Vɪᴄᴛᴏ́ʀɪᴀ ❁

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          Sᴜsᴘɪʀᴏ ғᴜɴᴅᴏ, ᴇᴜ ᴇsᴛʀᴀɢᴜᴇɪ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴇɴᴛʀᴇᴠɪsᴛᴀ.

– Eu sinto muito por ter respondido o senhor Andrade daquela maneira, de verdade, você pode fingir que não estraguei a minha entrevista? – destaco a palavra senhor para ele ver que posso ser educada e tento falar sem parecer muito desesperada para ter esse trabalho.

Seus olhos vagam pela sua sala enquanto ele apoia o queixo na mão, ele estava sério.

– Me dê seu currículo para eu dar uma olhada, e me fale dos seus últimos empregos, então depois fale sobre seu objetivo em trabalhar aqui. – diz ficando ereto na cadeira.

Tiro então a minha bolsa do ombro, pego o meu currículo que fiz questão de atualizar ontem e entrego a ele como se fosse a chave dourada para todos os meus problemas atuais, francamente era, pelo menos os financeiros que não eram poucos. Instantes depois ele fica lendo meu currículo e comenta algumas vezes, aparentemente impressionado, o que é muito bom depois do que aconteceu.

– Bem meu último trabalho de carteira assinada não é exatamente a mesma coisa que ser assistente de engenheiro, eu era atendente de supermercado. Mas sei quase tudo sobre planilhas, excel, word e sou muito boa em lidar com pessoas mal humoradas. – falo com empolgação quase tudo, até chegar nessa parte.

– Pude ver isso de antecedência e o mais importante, pessoalmente. – diz, quase vejo um sorriso. De deboche. – Continue.

– Sinceramente, eu não sabia do que se tratava o trabalho até hoje de manhã, quando cheguei aqui. – paro de falar quando ele levanta o rosto do papel e me encara, declaro que tenho medo dele. Ele faz sinal para que eu prossiga. – Eu realmente vou dar o meu melhor trabalhando aqui e meu objetivo é sempre fazer o máximo para essa agência crescer ainda mais no ramo de engenheiros nacionais e internacionais. E sei que vou ser a melhor assistente que já teve.

– Impressionante – para de ler meu currículo – Então srta. Victória Guedes daqui a três dias minha secretária provisória liga caso consiga a vaga de emprego, pode se retirar.

Me levanto pegando minha bolsa estou por alguma razão morrendo de vergonha em ficar na mesma sala que ele, e era para ser o contrário mas ele nem demostra isso. Quando estou na porta para sair a voz do meu realmente ex-futuro chefe me chama.

– Srta. Victória?

– Sim – nos meus pensamentos consigo ouvi-lo dizer: "Aceita trabalhar aqui como forma de me redimir por ser um selvagem e nada adequado engenheiro depois de você ver uma cena daquelas que com certeza é absolutamente apenas culpa minha?". O meu sim era para isso, não para ouvir isso:

– Quando for em uma entrevista tente não entrar na sala sem bater várias vezes.

Sorrio simpaticamente mesmo que simpática seja tudo o que não sinto agora.

– Claro. – então eu sai daquela sala, em seguida do prédio. E pude respirar o ar puro sem sentir aquela vontade de brigar com o "senhor Andrade". Além de que isso podia fazer a Rafaela perder o emprego, já que ela que me recomendou. E isso significava que Amanda não só iria ficar com raiva como magoada, o que eu não quero.

Quando cheguei em casa contei tudo que aconteceu para Amanda, ela começou a rir histericamente. Bufei cruzando meus braços, ela se encostou no sofá parando aos poucos de rir da minha cara. Repito: da minha cara e olhou novamente para mim antes de enxugar as lágrimas que saiu dos olhos dela.

— Por que coisas assim acontece com você Victória? E eu nunca vejo algo desse tipo acontecer com você, você é uma ambulante desastrosa e que ainda é azarenta.

Apaixonados - Saga Andrade [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora