Dentro do carro, rumo ao aeroporto, fiquei olhando a paisagem, e lembrando tudo o que eu ia deixar pra trás, todas as brincadeiras na escola, todas as "zoeiras" com os professores coisas que eu nunca vou esquecer, quando percebi tinha uma lágrima rolando pelo meu rosto, limpei ela antes da minha mãe perceber,mas já era tarde.
— Pedro, pare de chorar meu filho, você vai conhecer mais gente nova, suas tias estão lá, suas primas que você sempre adorou estão lá, você vai se adaptar logo. — Disse ela tentando me animar. Dei um sorriso meio falso, e ela aceitou.
Chegamos ao aeroporto, minha mãe foi fazer o chek-in, eu fiquei sentado jogando no celular, e escutando Lana Del Rey. Minha mãe foi voltando, e me deu um sorriso, e sentou e ficamos e silêncio. Logo depois nosso voo foi chamado, e entramos no avião, peguei meu livro que estava lendo, Paixão Sem Limites, da autora Abbi Glines, e coloquei o fone, Lana voltou a cantar, e fiquei lendo até chegarmos ao destino, mamãe acabou dormindo, e fechei o livro, e fiquei dormindo junto a ela.Acordei com a minha mãe me chamando.
— Pedroca, chegamos na casa da tia Elis, vamos, estão todos lá, a Kenya, a nova mulher do seu tio, a tia Débora, e as Larissas. — Fiquei mais animado por estarmos em família, quando cheguei, todos vieram me abraçar, e me beijar, e ficamos conversando a tarde toda, quando o cara no caminhão ligou para minha mãe dizendo que chegou a nossa casa. Então, eu e minha mãe nos despedimos de todos, e fomos direto para casa. Chegando lá, fui direto pro andar de cima, procurar o meu quarto, e então achei um quarto, com uma janela enorme de vidro com vista pra praia, desci correndo as escadas até encontrar minha mãe.
— Mãe, posso ficar com o quarto lá de cima? — Perguntei todo alegre.
— E eu vou negar alguma coisa pro meu filho, com esses olhinhos brilhando? Vai lá é seu. — Disse minha mãe me dando um beijo. Subi as escadas e vi que minhas coisas já haviam sido montadas. Então já fui guardando minhas coisas pra ir da uma volta na praia. Arrumei tudo bem rápido, mas bem do jeito que estava meu antigo quarto. Peguei meu celular e meu fone, e como sempre Lana Del Rey me acompanhando. Enquanto andava fiquei me deparando com várias pessoas, fique meio tenso, porque parecia que todos estavam me olhando, mas era tudo coisa da minha cabeça. Foi ficando tarde, e decidi voltar pra casa, quando cheguei minha mãe estava fazendo comida.
— Oi, meu amor, o que achou do passeio? — Perguntou minha mãe toda alegre.
— Amei mãe, achei tudo muito lindo, acho que posso gostar daqui. — Dei um sorriso pra minha mãe e subi as escadas para um banho. Quando desci, a comida estava pronta e minha mãe veio falar comigo.
— Pedro, eu já matriculei você na escola, e você começa segunda-feira. — Disse ela, enquanto dava uma garfada no macarrão.
— Tudo bem, mãe. — Falei meio engasgando com o choro. Começa em uma nova escola, sem Gabriel e Thais, como será?. Segunda-feira chegou mais rápido que imaginei, logo acordei, e fui me arrumar pra não chegar atrasado logo no primeiro dia de aula. Minha mãe me levou até a escola, e eu entrei fui até a diretoria, e peguei meus horários, e logo fui indo pra sala. Quando chegue uma menina, branca, de cabelos negros baixinha , veio falar comigo.
— Oi. — Falou ela
— Olá — Respondi meio envergonhado.
— Como é seu nome? — Perguntou sorridente
— Pedro e o seu? — Falei já mais solto
— Sheila, mas me chame de She, não gosto muito do meu nome, não sei porque minha mãe colocou ele em mim. — Respondeu ela caindo na gargalhada. Dei um sorriso meio tímido. A professora chegou na sala, ela era jovem, bonita, bem baixinha também.
— Bom dia turma, hoje temos uma aluno novo Pedro. — Disse ela olhando pra mim, assim toda sala olhou — Quero que ele seja muito bem recebido aqui na sala. — Todos assentiram. Então um menino, branquinho, dos cabelos castanhos, entrou na sala. Quando meus olhos se encontraram com os dele, senti meu coração pulsar, eu me arrepiei, me senti estranho, só sai daquele transe quando ele falou:
— Com licença professora Cissa, posso entrar? — Perguntou o menino de cabelos castanhos.
— Claro, Douglas, entre. — "Douglas" então esse era o nome do menino que me fez sentir diferente.
Obs.: Não esqueçam de votar, e comentar, ok? Amo vocês <3