Capítulo 8

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Shawn

Já tinha passado horas e eu ainda estava naquela reunião entediante. Eu tinha certeza de que havia sido a Diana que tinha inventado que eu precisava estar presente.

Desnecessário! Tudo que estava se tratando ali poderia ser resolvido pelo meu administrador.

Quando me viu, ele me olhou sem entender nada e disse que não tinha me convocado, mas que era bom que eu participasse, e agora, eu estava ali, me sentindo enraivecido, e minha filha uma hora dessas já devia ter ido para a casa de sua avó. E eu não estava lá para me despedir e dizer que ficaria tudo bem, mas sabia que Camila faria isso.

Não entendi o motivo de ela ter alegado sono para não tomar banho de piscina conosco, eu tive a idéia, porque li em uma revista que era bom que pessoas com o mesmo problema dela, praticassem natação. Contudo ela se negou, alegou sono e cansaço, mas nos observou da janela.

Eu vi.

Bem que eu desejava ver aquele corpo de biquíni, devia ser uma coisa linda.

— Shawn? — Diana falou, me olhando de lado. — Você está disperso.

— Depois quero saber o motivo de você ter mentido para mim, ao dizer que fui convidado para essa reunião — Eu falei, calando ela.

A reunião continuou. Diana acompanhava tudo, anotando todos os detalhes, cada vez ficava mais ousada para meu lado, mas era competente como profissional e isso eu não tinha como negar. Mas, eu precisava dar um basta nas investidas dela.

Ao término, eu cumprimentei a todos, e ambos saíram felizes com o resultado da reunião; eles gostavam quando o dono da empresa participava das negociações, eu que não tinha mais ânimo para o jogo dos negócios.

Diana ficou ao meu lado como se fôssemos um casal, o que me deixava muito chateado.

— Podemos conversar Shawn? — Sávio, meu administrador, pediu.

— Lógico, vamos até minha sala. Diana? Prepara um café para nós — Não virei para saber se ela tinha escutado a minha ordem.

Seguimos pelo corredor em silêncio. Sávio parecia tenso, sei que ele era um excelente profissional e que entendia dos negócios, além de ser íntegro e honesto.

Seu pai havia sido meu motorista por anos, aquele rapaz conhecia minha empresa de dentro para fora e eu tinha orgulho de tê-lo contratado.

Houve um tempo em que fomos amigos, mas acabei afastando a todos quando aquela megera morreu.

— Como vai seu pai? — perguntei, assim que entramos na sala.

— Vai bem. Ainda teimoso, mas bem de saúde — explicou, sentando na cadeira a minha frente — Não quer sair daquela casa para morar aqui na cidade.

— Ele nasceu e viveu ali Sávio, é o lar dele, tenha paciência.

O pai dele vivia nas terras próximas as nossas. Sua esposa havia falecido e ficou apenas ele e o Sávio. O garoto saiu para estudar junto comigo e ele ficou sozinho, era um homem íntegro, mas muito cabeça dura.

— Bem, o que deseja falar? — sentei na minha cadeira e o encarei.

A minha sala era enorme, com acessórios de cores sem graça, sem personalidade, fria, quase impessoal. Apenas a foto da Amber em um porta‐retrato que continha brilho. Acho que relevaria uma foto dela com a Camila, para colocar ali também. — pensei.

Voltei a olhar para o Sávio, que parecia nervoso com alguma coisa.

— Sabe Shawn, eu sempre admirei você e sou grato por tudo o que sua família fez. Pagaram minha faculdade e você assim como seu pai, me deu oportunidade aqui na empresa — falou e eu achei estranho tantos agradecimentos para um homem prático como ele.

Love Heals Pain - SM + CC     {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora