CAPITULO 7

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Meu celular despertou, e eu acordei em um pulo, e fui direto tomar banho, estava todo alegre, pois afinal, aquele seria o dia em que ficaria sozinho com Douglas, sem toda a bagunça da escola, meu coração estava acelerado com esse pensamento. Quando voltei pro meu quarto após ao banho, fui até o guarda roupa, e peguei a camiseta da escola, uma cueca box preta, e um shorts jeans. Estava terminado de me arrumar quando meu celular vibrou. E vi que tinha uma mensagem. Meu coração gelou, a mensagem era de Douglas, tratei de abri-lá logo, e a mensagem dizia:

"Bom dia, já estou na frente da sua casa, não demore muito". Depois que li aquela mensagem, tratei de me arrumar rápido para encontrar com Douglas. Quando cheguei a cozinha, minha mãe, — mais uma vez —, não estava em casa e — de novo —, não me deixou um bilhete. Então comi alguma coisa, bem rápido, subi ao banheiro, escovei os dentes, penteei o cabelo, e desci ao encontro de Douglas. Quando cheguei até a porta, me deparei com Douglas, usando uma calça preta, um tênis All Star branco, e a camiseta da escola, com o cabelo jogado na testa.

— Bom dia — Cumprimentou. — Demorou hein — Caçoou de mim.

— Desculpa, — Disse rindo — Minha mãe saiu, e não me deixou nada pronto pra comer, por isso demorei. — Falei por fim.

— Tudo bem. — Disse sorrindo. — Então fomos caminhando, lado a lado, sem falar nada. Até Douglas dizer:

— Então, tudo certo pra hoje? — Disse ele meio sem graça.

— Sim, minha mãe não vai estar em casa,então é mais fácil pra gente se concentrar, sem ela ficar te fazendo perguntas. — Disse dando um sorriso. Vi que Douglas, estava com um sorriso de orelha a orelha. E seguimos o resto do trajeto em silêncio, para o meu desgosto. Quando chegamos a escola, Sheila, veio ao meu encontro.

— Bom dia Pedro. — Disse me abraçando.

— Bom dia She. — Disse.

— Veio com seu namorado então pra escola? — Disse ela rindo. Senti meu rosto queimar igual fogo.

— She, ele não é meu namorado, a gente não tem nada somos só amigos. — Disse envergonhado.

— Tá bom, você é quem sabe. — Disse me puxando pra entramos na escola. Quando entramos, uma senhorinha foi direto bater o sinal, pois já estava na hora, então Sheila e eu seguimos para sala. Aconteceu uma briga na nossa sala, de uma menina com outra, tudo por causa de um menino, esse menino estava "ficando" com uma delas, e a outra estava "dando" em cima dele, e foi a maior briga, a professora separou elas e levou elas á diretoria. Durante o tempo que a professora saiu, Douglas me mandou uma mensagem:

"Não vejo a hora de acabar a aula, pra irmos embora". Meu coração começou a pulsar rápido, eu não respondi a mensagem, apenas olhei pro lugar de Douglas e vi ele com seu sorriso de sempre - eu já estava apaixonado naquele sorriso. Então fomos ao intervalo, no pátio, Sheila me deixou sozinho, e foi pra cantina comprar algo, e Douglas veio até mim, como naquele dia.

— Vou precisar levar alguma coisa pro trabalho? — Perguntou.

— Sim, ele só uma cartolina, e já esta bom. — Disse sorrindo pra ele. Quando olhei por cima do ombro dele, vi Sheila, nos encarando com um sorriso besta no rosto. Douglas se despediu e saiu, enquanto Sheila vinha desesperada ao meu encontro.

— O que vocês conversaram? Me conta tudo! — Exclamou.

