Capítulo 9

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O que as pessoas desse lugar tem na cabeça? Cérebro eu sei que não é! Não cansam de me atormentar, não me deixam em paz!

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O que as pessoas desse lugar tem na cabeça? Cérebro eu sei que não é! Não cansam de me atormentar, não me deixam em paz!

Estava voltando com o Ducan assim que o busquei na escola, quando fui abordada por três caras que estudam comigo, acham mesmo que eu matei o Maicon. Só de lembrar que o Kael andava com esses babacas eu sinto vontade de matá-lo.

Neste momento eu estou correndo, fugindo com medo do que eles possam fazer comigo, seguro meu choro pois as lágrimas vão atrapalhar a minha visão e corro o risco de cair feio.

Eu corro pela floresta que o Kael me levou aquele dia, sei que os caras estão atrás de mim, consigo ouvir os gritos deles me xingando e dizendo que vou pagar pelo que fiz, ou melhor, pelo que eu não fiz.

Ao mesmo tempo que eu estou coberta de medo, sinto uma raiva enorme que eu não sei de onde vem.

Estou cansada! Se eu pudesse iria embora desse condado para sempre!

Coloco as mãos no meu joelho e abaixo a cabeça, recuperando meu fôlego e seco algumas lágrimas. Arregalo meus olhos assim que percebo que estou na pedreira, eu corri tanto assim?

Meu coração da um salto e tremo quando percebo que os três rapazes me alcançam, eles estão parados a minha frente me encarando com raiva. Aperto a barra do meu vestido com força, já em desespero. Eles vão me bater, ou pior.

— A gatinha não devia ter fugido, nos deixou com mais raiva. Está merecendo um corretivo. E a gente vai dar direitinho! — Niall exclama malicioso e cerrando os punhos — Você matou o Maicon, e não vamos deixar que faça o mesmo com o Kael. Iremos acabar com você para livra-lo de um destino fatídico! — dou um passo para trás e fico mais pálida quando estou na ponta da pedreira, encaro a água lá embaixo e engulo em seco.

— Por favor, e-eu não fiz nada! Me deixem em paz! — imploro chorando e um dá um passo a frente me encarando de cima a baixo.

Intercalo meu olhar entre eles e a imensidão de água que tem lá embaixo. Eu prefiro morrer afogada do que deixar esses desgraçados encostarem um dedo em mim.

Respiro fundo e pulo da pedreira, grito tampando meu nariz e sentindo o impacto do meu corpo assim que afunda na água. Tiro a mão que cobre meu nariz para tentar nadar, mas isso acaba piorando tudo.

A água começa a tomar posse de mim, começo a perder meus sentidos e fecho meus olhos. O rosto de Kael surge na minha mente.

Sinto quando meu corpo é tirado da água e ir de encontro a um peitoral forte e quente, começo a tossir antes de abrir os olhos.

Pisco meus olhos e me deparo com o homem mais lindo que já vi, e seu rosto estava com uma feição dura e um olhar de desespero, mas quando me viu de olhos abertos mudou para uma de alívio e um olhar doce.

— Kael... — sussurro com a voz embargada e me jogo mais nos braços dele, ele me abraça com força, parecendo com medo de que eu não esteja ali.

— Porra meu céu, você está bem? — Kael pergunta com a voz grossa preenchida de preocupada, suas mãos seguram meu rosto e ele me avalia — Aqueles filhos da puta encostaram um dedo em você?! — grunhe com raiva.

— Não, eu consegui fugir, mas eles me cercaram e minha única saída foi pular da pedreira — sussurro e ele assente com o maxilar rígido. Sua boca cobre a minha me pegando de surpresa, ele me beija desesperadamente e retribuo na mesma intensidade — Como me achou?— questiono ofegante.

