Capítulo 11

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Me encontrava acomodado em minha cama, ao meu lado, Yoongi que brincava com seus dedos a alguns minutos

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Me encontrava acomodado em minha cama, ao meu lado, Yoongi que brincava com seus dedos a alguns minutos. Sua expressão triste me partiu o coração.

Já estávamos com mais de meia hora que não trocamos falas entre nós. Eu me sentia um idiota.

Aquele silêncio agoniante também não ajudava em absolutamente nada.

Sentia minhas mãos soarem, e também estavam trêmulas. Eu o olhava pelo canto do olho notando aquele beicinho rosado ficar cada vez mais visível.

Era lógico que havia motivos para ele estar de tal forma e eu era o culpado. Não imaginava que o deixaria tão triste pelo que lhe dissesse.

Puxei todo ar que consegui tentando me tranquilizar para então, voltar a me pronunciar.

Tinha que consertar o erro que havia cometido. Tinha que lhe explicar de forma certa para não se manter mais triste.

Umedeci meus lábios levantando a cabeça e olhando diretamente para o menor que encolheu-se deixando que uma lágrima solitária percorre sua bochecha rosada.

— Yoongi...

O chamei arrastado ouvindo apenas um fungar de si que movimentou sua cabeça para o lado oposto.

— Eu já pedi desculpas. Não falei por mal, aliás, não era exatamente aquilo que queria lhe dizer.

Proferi novamente. Percebi que minha voz saiu falha, um aperto se formava em minha garganta.

Não queria contar a ele a verdade por medo, mas também não queria lhe deixar triste por algo que saiu entre meus lábios sem minha permissão.

Levantei e agachei em frente ao menor, pousando minhas mãos sobre seus joelhos. O observei por um curto minuto antes de levar minha mão esquerda até a lateral de seu rosto o fazendo olhar para mim.

— Você disse que me odeia.

Murmurou arrastado, secando com o dorso de sua mão, algumas lágrimas que percorriam em seu rosto avermelhado.

— Realmente não queria ter falado que te odeio. Não, pelo contrário; nunca odiaria uma pessoa como você.

Disse movimentando meu polegar sobre sua pele macia e um pouco molhada vendo o azulado fechar seus olhos e respirar fundo.

— Se não me odeia, porque falou aquilo?

— Eu não sei. Fiquei um pouco nervoso e as palavras saíram de uma vez. Mas eu não te odeio.

Retirei minha mão do rosto do menor e pousou novamente em seu joelho. Baixei minha vista fitando por um curto instante o tapete de veludo no qual nossos pés pisavam.

— Fiquei nervoso pelo que você falou e as palavras saíram sem minha permissão, mas eu não te odeio!

Alterei minha voz na última frase voltando a observá-lo. Mordi o lábio receoso liberando uma respiração para que então pudesse continuar.

Bluish | ʸᵒᵒⁿˢᵉᵒᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora