Capítulo 8

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Caminho até a porta em passos duros, clareando com a lanterna, e puto da vida por alguém bater na casa de Celestia em plena madrugada, com uma tempestade lá fora e sem energia

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Caminho até a porta em passos duros, clareando com a lanterna, e puto da vida por alguém bater na casa de Celestia em plena madrugada, com uma tempestade lá fora e sem energia. Não quero nem imaginar ela abrindo essa porta sem eu estar aqui.

Não importa quem seja, eu vou expulsar, isso não é hora e a Celestia não tem ninguém aqui nesse lugar, sem ser eu, para estar atrás dela.

Giro a fechadura e aponto a lanterna na cara do sujeito, me deparando com um homem barbudo, calvo, com uma roupa escura e uma cara nem um pouco adorável, um lado do seu rosto está coberto de cicatrizes. Tenho a leve sensação que o conheço, e uma vontade grande de meter a porrada nele, mesmo sem lembrar de já tê-lo visto antes.

— Aqui é a casa de Celestia Evans? —  trinco o maxilar e o encaro sério.

— Quem quer saber? — questiono rude.

— Meu nome é Franklin Rudson, será que posso entrar? A chuva está muito forte! — ele estende a mão e não a aperto.

— Não, fale de onde está o que quer com Celestia! — digo impaciente.

— Essa é a casa dela? — aceno — Sou o tio da criança, irmão do falecido pai dela. Deve saber a história de sua mãe, a louca assassina! — criança? — Meu pobre irmão, se envolveu com uma psicopata e acabou sendo morto! — a mãe de Celestia matou o pai da própria filha? Essa eu não sabia!

Escuto passos atrás de mim e mãos pequenas tocam o meu braço. O corpo dela fica atrás de mim, apenas com a cabeça inclinada olhando para o cara.

— Conhece ele? — Celestia acena receosa, o cara não a vê pois está escuro e ela ficou "escondida" nas minhas costas. A energia volta de repente, as luzes da sala e varanda ligam clareando todos.

— Celestia? — o velho pergunta incrédulo a observando em choque, olhando-a de cima a baixo — Como você cresceu! Virou uma mulher e tanto! — diz coçando a barba e a vejo engolir em seco, sinto as unhas dela ficarem no meu bíceps esquerdo e seu medo chega até mim.

— Cara, acho melhor você vazar! — falo rude, cerrando os punhos.

— Namorado grosso esse que você arrumou, querida! — rio sem humor, querendo socar a cara dele.

— O que quer? — Celestia pergunta com a voz baixa.

— Fui informado que sua mãe foi presa, resolvi vir procurá-la já que sou o único parente que quer contato com você. A assistência social entrou em contato comigo quando descobriram que um rapaz que mexia contigo foi encontrado morto. Eles temem que você tenha se tornado ou seja como sua mãe, e querem que fique comigo para eu ser uma figura paterna para você, já que seu pai, bom... foi assassinado pela sua mãe! — diz sorrindo para ela.

— Não — Celestia diz simplesmente.

— Não? — Franklin questiona incrédul — _Mais tarde conversarmos com tranquilidade, o momento não está adepto a isso, e vamos falar à sós! — rio sem humor, esse marmanjo acha que decide algo? — Será que eu poderia entrar e tomar água? — pergunta a ele e bufo irritado, já sabendo que ela vai deixar pois é doce e educada.

Por Você, CelestiaOnde histórias criam vida. Descubra agora