— She, não foi nada de mais, foi sobre o trabalho. — Disse. Ela me olhou com desconfiança. Ficamos sentados a mesa, comendo em silêncio. O sinal pra voltar para sala tocou, eu e Sheila, fomos direto pra sala. As próximas aulas, após o intervalo, foram bem cansativas, porque tivemos aula de Química, com um professor que cheira a porco na lama, mas logo a aula dele acabou. A de Matemática demorou a passar. Quando estávamos terminando o último exercício o sinal tocou, e o professor falou:

— Quero tudo respondido pra segunda feira. — Disse ele severo. Todos assentimos e saímos da sala. Esperei Douglas no lado de fora da sala, e quando vi ele sair fiquei todo arrepiado, como no primeiro dia em que nos vimos, nosso olhares se encontraram então ele sorriu pra mim.

— Vamos? — Perguntou. Eu não respondi, simplesmente assenti com a cabeça e seguimos para fora da escola. Quando estávamos chegando perto de casa ele disse:

— Vou correndo lá no meu pai, pegar a cartolina e trocar de roupa, e já volto. — Disse me dando um selinho. Então entrei pra dentro de casa, e subi as escadas correndo, tomei um banho, coloquei uma camiseta normal, shorts e chinelo, e desci com meu notebook pra sala. Enquanto Douglas, não chegava, fui preparar um lanche pra gente, caso fiquemos com fome, estava terminado de fazer o lanche quando a campainha tocou, fui correndo atender. Quando abri a porta da sala, me deparei com Douglas, com uma camiseta regata branca, um shorts azul e um chinelo branco.

— Oi, entre — Fiz um sinal para que ele entrasse, e ele atendeu o comando.

— Casa maneira. — Disse ele olhando para todos os lados.

— Obrigado. — Agradeci. Então abri meu notebook e ficamos analisando textos e imagens sobre a Segunda Guerra Mundial. A maioria das vezes me distraía pra ficar olhando para Douglas, que sempre fazia uma expressão diferente acada parte do texto que lia. Por fim terminamos, e fui pegar os lanches, enquanto fui pegar, senti duas mãos me entrelaçarem e me virarem, e fiquei cara a cara com Douglas, ele me deu um sorriso e disse:

— O que preparou pra gente? — Disse em meio a um selinho que me deu.

— Preparei uns pães com presunto e queijo. — Tomei coragem e lhe dei um beijo. Foi um beijo intenso, com fúria e paixão misturados, mas ao mesmo tempo suave. Afastei nosso rostos, e senti a ereção de Douglas conta a minha barriga.

— É melhor a gente ir comer. — Disse. Douglas olhou pra mim e assentiu, ainda abraçados fomos até a mesa e ele me pôs sobre seu colo e falou.

— Gostei do lanche. — Falou enquanto dava uma mordida no pão.

— Obrigado, é a minha especialidade. — Disse me gabando, e mordi o pão. Logo depois de comermos fomos até o sofá,Douglas me deitou sobre seu peito e ficamos ali por alguns instantes, até ele dizer:

— Eu te amo Pedro. — Disse suspirando. — Eu senti isso no momento em que cheguei na escola aquele dia e te olhei, eu não acreditava, mas depois daquele dia, passei a acreditar em "Amor a primeira vista". — Disse fazendo aspas com o dedo.

— Eu também te amo Douglas, como você, eu também não acreditava em amor a primeira vista, mas depois de você passei a acreditar. — Ele suspirou e me beijou, foi um beijo doce, mas cheio de amor.

— Sei que é meio cedo pra perguntar, mas... — Disse fazendo uma pausa. — Quer namorar comigo? . — Disse por fim. Senti como se tivesse mil borboletas dentro do meu estômago, senti fogos de artificio explodirem dentro de mim, meu coração pulsava rápido e por fim eu disse:

— Douglas. — Disse fazendo cara de triste, e fazendo suspense, vi seu rosto murchar e prossegui: — É a coisa que eu mais quero na vida. — Disse. Seu rosto voltou a ter aquele sorriso que eu amo, desde o dia em que vi, ele me envolveu com seus braços, beijou minha testa e disse:

— Eu te amo. — Disse ainda me abraçando e ficamos ali curtindo aquele momento, desejei que aquele momento nunca acabasse, eu iria viver aquilo para sempre.

Obs.: Votem e comentem, se tiver algum erro me avisem, beijos.

Together (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora