Celestia Evans é uma garota doce, tímida e bela que se mudou para o condado de Orange Country, na Flórida. Sua adaptação a nova cidade não é nem de longe a das melhores, no colégio sofre bullying e é considerada a estranha do condado. E ainda existe...
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Talvez o Ducan tenha se enganado em relação ao clima fora de Orange Country — murmurou Celestia, apertando o edredom contra o corpo. Já estamos na estrada, bem longe de Orange Country, e o clima parece que fica cada vez pior. Bufo irritado, vendo como a névoa atrapalha minha visão. Achei que a estrada estaria melhor.
— Pode ser. Só que essa estrada está uma merda e a chuva não ajuda em nada. Como já anoiteceu, acho mais seguro nós nos hospedarmos em alguma pousada até amanhecer — digo, mantendo os olhos na estrada.
— Tudo bem — murmura Celestia, abrindo uma barra de chocolate. — Quer? — aceno, e ela coloca na minha boca. — Então, Kael Strong, eu quero saber todas as bobagens que você já fez — pergunta, me olhando divertida.
— Espero que não se arrependa de saber sobre o meu passado, meu céu. Eu vi como é muito ciumenta! — falo divertido, e ela revira os olhos. Confesso que gostei de ver a cena de ciúmes dela hoje mais cedo, quando a Mandy tentou me agarrar. Mesmo que não tenha necessidade, já que só tenho olhos para a Celestia. Mas não a julgo, também sou ciumento pra caralho. Ela é minha garota, e tenho pena de quem ousar mexer com ela.
— Já namorou? — pergunta Celestia, mordendo o chocolate. — Esquece, não quero saber! — resmunga, e eu rio.
— Não, meu céu. Eu nunca namorei. Não vou perguntar isso a você, pois sei que nunca namorou também — digo, sorrindo, e ela solta uma gargalhada.
— Quem disse que eu nunca namorei? Está por fora, Kael — sorri maliciosa, enrolando uma mecha do cabelo no dedo, e eu fico sério.
— Quem foi o filho da puta? — pergunto, trincando o maxilar, e ela começa a rir. — Não estou vendo graça, Celestia — comento, olhando para a estrada.
— Eu sim — diz Celestia, parando de rir. — Seu bobo, eu nunca namorei, estava brincando com você. Só beijei um carinha anos atrás, apenas — diz, dando de ombros. Resmungo baixo, não gostando de imaginar outro cara beijando ela. — Já usou drogas? Ou já foi preso? — pergunta curiosa.
— Sim, para os dois — ela arregala os olhos, surpresa. — Usei drogas uma vez, não curti muito. Fui preso duas vezes. Na primeira, foi em uma confusão num bar, tinha um cara agarrando uma garota à força e eu bati nele. Fiquei com o marmanjo numa cela até meu pai ir na cadeia e me tirar de lá. Na segunda, eu estava bêbado e invadi um local com outros caras. A polícia apareceu e levou todos em cana. Minha mãe, quando descobriu, só faltou quebrar a minha cara — digo, me recordando. — De resto, foram coisas simples. Algumas brigas e já fui parar na diretoria do colégio incontáveis vezes. Eu sei, eu sou um anjo, não precisa dizer nada.
— Na verdade, eu já esperava. Kael, você sempre foi um valentão, um babaca também, mas está melhorando — diz Celestia, divertida, e eu reviro os olhos, sorrindo. — Eu nunca fiz esse tipo de coisa, na verdade, teve uma... — ela coloca a mão na testa, parecendo envergonhada.