Capitulo 20 (Último)

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Douglas.

        Acordei e olhei no relógio, eram 10h da manhã. Levantei, e fui tomar banho. Meus nervos estavam a flor da pele. Hoje era o grande dia. Hoje eu finalmente casaria com o amor da minha vida. Sai do banho e fui pra cozinha. Rita estava tomando café.

– Bom dia sogrinha. – cumprimentei com uma sorriso. Ela olhou pra mim com os olhos cheios de lágrimas.

– Douglas... – começou. – eu nunca achei que estaria viva para ver esse dia em que meu menino, meu caçulinha iria casar. Ele é tudo o que tenho. Eu sei que já ouviu isso, e está fazendo muito bem, mas irei dizer de novo, faça o possível e o impossível para manter o Pedro feliz. Você o faz feliz. Não deixe nada e nem ninguém acabar com a felicidade de vocês. Você, a partir de hoje, é meu outro filho. Você já era antes, quando começou a namorar o Pedro, eu via nos olhos de vocês, o quão se amavam, mesmo muito jovens, mas se amam intensamente. E eu amo e sou grata a você por amar meu filho. – lágrimas caiam livremente do meu rosto e do rosto de Rita. Eu não tinha palavras para descrever aquele momento, eu apenas a abracei. Era a única coisa que eu conseguia fazer. Ela era a minha sogra/mãe. Ela me apoio nesse grande passo que dei na minha relação com Pedro. Ela concordou com tudo. Nosso momento mãe e filho, só foi interrompido pelo barulho do caminhão. Fui até a porta e abri. Era o senhor que iria montar a tenda. Levei-o até o fundo da casa, e mostrei onde seria instalado tudo. Ele começou a montar e eu entrei.


Pedro

        Olhei no relógio, marcava meio-dia. Douglas não havia me ligado ainda. E casamento da irmã dele estava marcado para as três da tarde. Levantei e fui tomar um banho. Aquela água que caia do chuveiro e corria livremente pelo meu corpo, me relaxava. Fiquei alguns minutos só. Pois não estava em casa para abusar. Saí me sequei e coloquei uma roupa. Cheguei a cozinha Mylla estava sentada tomando café. Ela olhou pra mim e sorriu. Não disse uma palavra. Passamos o café da manhã todo em silêncio. Aquilo estava me incomodando,mas afastei esse pensamento fulo da minha cabeça.

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    Eram duas horas da tarde quando Douglas, finalmente, me ligou.

– Alô? – perguntei com a voz meio histérica.

– Oi amor, daqui meia hora eu tô chegando, o voo demorou um pouco pra decolar. Mas já estou chegando. Quando chegar te ligo, vou pegar o táxi agora.

– Amor, vem logo, sinto sua falta.

– Mas, uns minutos e estaremos juntos. Para sempre. – disse e desligou. Douglas nunca falou daquele jeito. Mas, pensei que fosse porque sentia minha falta. Arrumei minhas coisas, e fiquei na sala da casados avós de Mylla, em silêncio.


Douglas

        A maioria já havia chegado, e aos poucos as cadeiras foram se enchendo. Meu nervosismo de ver aquelas pessoas só aumentava. Meu pai não havia chegado ainda. Gabi não havia chegado ainda. Aquilo me deixou mais nervoso ainda. Uns amigos da escola estavam lá. Eles foram uma surpresa pra mim, quando assumi meu namoro com Pedro, achei que iria me deixar, mas aconteceu ao contrário, eles me deram um apoio maior do que eu pensei que iria receber. As tias do Pedro chegaram, me deram um sorriso que dizia "Estou feliz por vocês". Eu apenas retribuía aquele sorriso. Já fazia algum tempo que tinha ligado para Pedro. Daqui a pouco iria ligar de novo. Mas, desta vez ele viria, e seria para ser meu marido. Para sempre.

     Todas as cadeiras haviam sido preenchidas. Faltavam duas. Meu pai e Gabi. Quando estava me enchendo de tristeza. Eles apareceram e se dirigiram ao seus lugares. O campo estava do jeito que imaginei pro casamento. Tudo como eu queria. As flores pelo chão. Tudo como imaginei. E só faltava o principal. Pedro.


Pedro

– Alô?

– Amor, cheguei. Já está pronto?