— O moleque que você cuida, o Ducan, correu até a minha casa para me avisar — ele explica passando a mão no meu cabelo, fecho meus olhos me sentindo tonta — Vamos para casa — diz antes de me pegar no colo, circulo meus braços no seu pescoço e deito a cabeça no peito dele. Um beijo é depositado no topo da minha cabeça e fecho meus olhos.

•••••

— E então, bateu neles? — Ducan pergunta animado para o Kael que entra na sala de sua casa comigo no colo — Oi Celestia, você tá aí. Tá legal?— diz só depois de me notar, e focando no Kael. Ótimo, ele me trocou!

— Estou bem sim, Ducan. Achei bem interessante que você tenha me trocado pelo Kael! — falo me fingindo de brava.

— Você sabe que é a melhor babá do mundo — Ducan diz sorrindo. O Kael me coloca no chão e o Ducan vem me abraçar, mas logo se afasta quando percebe que estou encharcada.

— Ainda não bati neles, Ducan — Kael frisa o "ainda" — Vamos trocar de roupa, ou ficará doente — sussurra no meu ouvido e aceno. Ele fecha a porta da casa, caminho até o seu quarto e me encosto na parede enquanto o vejo pegar umas roupas no armário — Veste, eu irei preparar algo quente para você comer — ele está bastante sério.

Entro no banheiro dele e tiro minha roupa, visto a camisa grande e a calça moletom, regulo na cintura para que ela não caia pois é muito grande e folgada para mim.

Coloco as meias compridas e penteio meu cabelo com os dedos jogando minha franja para o lado, antes de sair do banheiro. Caminho até a cozinha vendo o Ducan sentado no balcão tagarelando e o Kael em frente ao fogão, fazendo panquecas.

— Sabiam que essas tempestades, frio e escuridão são apenas aqui em Orange Country? — Ducan diz e arqueio a sobrancelha confusa — É, esse clima bem estranho é só aqui! Se você der um passo para fora de Orange Country irá estar um sol e calor de matar! — exclama e fico abismada.

— E isso é possível? — o Kael me entrega uma xícara de chocolate quente e levo a boca, encarando a janela de vidro e os pingos de chuva que escorrem nela.

— Não, mas é bizarro! — ele exclama pegando uma panqueca que o Kael preparou — Ele cozinha melhor que você, Celestia! — diz e coloco a mão no meu peito me fingindo de ofendida.

— Obrigada pela sua consideração, Ducan! — digo fazendo um legal com os dedos e ele rir — Não vai comer? —pergunto ao Kael que está de braços cruzados e muito sério.

—  Não! — responde passando os braços ao redor da minha cintura e o abraço, enquanto bebo o leite.

— Ele está planejando o assassinato daqueles caras! — diz e me engasgo com o líquido.

— Claro que não! — digo negando — Kael — sussurro olhando com repreensão. Não quero que ele se machuque.

— Vai ser só uma surrinha, meu céu — Kael sussurra beijando meu pescoço e nego com a cabeça — Termine de comer e você vai descansar, deixa que eu levo o pirralho pra casa!

— O meu nome é Ducan! — Ducan exclama emburrado.

— Mero detalhe — resmunga e gargalho vendo os dois se implicando, e me aconchego nos braços do Kael.

As horas se passam e o Kael leva o Ducan embora. Sorrio assim que ele abre a porta entrando em casa, e suspiro boba com a visão que tenho. Mesmo escuro, consigo vê-lo nitidamente.

Em questões de segundos ele está me beijando com força, e suspiro contra sua boca, sentindo seus toques e carícias. Ele me deixa quente, meu corpo está sempre cheio de snsações boas e prazerosas.

Minha mãe sempre disse que eu não devo me aproximar de nenhum homem, e nunca confiar neles! Eu não gosto da maioria dos homens, com exceção do Kael. Eleé o único em que eu confio e quero ter sempre comigo.

Kael Strong tem o domínio do meu coração desde que o vi pela primeira vez.

Por Você, CelestiaOnde histórias criam vida. Descubra agora