Capítulo 1

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Sentada do meu lugar, na praça de alimentação do shopping local, observo as pessoas passarem. Será que todas são como eu¿ Todas sofrem pressão vindo das pessoas que amam¿ Será que realmente PRECISAMOS nos encaixar em padrões para ser feliz e bem sucedidos¿ O que faria se pudesse ser você mesmo¿

Ter 19 anos e se aceitar, não é exatamente fácil. Todas as pessoas ao seu redor querem ser diferentes do que na verdade são. Não interessa se você é morena, quer ser loira por que disseram que é a tendência. Qual a lógica disso¿!

 Voltando de onde tinha parado, estou aqui sentada, vendo as pessoas comerem o seu almoço. E pensando que casais parecem se multiplicar quando estou solteira. Eles simplesmente surgem! Do nada! Fico chocada com isso todas as vezes que saio.

Meu horário de almoço esta acabando e preciso voltar para a Carrasca G, ops, Madame G. Não me entendam mal, amo o que faço, mas minha chefa é uma chata. A vilã de “O Diabo Veste Prada”, não chega nem aos pés dela, tamanha é sua vontade de ser superior.

Chego ao prédio faltando 2 minutos pro meu horário de almoço estourar, logo no lobby dou de cara com o Alfredo, ele é o cara mais gostoso que já vi na minha vida! Juro! Todas as vezes que olho pra ele, logo imagino que ele me pega pela nuca e me da um trato, ali mesmo, onde a gente estiver se encontrado. Ele é alto, muito alto, creio que deva ter 1.90 de altura, cabelos negros, um pouco comprido, olhos verdes e um sorriso safado que faria qualquer santa cair em tentação.

Como não sou santa, meu desejo é cair na tentação com ele, mas não acho que isso possa um dia vir a acontecer, afinal, ele deve preferir mulheres altas e que se vestem como a Barbie (nada contra a Barbie e as mulheres que se vestem assim, lógico).

Passo por ele, e entro no elevador. Alfredo faz sinal para que eu espere por ele, olho pro meu relógio e penso que escutarei uma bíblia de Madame G. hoje. Ele entra e começa a puxar assunto comigo.

- Lindo o dia, não é mesmo Florence¿ - Penso onde ele esta vendo “lindo” nesse dia, já que o céu esta tão fechado que lá fora mais parece noite, isso por que são 13h da tarde!

Mas concordo só pra ele não se sentir estranho, apesar de achar que ele esteja estranho.

- Aham, um dia lindo mesmo. – Fico olhando os andares passarem e esperando antecipadamente que chegue no 25º andar, onde tenho que descer.

Passamos uns 3 andares sem ninguém dizer uma só palavra, então, Alfredo tenta puxar assunto mais uma vez. Não sei se já mencionei, mas o Deus Grego ao meu lado é MODELO, então estar em um lugar confinado com ele faz maravilhas a minha mente hiper sexual.

- Então, Madame G. anda pegando muito no seu pé¿ -

 Não sei como responder a isso, afinal, ele é um dos queridinhos da Mocréia mor! Mas, pelo bem da minha não amizade com ele, respondo de um jeito imparcial.

- Imagina, Madame é uma graça comigo! Só gosta das coisas bem feitas e do jeito dela, se estiver assim, então tudo vai bem.

O que era uma mentira deslavada, todos sabiam que ela era uma VADIA com todos os subordinados, e isso me incluía como a principal alvo dela. Já que por ser a secretaria pessoal dela, tinha que aturar seus ataques de fúria, que não eram poucos.

Alfredo só balança a cabeça concordando, o elevador para no “Andar da Beleza”, onde todos os modelos ficam para fazerem suas fotos, provas de roupas, cabelos, coisas desse tipo.

- Bem, nos vemos por ai então. – Alfredo se despede e sai. Fico olhando sua bunda perfeita se afastando, enquanto o elevador se fecha e respondo um fraco “até logo” pra ele.

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