CAPITULO 6

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A professora pediu pra fazermos um texto sobre a Segunda Guerra Mundial, e o texto tinha que ser escrito a mão, não podia ser imprimido, e só poderia imprimir as imagens, ela pediu  tudo pra próxima aula, o que diria que Douglas teria que ir até minha casa. E eu senti um fogo queimar dentro de mim com essa notícia, ter Douglas na minha casa seria o máximo. Então anotamos tudo, e a aula acabou, e fomos desfazendo as duplas, Douglas olhou diretamente pra mim e disse:

— Então, até sua casa. — Disse com seu sorrido sacana e me deu uma piscada. Senti meu corpo estremecer com aquilo. Logo depois veio o intervalo, e Sheila veio correndo até mim.

— Hum.... Então Pedrinho vai fazer trabalho com o Douglas. — Disse sorrindo e caindo na gargalhada. Apenas revirei os olhos e fomos comprar alguma coisa na cantina. Eu comprei um salgado e um suco, e Sheila comprou o mesmo. Então fomos nos sentar. E ela ficou me encarando.

— Que foi? — Perguntei dando uma mordida no salgado.

— Você gosta dele não é? — Disse me fazendo engasgar.

— O que? De quem? Douglas, não, eu mal conheço o garoto, como vou gostar dele. — Disse me lembrando do beijo, e minhas bochechas queimaram.Sheila olhou com desconfiança pra mim.

— Tá sei. — Disse e mordeu seu salgado. Ficamos ali por mais uns vinte minutos e bateu o sinal e voltamos pra sala. E eu fiquei com aquela pergunta de Sheila pairando sobre minha cabeça: "Será que eu realmente gostava dele?". Mas espantei esse pensamento, e logo fui para o meu lugar. As últimas aulas passaram rápido, então quando me dei conta, eu estava arrumando minhas coisas, e vi Douglas vindo na minha direção.

— Então, quando vamos fazer o trabalho? — Disse coçando a cabeça.

— Ah, — falei — Poderíamos fazer amanhã depois da escola, pode ser? — Perguntei meio duro. Ele abriu um enorme sorriso - e que sorriso lindo - e disse:

— Pode ser, até mais — Disse se virando. E - como suspeitei - Sheila veio correndo até mim.

— Você gosta dele! — Exclamou — E não tente negar, olha só você com esses olhinhos brilhando. — Disse me dando um tapa no braço. Fiquei todo sem graça, e então saímos da sala. Quando cheguei ao portão não vi o carro da minha mãe, então meu celular vibrou. Era uma mensagem dela.

"Pedro, não vou poder te buscar, mas você já conhece o caminho, bjos". Fiquei chateado com ela, mas afinal ela tinha razão, eu já conhecia o caminho, e fui andando. E ainda no trajeto eu só pensava em Douglas. E em meio a musica que estava escutando, escutei alguém chamando meu nome. Me virei e senti meu corpo queimar, porque quem estava me chamando era Douglas, parei pra esperar ele chegar até mim.

— Ei! Posso te acompanhar até em casa? — Perguntou.

— Mas, sua casa é longe da minha. — Falei.

— É, mas agora eu to indo na casa do meu pai.

—Ah, então vamos. — E fomos andando em silêncio um ao lado do outro, minha vontade era de quebrar aquele silêncios, e abraçar Douglas ali no meio da rua, mas me controlei, quem quebrou o silêncio foi o Douglas.

— Pedro eu preciso te falar uma coisa. — Disse ele parando na minha frente. — Pedro, eu nunca me senti desse jeito. — Disse por fim.

— Que jeito Douglas? — Disse perplexo.

— Pedro, eu nunca me senti em relação a ninguém do jeito que me sento em relação a você. — Pausou — Pedro, eu...eu... — Ele não continuou a frase. E quando menos percebi, nosso corpos estavam colocado, e estávamos em um beijo selvagem no meio da rua, aquele beijo não foi como o primeiro, que foi mais suave e doce, esse era mais intenso, cheio de paixão, a língua dele explorava minha boca com mais vontade, e logo ele foi diminuindo a intensidade, e separou nossos corpos e disse:

— Pedro, eu te amo. — Disse me abraçando, quando estava envolvido, sentindo seu cheiro, sussurrei em seu ouvido.

— Eu também te amo Douglas. — Disse me envolvendo ainda mais nele, ele soltou um suspiro, e pude sentir um sorriso se formar em ambos os rostos. Eu estava abraçado com a pessoa que amo, e naquele momento, eu me sentia amado. Ele afastou nossos corpos e falou:

— Vamos, estamos quase chegando. — Disse entrelaçando nosso dedos. E continuamos de mãos dadas até chegarmos em casa. Quando estávamos na frente de casa, ele parou na minha frente e disse:

— Até amanhã. — Ele me deu um selinho, e me abraçou.

— Até. — Disse sorrindo e entrando para dentro. Minha mãe não estava em casa, então fui para o meu quarto, ainda sentia aquele sorriso bobo no rosto. E as imagens daquela caminhada vinham atona no meu pensamento. Eu me sentia amado, eu estava finalmente amando. Eu me levantei da cama, e fui para o banho, assim que entrei, ouvi o barulho da porta da frente, sabia que minha mãe tinha chegado, e vinha alguém com ela, logo reconheci a voz, era Anna, a melhor amiga da mamãe, elas vinham e um papo animado, decidi ir parar de prestar atenção nelas e fui para o banho, assim que entrei, e senti a água quente rolando sobre mim, as imagens vieram mais uma vez a minha cabeça, dessa vez eu me abracei, pensando que aqueles seriam os braços de Douglas, que naquele momento era onde eu queria estar, era abraçado a ele. Desliguei o chuveiro e desci as escadas, mamãe e Anna continuavam a conversar.

— Rita, vamos, vai ser em um barzinho bem perto do escritório. — Disse Anna insistindo

— Ai, não sei Anna, não quero deixar o Pedro sozinho. — Disse minha mãe argumentando. Logo depois cheguei a sala e disse:

— Vai mãe, vá se divertir um pouco, aliás, amanhã eu tenho que fazer um trabalho de escola com um amigo, então não tem com o que se preocupar. — Disse encorajando-a. Ela olhou pra mim, olhou para Anna e finalmente falou:

— Tá bom, eu vou. — Disse rindo e jogando as mãos pro ar. Anna veio correndo até mim, me abraçou e disse:

— Obrigado Pedro, sua mão não é fácil de lidar não. — Disse rindo e ainda me abraçamos. E ficamos ali os 3 conversando e rindo. Logo Anna foi embora, me despedi dela, dei um beijo na minha mãe e subi para meu quarto, chegando vi que havia uma mensagem no meu celular. Meu coração gelou. Era de Douglas.

"Oi, peguei seu número com a Sheila, só quero te dizer, que amanhã irei passar na sua casa pra irmos pra escola, ok? Beijos e Te amo". Aquela mensagem me fez sentir bobo de novo, e aquele sorriso mais uma vez se formou em meu rosto, mas também sabia que, Sheila ia me bombardear com várias perguntas, mas não me importava, só estava pensando que iria com Douglas pra escola amanhã, e já estava feliz, coloquei meu pijama, e fui para cama, e tratei de dormir bem rápido, pra acordar rápido e ir pra escola com Douglas, aquilo estava sendo um sonho.

Obs.: Cliquem na estrelinha, beijos.

Together (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora