Capítulo 9

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Estou a ponto de dizer minha ideia, quando o celular de Madame  toca. Ela ergue um dedo, me pedindo para parar, escuta a voz do outro e, também com um gesto de mão, me manda ir embora.

Saio da sala, vou em direção a minha mesa e já nem sei se quero dividir o que pensei com Madame G.

Mando uma mensagem para a sumida da Cecí, peço que ela passe na minha casa quando chegar do trabalho. Ela sendo uma aspirante a arquiteta, nunca para quieta, então tenho que “agendar” visitas.

O restante do dia corre como um borrão, vejo a Dani algumas vezes, mas não tenho coragem de contar a ela. Preciso de conversar com alguém sobre isso e de conselhos.

-*-

Meu expediente chega ao fim, não vejo a hora de chegar em casa, então me apresso pra chegar no estacionamento.

Chegando la, estou indo em direção ao meu carro, quando ouço um gemido. E bem a minha esquerda, meio despida e prensada contra uma parede esta a nova estagiária e um igualmente meio despido Alfredo esta entre as pernas dela.

Desvio o olhar, mas ela consegue me ver e faz a clássica cara de “fui pega no flagra”. Continuo andando, chego ao meu carro e saio do estacionamento o mais rápido que posso.

Um dia de cenas chocantes e constrangedoras. Que sorte, hein Florence?

-*-

Chego na minha casa sem mais empecilhos, aleluia por isso, devo acrescentar. Lady me da um abraço canino de boas vindas e Cecí já esta tomando conta do jantar.

- Cecília, você é um anjo. Estou morta de fome!

Cecí ri, me da um abraço e volta a fazer o jantar.

- Flore, vai tomar seu banho e quando você pode me contar o que esta havendo.

Concordo na mesma hora, tudo o que preciso é de um banho, pra tirar o estresse do dia que ficou impregnado no meu corpinho violoncelo.

Vou em direção ao quarto e ao meu banheiro, tomo meu banho e saio de la me sentindo bem mais leve.

Vou para a cozinha e ainda chego a tempo de ajudar a Cecí a arrumar a mesa. Enquanto vamos arrumando, nos conversamos.

Ela me conta sobre o fim de semana com “O Malhadão”, que foi ótimo, mas que ele não é o que ela quer. Que apesar de ser lindo de morrer, ter uma pegada ótima, não serve e não faz questão de ser um cara para se levar ao almoço com a família.

Escuto tudo isso e penso que percebi isso tudo na mesma hora que ele abriu a porta pra mim, naquele sábado louco. Mas, prefiro ficar calada e deixar ela desabafar.

Já estamos quase terminando o jantar, quando ela me pergunta como foi o meu fim de semana. Fico pensando e analisando o que ela deve saber.

Decido contar sobre o Alfredo e pedir opinião sobre o com problema o Antonio. Mas, mais uma vez, não quero dizer sobre o Enzo.

Digo tudo sobre o Alfredo, desde o comportamento estranho dele na sexta, até a cena que vi a pouco no estacionamento. Cecí fica horrorizada, ela é partidária da política de profissionalismo na empresa e me apoia não ter dado chance ao, segundo ela, “pirigueto do Alfredo”.

Começo a dizer sobre o Antonio e me sinto envergonhada. Me envergonho por ter me encantado tão rápido com ele e não ter percebido nada de errado. Conto sobre o tempo que conversamos, as mensagens fofas e sobre a hora que descobri que ele era o noivo da Dani. Cecí esta tão irritada quanto eu fiquei, e então, peço a ela conselhos, pois sei que preciso de dizer o que esta havendo pra Dani.

Tentamos achar um plano pra desmascarar o Antonio ate altas horas da noite e quando vejo, já esta quase na hora de ir me deitar.

Me despeço da Cecí, dou “boa noite” para a Lady, me deito e pego o celular e vou olhar as mensagens que esqueci de olhar mais cedo. E encontro uma mensagem do Antonio dizendo que o que houve "não era o que eu estava pensando", imagina se fosse?

Deixo o telefone de lado e penso numa solução para o problema da Dani, um que ela nem sabe que existe. E então, do nada, uma idéia me vem a mente, já sei como desmascarar o canalha!

FreedomOnde histórias criam vida. Descubra agora