Love Heals Pain - SM + CC {CONCLUÍDA}

Capítulo 29

Shawn

Depois da intimação da Camila, eu deixei o escritório e fui tomar banho; realmente estava fedendo a bebida e tinha sido um idiota como sempre.

Sentia-me envergonhado por isso, minha filha poderia ter entrado em meu escritório e me visto bêbado.

O pior agora era explicar a minha namorada que eu não estava sofrendo por amar a Hailey e sim pelo orgulho ferido por ter sido enganado por ela em todos aqueles anos, e só saber depois de sua morte.

Sentia como se tivesse fracassado, sido o enganado por todos. Ela devia rir de mim.

Miserável!

Mas você não vai conseguir Hailey, eu vou ser feliz, você está no inferno e eu feliz com a minha família —, pensei.

Procurei meu celular e não achei, provavelmente ficou no escritório.

Desci para procurar, pois precisava falar com Sávio.

— Papai? — Virei-me e Amber vinha pelo corredor, com o Zé ao seu lado.

— Esse cachorro está dentro de casa. — Cruzei os braços olhando para ela.

— Sim, ele fica muito sozinho lá fora, não é amorzinho? — Abraçou o filhote feioso.

— Mas eu disse: nada de cachorro dentro de casa! — O cachorro latiu e abanou o rabo fazendo festa para mim.

— Ele gosta de você papai. Ele é tão lindo, não é? — Me olhou esperando uma resposta.

— Hum...

— Você não o acha lindo?

— Humm, Zé é fofo. — falei, tentando não desiludir minha filha sobre a beleza daquele cachorro.

— Verdade, ele muito fofo. — Seguiu pelo corredor e entrou em seu quarto com o cachorro.

— Amber, nada de cachorro no quarto. — Ela bateu a porta e não respondeu.

Percebi que perdi o controle da minha própria casa. E o cachorro era terrivelmente feio.

Droga!

Descendo as escadas de dois em dois degraus, eu vi dois homens numa escada, enquanto retiravam o retrato enorme da parede; era uma foto minha com a mãe da Amber e ela ainda bebê em seu colo.

— Ei? Quem mandou retirar? — perguntei me aproximando.

Ele estava ali há tantos anos, que parecia fazer parte da casa.

— Eu mandei tirar. Será colocado no quarto da Amber. — Camila disse, vindo de outra sala. — Alguma objeção?

— Não, nenhuma. É só que você não avisou e eu fui pego de surpresa. — Dei de ombros. Eu jamais iria negar, pois seu olhar me dizia que minha morte estava perto, então era melhor não contrariar. — Mas gostei da ideia.

Realmente não fazia sentido manter aquela foto ali; era uma imagem de uma mentira contada por anos, melhor que ficasse para Amber, pois ela não precisava saber o quanto a mãe havia sido uma biscate.

— Ok.

Deu as costas e seguiu para a cozinha e eu respirei, aliviado.

— Mandona, hein? — disse o homem em cima da escada.

— Melhor não contrariar, se não vai dormir no sereno. — O outro emendou, rindo de minha cara.

Dei de ombros e fui pegar meu celular no escritório.

♡♡♡

Camila ainda me tratava como um leproso; falava comigo de forma monossilábica e não dormia mais em minha cama. Eu estava subindo pelas paredes, estávamos dois dias sem sexo.