Capítulo 16

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Shawn

Camila era uma atrevida! Preferiu não almoçar comigo e Amber, e ainda saiu sem dizer para onde ia.

Se acontecesse alguma coisa com ela? Se ela fosse assaltada? Mulheres são cabeçudas.

— Descubra onde ela foi Robson — sentenciei. – Não deveria tê-la deixado sozinha.

— Desculpa senhor, mas ela se negou. — falou nervoso

— Não importa, rode essa cidade e traga aquela rebelde.

Segui para dentro da clínica. Amber já aguardava sentada na cadeira; ainda por cima deixou a pequena sozinha —, pensei com revolta. Realmente a cabeça daquela mulher estava perturbada.

— Pai? — Levantou, totalmente feliz ao me ver. — Você veio!

— Sim, marquei um almoço como a menina mais linda desta cidade. — Pisquei, e ela gargalhou balançando suas tranças.

— Camila saiu, pois tinha assuntos para resolver — Ela explicou, roendo a unha.

— Eu sei, vamos almoçar?

O doutor Emanuel saiu de sua sala. Ele era um homem íntegro, e tratava minha filha desde o acidente com a minha esposa.

— Shawn. É um prazer revê-lo. Você tem um tempo? — perguntou.

— Sim, tenho. — Recebi seu cumprimento e me virei para Amber. — Filha? Você aguarda aqui com a recepcionista? Eu já volto!

— Sim, Michele é boa.

A moça sorriu e soltou um beijo para ela.

— Eu ia ligar para o senhor — disse o doutor fechando a porta de sua sala. — Sente-se, por favor.

Sentei na poltrona a sua frente, mas não me senti bem; eu odiava os olhares penetrantes, nos quais ele me dava.

Estive ali tentando sair da depressão que andava minha vida, mas acabei desistindo e indo tomar mais drinks por aí.

— Sobre a Amber?

— Sim, a menina está bem. A Camila tem uma grande parcela nisso e você também; eu vejo que os dois estão se comunicando — disse me olhando. — Mas tem uma coisa que está me incomodando.

— Diga doutor. É sobre a escola?

— Não, isso também vai ser bom para ela, pois a Amber precisa de outras crianças na vida dela. — respondeu incisivo e eu me senti feliz. Iria providenciar uma escola que tivesse excelente segurança. — Mas alguma coisa a deixa aflita.

— Como?

— Alguém que ela afirma ser má, a deixa aflita — explicou. — Mas ainda não consigo saber quem é, pois ela se fecha quando eu pergunto.

— Não sei quem possa ser.

— Ela tem muito medo dessa pessoa, fica nervosa e em silêncio quando cita essa criatura sem querer, no qual ela chama de mulher má.

— Não faço idéia de quem possa ser.

Eu fiquei angustiado em saber que minha filha poderia estar sofrendo algum abuso e que, eu no meio da inércia não tivesse percebido.

— Temos que descobrir.

Sua voz era firme e eu concordei com ele. Faria o possível para descobrir quem era essa pessoa.

♡♡♡

Já era noite quando voltamos para casa. Almoçamos juntos e em seguida, fomos ao parque. Depois tomamos sorvete. Eu não tinha noção de como sentia falta de fazer isso como ela. Minha filha sorria, e parecia tão plácida, tão feliz.

Love Heals Pain - SM + CC     {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora