Capítulo 2

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Bagunço meu cabelo enquanto abro a porta da minha casa, franzo o cenho ao perceber o quão frio e escuro está

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Bagunço meu cabelo enquanto abro a porta da minha casa, franzo o cenho ao perceber o quão frio e escuro está. São sete horas da manhã, e parece realmente que está anoitecendo. Talvez seja por causa da tempestade que ouve ontem à noite.

Coloco a mão na cintura enquanto jogo minha cabeça para trás, respirando fundo e lembrando do que aconteceu na biblioteca. Eu beijei a Celestia.

Porra, beijei o meu céu!
Eu arrisco dizer que foi a melhor coisa que eu já fiz. Estou louco para beijá-la novamente, sentir o seu gosto dos deuses, mas tenho que ir com calma se eu não quiser levar outro tapa.

A Celestia é delicada, sei porque a observo desde que ela se mudou para cá. Ela é doce e tímida. Mas ontem, nós tivemos uma boa conversa e percebi o quanto ela fala, estando nervosa ou não. Não irei reclamar, a voz dela é linda e sou sortudo em poder ouví-la e tê-la como vizinha. A visão dela ontem quase seminua não sai da minha cabeça.

Às vezes ela esquece de fechar as cortinas e eu posso ver o paraíso que ela é e que eu quero me perder.

Ainda lembro de quando a vi pela primeira vez, eu estava trocando de roupa quando reparei em dois olhos cristalinos me observando pelo meu espelho. Meu coração bateu como nunca havia batido antes, pareceu que um raio tinha me atingido e desde então eu sou apaixonado por ela. Os olhinhos assustados dela quando eu a peguei observando não sai da minha cabeça, e nem as bochechas vermelhas por causa da vergonha.

Celestia Evans, a garota mais enigmática e linda que eu conheço. Nunca sei o que se passa naquela cabecinha dela. A sua adaptação na cidade não foi fácil, meus colegas tiram sarro dela ou a humilham por causa de sua mãe, que pelo que eu sei é uma assassina.

Nunca deixei ninguém fazer nada com ela, que eu saiba ninguém fez nada e não vai fazer. Vi algumas pessoas falando coisas ruins para ela, e eu resolvi. Digamos que eu sei vários segredos das pessoas do colégio, e eu ameacei contar se fizessem algo a ela. Queria resolver na porrada, mas seria pior.

Eu sei que não sou um bom exemplo para ninguém, já fui um babaca várias vezes e assumo. Mas desde que conheci Celestia eu tenho diminuído a minha babaquice. De alguma forma, ela me mudou. Sinto que a conheço há muito tempo, e não apenas três meses.

E mesmo depois de todo esse tempo, eu ainda continuo a fim dela. Tentei pegar outras para esquecê-la mas não funcionou. Celestia fodeu com a minha cabeça.

— Bom dia, senhora! — digo quando a senhora Tina, aqui da rua passa me olhando.

— Bom dia Kael, cada vez mais cheio de saúde! — dona Tina diz olhando para meu peitoral nu e depois volta a caminhar.

— Velhinha tarada! — sussurro rindo.

Digamos que eu sou tudo aquilo que uma mulher sonha. As garotas gostam do meu físico e meu belo rostinho, minhas tatuagens conquistam as gatas. Tatuei meu corpo quando tinha 17 anos, meus pais tiveram que permitir.

Por Você, CelestiaOnde histórias criam vida. Descubra agora