What I Need

+38

Juliette Freire POV

Tivemos que ir para o hotel para pegar os meus documentos e os documentos da S/n. Deixei ela no Uber junto com a Laura, conversando sobre o procedimento que ia tomar e seguir e fui buscar tudo isso. Aproveitei para trocar de roupa rapidamente, e assim que desci avistei ela falando nervosamente com a Laura.

- Não Laura. - Ela diz firme e a Laura revira os olhos.

- Ta, mas se eu puxar agora a gente não precisa ir pro hospital imediatamente. - A S/n nega novamente e ela revira os olhos - Você é insuportável, seu dedo ta torto.

- Lo so... - Ela responde baixinho olhando para o dedo torto, e eu gargalhei da sua carinha fofa - Oi amor. 

Fomos para o hospital imediatamente e a S/n entrou para o atendimento enquanto a Laura resolvia as burocracias na recepção. Acompanhei ela sendo atendida, e gritando em agonia quando a mulher puxou seu dedo para o lugar, ela teria que imobilizar a mão por alguns dias e isso para ela era quase a terceira guerra mundial, ja que precisava das duas mãos para trabalhar, sorri para a sua manha encostando a cabeça no meu busto. Faço carinho na sua nuca, e continuo observando a mulher limpar a mão dela e fazer os curativos necessários, ela limpa rapidamente os ferimentos do rosto também e eu dou um beijo no seus lábios quando saímos da sala. Tinha um pouco de álcool correndo nas minhas veias ainda, sinto o telefone da S/n tocando e entrego para que rapidamente atende sem nem ver quem era.

- Oi, Jauregui. - Ela diz risonha e a voz do outro lado começa a falar várias coisas em inglês - Não, eu bati mais nele do que ele em mim, mas to indo prestar queixa antes dele, afinal ele me bateu né. - Ela conversava com a mulher em inglês, e eu prestava atenção em qualquer outra coisa que não fosse a conversa - Você e ela podem ficar lá em casa quando vierem - Ela solta um resmungo quando eu sem querer encosto na sua mão, e eu beijo seus lábios rapidamente pedido de desculpa. - Ok, falo com você depois. - Ela desliga e me entrega o celular novamente.

Chamamos outro Uber para poder ir para a delegacia mais próxima, e assim que chegamos lá algumas polícias encararam a S/n de cima a baixo. Revirei os olhos para isso e puxei sua cintura contra mim, ela riu e beijo meu cabelo enquanto a Laura resolvia tudo o que tinha para resolver. S/n entrou para prestar depoimento com a Laura do seu lado, e eu fiquei sentada nas cadeiras que tinham lá por fora, enquanto esperava algumas pessoas se aproximaram e pediram para tirar foto, obviamente isso estaria em todos os sites de fofoca possíveis quando a gente pisasse o pé para fora, mas o que eu podia fazer?

Assim que meu bebê saiu de dentro daquela sala, com a expressão cansada e sonolenta, eu deduzi que os remédios para dor fizeram efeito. S/n ficou um tempo em pé perto de mim, enquanto a Laura mostrava as filmagens para delegada que eu descobri que se chamava Paola, S/n comentou que tinha rolado um clima entre as duas, e que nunca tinha se sentido tão vela como naquele momento. Eu fiquei fazendo carinho no seu rosto, e sorri quando vejo a Laura saindo de dentro do lugar com a delegada em seu encalço. Era muito bonita, cabelo loiro tingido, corpão, olhos expressivos e um sorriso naturalmente malicioso no rosto.

- Olha ela, em. - Não perdi a oportunidade de zoar ela, S/n riu com o rosto encostado na minha barriga, ja que eu estava em pé na sua frente.

- Idiota. - Revira os olhos e se senta cansada - O processo vai ser iniciado da sua parte, isso é bom, ja que você vai estar como vítima e não como "acusada" - Ela faz aspas e respira fundo - O advogado dele vai tentar recorrer, e aí que o Thiago entra já que essa não é a minha área processual. - S/n sorri para ela, e beija sua cabeça. Os remédios tinham deixado ela realmente grogue.

- Tudo bem por mim, você não é exatamente minha advogava mas obrigada por isso. - Ela diz sonolenta e eu aproveito para chamar um Uber enquanto ela conversava distraída - Amanhã voltaremos para São Paulo, e se quer saber, eu te perdoou. - Laura confirma com a cabeça e sorri verdadeiramente para minha mulher.