Bonus 5

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Me desculpem pela demora, eu tive alguns problemas e não pude postar. Como estou em época de pré vestibular, vou fazer o possível para postar, pelo menos, um bônus e um capitulo por semana.

Obrigada, 

Beijos! :*

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Bônus 5 - Enzo

Sobrevivi.

Não sei como e nem por que.

Acordo em uma espécie de enfermaria, olho ao redor e percebo que esta vazia, apenas eu estou aqui.

Nesse instante uma mulher, miúda e já de idade, vem até onde estou. Ela começa a falar, mas não entendo seu idioma. Então, acho que ela entende minha confusão e troca de idioma, agora ela esta falando no meu e eu entendo tudo perfeitamente. Ela diz que se chama Maria Da Soledade e que é a enfermeira responsável por mim, estende um comprimido e um copo d’água na minha direção e começa a explicar o que houve.

Ela me explica que, a não ser por mim, toda a minha antiga equipe foi abatida na emboscada. Estou atordoado, me lembro dos meus companheiros e uma tristeza imensa me invade, ela continua a explicar e eu quase não consigo acompanhar, mas me esforço até tudo fazer sentido.

Ela me conta que me encontrou desacordado, mas ainda respirando. Disse que tiveram que me remover às escondidas do lugar do ataque, o perigo dos atacantes voltarem e encontrarem ela e suas ajudantes me levando era muito grande, por isso, meu resgate foi feito de noite e horas após a emboscada. Ou seja, perdi muito sangue e quase não sobrevivi.

De repente ela olha para a minha perna, e não levanta os olhos enquanto me diz que tiveram que amputar a perna que tinha sido atingida. Não tinha prestado atenção à isso, mas agora é impossível deixar passar, onde deveria estar minha perna não há nada!

Isso não é muito masculino, mas começo a chorar. Penso nela, como vou ir atrás dela agora? Estou incompleto, defeituoso!

Maria da Soledade me consola. Me diz que tive uma infecção muito forte e minha perna não teve salvação. Ela me lembra minha mãe, pois faz a mesma coisa que a Dona Marta fazia, me abraça e mexe em meus cabelos até eu me acalmar.

Dona Marta! Preciso ligar para a mamãe, a essa altura eles já devem ter dado a noticia de que eu fui morto, preciso tranquiliza-la.

Peço a Maria um telefone, ela diz que só há sinal do lado de fora da enfermaria. Começo a me levantar, então me lembro que sou um maldito Saci agora e não tem como eu ir pulando até la fora. Ela me pede para esperar e volta com uma cadeira de rodas, muito contrariado aceito a cadeira, não há nada mais eu que possa fazer.

Maria me leva até lá fora, me entrega o telefone e me deixa sozinho.

Disco o número da casa da minha mãe, toca até cair. Repito mais umas cinco vezes e todas as vezes a caixa postal tenta atender. Droga, por que ela não pode ter um celular igual todo mundo? Não! Tem que dificultar! Estou para tentar a sexta vez, quando me lembro que ela já deve ter recebido a notícia e deve estar na casa de alguém, mas quem?

Resolvo tentar ligar para as vizinhas, elas devem saber onde minha mãe esta. Mas, para meu azar não sei o número das vizinhas de cor, só da Dona Mirtes. E o motivo de saber é que eu ligava muito para a Florence quando éramos jovens, vou torcer pra que ela não tenha trocado o número de telefone.

Disco o número da Dona Mirtes, estou apreensivo. O telefone toca algumas vezes e quando estou quase desligando alguém atende.

 - Alô?

Florence! É ela, é a voz do meu anjo!

 - Florence? É você?

FreedomOnde histórias criam vida. Descubra agora