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S/n S/s POV

Ressaca moral era meu nome e sobrenome naquele momento. As cenas bastantes excitantes por sinal, se passavam na minha mente como um loop infinito. Eu estava muito fudida, se a minha mãe viu aquela porra? Meu pai ia me matar. Porra, a mãe da Juliette caralho, eu tava fudida demais. Eu nunca repeti tanto palavrão como agora em um pensamento só, ela estava dormindo calmamente ao meu lado. Eu estava adiando ao máximo dizer que amava ela, as palavras pareciam querer ser expulsas do meu peito a todo momento.

O sorriso, o cheiro, os olhos, o cabelo, tudo, tudo nela me gritava amor, e eu queria tanto, mais tanto dizer que eu amava ela, mas e se ela se assustasse? se não me amasse? se eu não fosse o suficiente? Começo a fazer carinho na sua pele macia, suspiro seu cheiro e passo meu nariz no seu pescoço. Assim que o bonequinho aparece para tocar o alarme eu ponho a mão na sua orelha, para abafar o som.

Ela resmunga, e eu sorrio da sua manha para acordar. Os olhos vão abrindo devagar para se acostumarem com a luz, suspiro olhando suas pupilas escuras que refletiam carinho e admiração. Beijei seus lábios levemente e a puxei mais para mim, desejando um bom dia baixinho contra seu pescoço

- Bom dia. - Ela responde quase sem voz - Dormiu bem? - Confirmo com a cabeça.

- Sim, bebê. - Eu digo - Muito bem.

E ela se calou, eu sabia que não íamos conversar sobre nossas transas ali dentro, o combinado era fingir demência para todas as vezes que acontecesse, lidariamos com exposição o suficiente quando que a gente saísse da casa e falar, e expor tudo o que pensávamos só ia dar margem para mais polêmicas e notícias sensacionalista. Eu conhecia o nível baixo de alguns sites, e revistas de fofoca, eu estava nessa exposição a anos, e se fosse preciso processar Deus e o mundo para manter a Juliette longe disso, eu iria. Por mais que eu entendesse que as vezes eu não ia ter controle sobre aquilo, o objetivo era evitar e eu iria.

Fizemos nossa higiene básica e fomos para a cozinha tomar café da manhã. Estavam sentadas lá, a Rafa, a Camilla, a Bianca e a Sarah, as zoações começariam e eu iria responder altura agora que eu sabia, e tinha plena consciência de que se a Bianca me fudesse, eu ia fuder ela também, aprendi com ela a jogar sujo, criou um monstro, inclusive.

- Bom dia - Desejo ja indo em direção a cafeteira

- Não vive sem cafeína - Sarah diz e eu confirmo com a cabeça.

- Não consigo começar o dia bem sem tomar café. - Dou de ombros. Camilla larga o sanduíche no prato e todo mundo olha para ela.

- Você passa o dia bebendo café, sua demoníaca - Dou risada

- Talvez o dia comece várias vezes em horários diferentes - Apresento o argumento.

Ela me olhou por alguns e fez uma careta de faz sentido. Revirei os olhos quando ela voltou a comer o sanduíche dela, apoio meus cotovelos na mesa e olho risonha para a Rafaella. Eu sei que ela não tinha bebido muito ontem, então sabia plenamente que tinha tido uma crise de ciúmes da Bianca. Diferente da própria Andrade, que parecia que tinha esquecido ate que roupa ela usou ontem.

- Que roupa você usou ontem? - Resolvi perguntar.

- Eu não lembro - Ela fala me olhando igualmente risonha - Como foi a última noite no líder?

- Boa. - Respondo e a Juliette que não tinha dado um pio durante a interação pegou minha xícara - Amor, você quer que eu pegue café para você? - Ela nega e eu confirmo.

- Você odeia que peguem seu café, S/n. - Bianca diz e eu reviro os olhos e mostro o dedo para ela

- Vai se foder. - Resolvi alfinetar também - Ficou com a Sarah? - As duas engasgaram e a Rafaella se remexeu desconfortável.

What I NeedOnde histórias criam vida. Descubra agora