Capítulo 21

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— Chegamos! — exclamo ao estacionar o carro na minha garagem

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— Chegamos! — exclamo ao estacionar o carro na minha garagem. Finalmente chegamos em Orange Country depois de 48 horas na estrada, sem fazer quase nenhuma pausa. A viagem foi tranquila, sem nenhuma turbulência como na ida, o que acho estranho. A Celestia está comigo, então fico bem.

— Por que sempre a volta dá a impressão de ser mais rápida que a ida? — Celestia pergunta, abrindo a porta do carro e saindo.

— Talvez porque nossa ansiedade de chegar ao destino já foi saciada. — ela balança a cabeça concordando e saio do carro, pegando nossas coisas. Fecho o portão da garagem e encaro o céu, que muda no instante em que entramos em Orange Country. O que antes era ensolarado agora está nublado. — É meu céu, nós realmente mudamos o tempo! — exclamo ao sentir o frio começar a voltar.

— Vem, você precisa descansar. — minha garota estende a mão para mim, e eu a pego. Caminhamos até a porta de casa, e ela coloca a chave na fechadura. Entramos, e acendo a luz, vendo que tudo está do jeito de antes. Coloco as mochilas no canto da sala e me jogo no sofá, puxando Celestia, que fica por cima de mim. — Precisamos tomar um banho, e você descansar. — ela acaricia meu cabelo.

— Hunrum. — murmuro, cheirando seu pescoço e acariciando sua cintura. — Acho que tem bolo de chocolate na geladeira. — digo assim que escuto sua barriga roncar e solto uma risada quando suas bochechas ficam vermelhas. Ela sai de cima de mim, e eu bato de leve em seu bumbum. Levanto do sofá, tiro minha camisa e caminho até o meu quarto, enquanto Celestia fica na cozinha. — Mas que porra?! — sussurro entre dentes, paralisado assim que entro no meu quarto. Os desenhos da Celestia, que estavam guardados, estão espalhados pelo cômodo e cobertos de sangue.

Aperto meu cabelo com força, minha respiração acelerada. Ela não pode ver isso! Caminho nervoso pelo quarto, pegando os desenhos e sentindo o cheiro podre de sangue. Ao mesmo tempo que estou com medo, estou com raiva por terem feito isso com os meus desenhos, ainda mais por ser uma ameaça à Celestia. Escuto passos delicados e respiro fundo, já consciente de que ela sentiu o mesmo que eu e percebeu que algo está errado.

— Kael... — Celestia me olha triste e assustada, com a voz falha e embargada ao olhar o estado do quarto. — Esses eram os desenhos que estavam no seu caderno, e que estava dentro da bolsa. — sussurra ainda em choque e eu aceno. — Então ele está entre nós — corre até mim e me abraça com força. — Vamos limpar isso — diz encarando minhas mãos com os papéis. — Kael, você está bem? — aceno calado. — Não, você não está! — Celestia segura meu rosto com as duas mãos e fito seus olhos lindos  — Eu estou aqui, tá? — a abraço, mergulhando o rosto em seu pescoço, e ela beija meu cabelo. Estou com raiva, muita raiva... e também assustado.

••••

Ligo o chuveiro e deixo a água gelada cair livre por nossos corpos. Passo meu braço pela cintura fina de Celestia e beijo seu pescoço enquanto ela acaricia minhas costas. Já terminamos de arrumar o quarto, limpamos tudo, menos os meus desenhos, que não tiveram jeito. Todos os desenhos que fiz dela se foram!

Por Você, CelestiaOnde histórias criam vida. Descubra agora