriso, e olhou pro caderno e eu pensei comigo: "Será que existe amor a primeira vista? Se existe isso aconteceu com Douglas" , dei um sorriso bobo, e quando me virei vi Douglas me encarando, então a professora chamou a atenção de todos e foi dando as instruções do trabalho. Eu não estava prestando atenção na aula, só queria ficar admirando cada partícula do rosto de Douglas, era o rosto mais lindo,e mais bem feito que já vi, seus cabelos caindo por cima da testa, o contorno lindo que tinha seu nariz, e sua boca - que eu já beijei - linda, que ficava se contorcendo, a cada instrução da professora, aquilo era a coisa mais linda que já havia visto.

Obs.: Não esqueçam de votar, beijos.

Together (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora