Capítulo 6

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Não sei se fixo meu olhar na estrada ou na garota que está ao meu lado, cantarolando a música que toca do rádio totalmente desafinada

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Não sei se fixo meu olhar na estrada ou na garota que está ao meu lado, cantarolando a música que toca do rádio totalmente desafinada.

— Eu já te disse que você é uma péssima cantora, não é? — pergunto divertido e ela rir.

— Já — Celestia diz e começa a cantarolar mais alto e solto uma risada. Batuco meus dedos no volante, olhando para a estrada e a chuva que cai lá fora — Acha que os dias de chuva vão continuar por muito tempo? Sinto falta do sol.

— Não sei, os dias escuros vieram repentinamente, não estamos em época de inverno. Na verdade, era para estar fazendo muito sol e calor. Foi de uma hora para outra — explico e ela assente, faço uma curva com o carro, entrando na nossa rua — Está com frio? —pergunto ao perceber que o vestido dela está um pouco molhado e como o clima está gélido, não ajuda muito a mantê-la aquecida — Toma! — entrego minha camisa que estava jogada no banco de trás a ela.

— Obrigada — agradece, vestindo a blusa por cima do vestido. Estaciono o carro em frente a minha casa, seguro na mão de Celestia e a puxo para o meu colo. Ela vem timidamente sentando em cima da minha perna — É melhor descermos quando a chuva diminuir —murmura olhando para a janela.

— Também acho, meu céu — sussurro colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha. Aproximo minha boca da dela e a beijo lentamente, passando meu braço pela sua cintura fina. Ela enlaça os braços ao redor do meu pescoço, se ajeitando no meu colo — Você não sabe o quanto eu sonhei com esse momento de estar beijando você —sussurro mordendo seu lábio inferior.

— Eu também — ela diz me dando um selinho. Celestia vira o rosto encarando a casa dela e tampando minha visão —Por favor, não me diz que hoje é sexta-feira — diz apreensiva e franzo o cenho.

— Hoje é sexta, por quê? — questiono sem entender.

— Merda! — diz saindo do meu colo aparentemente nervosa — O Noah!— antes que eu possa falar algo ela sai do carro no meio da chuva. O bosta do Noah que vive grudado nela no colégio?

— Celestia! — grito saindo atrás dela — Era só o que me faltava, porra — sussurro irritado ao ver o nerd com algumas flores na mão e em pé, enquanto encara a Celestia e depois olha para mim.

— Estava com esse cara?! — Noah pergunta sério e bufo, revirando os olhos.

— Eu disse que não ia ao cinema com você, Noah, não precisava vir me convencer já sabendo da reposta!— Celestia exclama com a mão na cintura.

— Eu fiquei aqui por muito tempo esperando você, debaixo dessa chuva, Celestia! — o nerd exclama irritado e solto uma risada.

— Ficou na chuva porque quis, mermão! Se você bateu na porta e ela não atendeu, é porque não tinha ninguém em casa. Ficou porque é otário! — esbravejo já ficando puto — Meu céu, é melhor sairmos da chuva, ou você vai ficar doente — digo calmo a ela, segurando sua mão.

— Pera, "meu céu"? Você está saindo com esse cara?! Sabe que ele mexia comigo no colégio, ele é um babaca, igual todo mundo que anda com ele! — O merdinha diz e cerro os punhos.

— Minha mãe sempre diz que eu não sou todo mundo! — digo rindo, e a Celestia prende o riso, me dando uma cotovelada — Cara, vai embora, não está vendo que ela não vai sair com você? — falo já perdendo a minha paciência.

— Achei que era diferente, Celestia, mas é igual todas as outras para estar saindo com esse cara! — aperto meus cabelos com força, o nerd não sabe levar um "não"? — Fique com ele, mas verá que ele só vai te usar, e brincar com você! Não sei porque perdi tempo com uma estranha como você. Ah já sei sim, você é gostosa. Eu só queria o que todos querem de uma mulher! —quando caminho furioso para dar um soco nele, a Celestia é mais rápida e chuta seu saco, o fazendo cair no chão.

– Vai.... se ferrar! — tento não rir mas é impossível ao vê-la tentar xingar ele. Preciso ensiná-la a falar palavrões de verdade.

— E é nesses momentos que eu admiro sua mãe por matar homens! — exclamo olhando para aquele filho da puta. Me agacho perto dele que está se contorcendo no chão — Se você se aproximar dela de novo, eu garanto que a última coisa que você vai ver será o meu lindo rosto! — falo com o maxilar trincado.

— Vem, Kael! —  Celestia diz me puxando pelo braço e levanto, a seguindo até sua casa. Ela abre a porta e adentro, passando a mão pelo meu cabelo úmido. Olho ao redor vendo a sala pequena, com poucos móveis. Caminho até uma mesinha, vendo alguns porta retratos — Sou eu e a minha mãe — diz olhando para o porta retrato que eu seguro.

— Você se parece com ela — coloco o porta retrato no lugar — Você ainda vê ela? — questiono curioso e a mesma assente.

— Sim, eu posso visitá-la uma vez por mês. Quando ela foi levada, eu ainda tinha 17 anos, a assistente social gostou muito de mim e me ajudou. Depois que eu fiz 18, me tornei independente, mas ainda posso visitar ela. Eles acham que eu posso ser parecida como a minha mãe, por isso que o delegado me chamou sobre o caso do Maicon. Acham que só porque minha mãe era uma assassina, eu também posso ser! —desabafa.

— Você pode me matar de várias formas se quiser, eu tenho algumas ideias — murmuro beijando seu pescoço.

— Você é um idiota! — exclama rindo, e ofegante por causa dos meus beijos.

— Sei disso! — digo a pegando no colo e devorando seus lábios, me sento no seu sofá e a mesma fica por cima de mim. Enfio minha mão no seu cabelo curto e macio, viciado em seus lábios doces. Desço minha mão livre para sua bunda e aperto, enquanto ela deposita suas mãos no meu peitoral, se afastando por falta de ar.

— Eu vou preparar algo para nós comermos, tá? — aceno, a beijando novamente — Você tira meu foco, Kael — ela beija minha bochecha e levanta do meu colo.

— Posso dizer o mesmo, meu céu! —sussurro passando a mão no rosto, com um sorriso nos lábios.

Por Você, CelestiaOnde histórias criam vida. Descubra agora