– Só falta os sapatos. – disse. Douglas disse para que eu me demorasse.. Desliguei o telefone, e comecei a amarrar os sapatos. Quando terminei, Mylla apareceu na sala.

– Douglas ligou? – perguntou olhando pra mim.

– Sim.

– Depois que se arrumar. Me avisa. Eu te levo pra casa.– ela disse e saiu. Estavam todos meios estranhos. Espantei esse pensamento e tornei a me arrumar. Olhei para o espelho, ajeitei o cabelo. Pronto. Agora era só ir pra casa.


Douglas.

           Já tinha me arrumado. Todos estavam especialmente arrumados. Agora que faltavam poucos minutos pro Pedro chegar, minha ansiedade só aumentou. Estava tremendo. Estava parado no altar. Todos estavam em silêncio. Um único barulho me fez gelar. A porta da frente havia sido aberta.

– Douglas? Ta aí? – a voz de Pedro ecoou sobre todos, que sorriram, eu muito nervoso, respondi.

– To aqui no campo amor. – ouvi o barulho da bolsa sendo jogada em cima da mesa. E os sapatos de Pedro batiam no chão de madeira. A porta que dava pro campo se abriu e todos levantaram e olharam para Pedro. Ainda paralisado. A música, "I Won't Give Up" de Jason Mraz começou a ecoar das caixas de som. Pedro colocou a mão na boca. De longe eu podia ver seus olhos brilhando, ele estava se segurando pra não chorar. E muito lentamente ele veio andando até mim. Ele balançava lentamente a cabeça, desacreditado de tudo aquilo. Quando chegou na nossa parte preferida, eu peguei o microfone e comecei a cantar.

"Porque até as estrelas, elas queimam
Algumas até mesmo caem sobre a terra
Temos muito a aprender
Deus sabe que valemos a pena
Não, não vou desistir
Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente
Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu puder fazer
Nossas diferenças fazem muito para nos ensinar como usar
As ferramentas e os presentes que temos, sim, temos muita coisa em jogo
E no fim, você ainda é meu amigo pelo menos, tínhamos intenção
Para funcionarmos, não terminamos, não queimamos
Tivemos que aprender como nos virar sem o mundo desabar
Tive que aprender o que tenho, e o que eu não sou
E quem eu sou
Não vou desistir de nós
Mesmo que os céus fiquem furiosos
Estou te dando todo meu amor"

  Pedro andou um pouco mais rápido. A música ainda ecoava das caixas de som. Ele chegou ao altar. Beijei a testa dele e viramos para o padre. A cada palavra do Padre meu coração palpitava mais e Pedro apertava meu braço. Chegamos na hora de trocar as alianças. Eu repeti tudo o que o padre pediu para que eu repetisse. Coloquei a aliança no dedo de Pedro e a beijei. O padre colocou o microfone na frente da boca de Pedro, e ele repetiu as mesmas palavras que eu, e colocou a aliança no meu dedo.

– Eu, na presença de nosso Senhor Jesus, vos declaro, marido e... — gaguejou — marido. — todo riram. Tomei o rosto de Pedro com as mãos e o beijei com mais paixão do que nunca. Pedro retribuiu o beijo. Estávamos nos beijando ao som de palmas e Jason Mraz. Descemos do altar e começou aquela famosa chuva de arroz sobre nós. Depois que passamos sobre a chuva de arroz, uma música animada começou a tocar. Puxei Pedro pra dançar, num espaço que havíamos montado. Ele passou, os braços pelo meu pescoço, e me beijou.

— Não acredito que fez tudo isso – sussurrou – eu te amo.

– Por você eu repetiria isso mil vezes. — Beijei-o com ainda mais fúria e paixão. Ficamos ali dançando loucamente. Até a música acalmar e tocar, "Kiss Me" , do Ed Sheeran. Puxei Pedro de encontro a mim. E ficamos dançando.

    Aquele era o nosso momento. Nosso casamento. Nossa nova vida. Mas, nada, nada mesmo iria acabar com nosso momento. Iríamos viver e guardar aquele momento pro resto da vida.

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Oi, oi gente.
Esse é o último capitulo. Espero que eu tenha feito um desfecho digno.  Curtam e comentem, espero que gostem, amo vocês ♡

Together (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora