Fique paralisado com a hipótese de eu conhecer o pai de Douglas.
— Pedro ta ai? — Disse me tirando do transe, havia esquecido que estava ao telefone com ele.
— Tô aqui. — Disse informando-o.
— Ah, então vai vir conhecer meu pai? — Disse esperançoso.
— Claro. — Disse com medo.
— Pedro, ta tudo bem? — Perguntou preocupado.
— Sim, tá tudo bem. — Nos despedimos e desligamos o telefone.
Fiquei pensando sobre encontrar com pai de Douglas, e várias perguntas pairavam sobre minha cabeça. Finalmente, a sexta-feira chegou, e eu me levantei e arrumei para o último dia de aula, antes das férias, já estávamos no final de Junho, então estavam todos eufóricos pro último dia de aula. Douglas me enviou uma mensagem dizendo que já estava na frente de casa. Então, desci pra cozinha, comi alguma coisa, e abri a porta. Douglas estava la fora, de costa pra mim.
— Bom dia. — Sussurrei em seu ouvido.
— Bom dia. — Disse sorrindo pra mim. Juntamos as mãos e fomos direto pra escola. E caminhamos em silêncio, percebi que o Douglas estava meio tenso, e me senti culpado, porque sabia que era em relação a mim, então decidi encoraja-lo.
— Então, — Falei — quando vou conhecer meu sogro? — Disse rindo. Douglas abriu um sorriso de orelha a orelha, e disse:
— Ah, não sei. — Disse tímido.
— Pois trate de saber logo, — Disse em tom autoritário. Ele riu e disse:
— Vou falar com meu coroa e te falo. — Disse por fim, me abraçando, então chegamos a escola. Vi Sheila com uma menina, e senti um sorriso se formar pelo meu rosto, enquanto eu via elas conversando, então Sheila, olhou pra mim e me chamou. Disse ao Douglas que iria até lá, ele me deu um beijo e fui. Chegando Sheila me puxou e disse:
— Pedro, essa é Isabela — Disse apontando para a menina de cabelos de fogo — Minha namorada. — Completou.
— Oi. — Disse tímida.
— Oi. — Disse. Simpatizei com ela, era uma garota bem legal, acabei ficando feliz com a escolha de Sheila. O sinal tocou e entramos, eu e Sheila nos despedimos de Isabela, e fomos direto pra sala, no caminho, eu disse pra Sheila:
— Gostei dela. — Disse sorrindo pra Sheila, ela me apertou e entramos pra sala. As primeiras aulas foram de português, com uma professora eventual, - pois a nossa está doente - ela era uma mulher, alta. magra, com cabelos oleosos, mas era uma boa professora, - até melhor que a nossa -, então explicou a matéria, e quase a sala toda dormiu, pois ela falava muito calma, - até me lembrava Lana Del Rey. - por isso todos foram ficando com sono. Logo aquela aula chata acabou, e logo veio outro professor, o de Química que cheirava a porco, a aula dele passou rápido, então logo tocou o sinal do intervalo, e Sheila saiu - quase - correndo da sala, certamente ia ficar com Isabela, e eu fui até Douglas, ele me abriu um sorriso e saímos. Ficamos o intervalo todo abraçados, e Douglas quebrou o silêncio.
— Falei com meu pai, — disse fazendo pausa. — E você pode ir em casa, amanhã , ou domingo se preferir. — Completou.
— Acho que amanhã é melhor. — Disse. Ele me abraçou mais ainda. O sinal tocou e fomos para sala, Douglas foi para o lugar dele e eu pro meu, isso já é normal de fazermos. Cheguei ao meu lugar, coloquei os fones e Lana Del Rey, começou a cantar. Toda vez que escutava uma música dela, era como se sentisse minha alma "lavar", ela me trazia uma paz tão boa. Enquanto escutava música, fiquei pensando sobre como era o pai de Douglas, ele não me falava muito, só falou uma vez sobre, a doença que ele tinha, fora isso nada. Pensei se ele era um senhor de seus 60 e poucos anos, ou se era um cara com uns 50 e poucos, e mais pensamentos vinham com a música: "Será que o pai dele vai gostar de mim?", " Será que o pai dele não vai me achar estranho?", tratei de afastar esses pensamentos, e quando voltei a mim, o professor estava apagando a lousa, pois já ia dar o sinal pra irmos embora. Então, Douglas veio até minha mesa e disse:
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Together (Romance Gay)
Roman pour AdolescentsNova cidade. Novos amigos. Novos amores.