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Capítulo 19

Gillian Off

Feyre era sombras e névoa ao lado de Azriel.

Os dois estavam observando de longe, atentos a cada respiração de cada corpo presente na floresta aos arredores do palácio da Corte Invernal. Tanto os que eram visíveis quanto aqueles que não eram. Eles podiam detectar todos ali.

Estavam na sala em que acontecia o parto de Elain, quando a Grã-senhora ouviu o chamado de Gillian, tão alto e forte que chegou a deixá-la tonta. Informar os outros levou questão de segundos e eles já tinham arquitetado tudo para chegar até Gillian e matar todos que ousassem atingir alguém da sua família.

Contudo, Gillian tinha um plano diferente e assim que o informou para Feyre ela pôde entender e logo concordou, sem deixar ninguém interferir, porque compreendia a motivação por trás, ela mesma não havia voltado para Corte Primaveril naquele encontro com Hybern e as rainhas e suas irmãs para salvar a todos? E muito mais.

- Não quero ouvir a voz dela durante o caminho de volta, Marcus. - O pai de Gillian declarou.

Depressa, o punho feito de rochas do macho, que tinha Gillian presa nos braços, atingiu sua nuca, desmaiando a mulher facilmente.

Seu corpo então foi jogado sobre o ombro dele como um saco de batatas.

Azriel estava em um silêncio fatal, considerando e planejando passo a passo do que faria com sua próprias mãos quando estivesse livre para matar a todos que ousassem machucar sua parceira, seu filho, outras crianças, fêmeas e muito mais vidas. Seria a morte mais prazerosa que ele já teria o prazer de causar.

- Vou acompanhá-la de perto -Azriel se virou para Feyre.

O grupo já se arrumava para partir, mas pareciam esperar por alguém.

- Não tente fazer tudo sozinho. Peça para Nualla ir e primeiro converse com Eliel, só de você ele pode receber a notícia, Az.

Azriel sabia que sim e por mais que não ir atrás da parceira fosse contra cada batida do seu coração, ele aceitaria toda ajuda e daria todo o apoio que seu amado filho precisasse.

No fim, ah as sombras consumiriam cada responsável e Dashneyer inteira, sem piedade.

Tocar no nome da espectro foi como invocá-la, apesar da distância. Imediatamente Nualla estava li, presente e pronta para servir e ajudar a família.

Azriel a atualizou da situação e enfatizou como Gillian jamais podia ficar sozinha, a espectro devia se tornar a própria sombra da parceira.

- Oh, olhe - Feyre exclamou.

Uma criança, pouco mais velha que Rhisy e Azriel mostrou-se, movendo até os três machos com obediência.

Alberyo sorriu e deu dois tapinhas no ombro do menino, de pele clara e cabelos escuros. Os traços semelhantes da Corte dos Pesadelos.

- Muito bem, ela achou que fosse os outros garotos. Agora nos leve para casa.

- Eu fiz tudo como pedido, papai ficará orgulhoso, tio Alberyo?

- Oh, é claro garoto. Agora vamos, rápido.

A criança balançou a cabeça com um sorriso que se chocou pesadamente contra o peito de Feyre, tão jovem e aqueles canalhas o manipulavam e dobravam as suas vontades. Se pudesse, ela teria queimado a todos com meio comando.

- Nos mantenha informado.

Nualla assentiu a Azriel e no momento em que os quatro sumiram, Feyre e o mestre-espião atravessaram diretamente para casa, local em que o resto da família e principalmente, um garotinho que ansiava por notícias de sua mãe aguardava.

Nualla assentiu a Azriel e no momento em que os quatro sumiram, Feyre e o mestre-espião atravessaram diretamente para casa, local em que o resto da família e principalmente, um garotinho que ansiava por notícias de sua mãe aguardava

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Ao pisarem no tapete da sala, Cassian, Nestha, Amren, Varian, Rhisy e Eliel ao seu lado, esperavam.

Todos se colocaram de pé e Rhisy deu um passo mais próximo do amigo, sabia que tinha algo errado e que Eli não estava bem, suas sombras sempre se tornavam mais vivas e revestiam o amigo como um traje de batalha nessas ocasiões.

- Onde ela está? - Nestha foi a primeira a falar.

A tensão estava espalhada pelo ambiente, Rhysand já tinha informado ao grupo sobre o Forte de Dashneyer e o comércio ilegal de bebês, toda a história que o amigo e mestre-espião o havia contado fazia dias.

Tudo estava em uma minuciosa investigação para eles tomarem uma ação, porém pelo que Feyre o mostrara em pensamento, Gillian estava levando-os até o coração de todo o negócio ilegal. Uma verdadeira faísca prestes a causar uma gigantes explosão.

- Vamos explicar tudo - Feyre garantiu, próximo de Rhys. Queria dar a chance de Az oferecer uma reação aos amigos.

- Az? - Cassian olhou para o amigo, esperando.

- Onde está a mamãe, papai? - Eliel deu um passo à frente, tremendo.

Azriel levou se olhar até o garoto, surpreendentemente úmido. Ele estava prestes a fazer o que prometeu a parceira jamais fazer, magoar seu filho.

Ele se ajoelhou na frente do menor e ambas as sombras dos dois se abraçaram, unindo eles em uma espécie de casulo próprio. Ninguém do lado de fora podia ter acesso ao dois.

- Papai?

- Desculpe, os homens maus a levaram - começou a dizer, referindo a eles como Eliel os chamava, muito pouco a par da monstruosidade da verdade - Mas papai vai trazê-la de volta. Estou cuidando da mamãe, ninguém irá machucá-la, eu prometo filho. Prometo - ele ergueu suas mãos, querendo tocar e puxar Eliel para si.

- Eles pegaram a mamãe - Eli repetiu, a garganta se fechando com o choro.

Sua mãe era seu lar, seu porto-seguro e a quem ele mais amava nesse mundo e agora, pessoas más a tinha em mãos.

- Desculpe, irei trazê-la em segurança Eli. Desculpe, filho ... - O choro silencioso do filho nocauteou o mestre-espião e respirar foi tenebroso.

Ele esticou suas mãos e tocou no rosto de Eliel da mesma forma que fez com Gillian horas atrás, como a maior preciosidade de todos os mundos. Passou os dedos pelas lágrimas e gentilmente beijou sua testa.

- Me prometa, papai.

- Com a minha vida, filho.

Afirmou e Eliel sem resistência, apenas precisando de algum amparo, se deixou afundar no colo do pai.

Azriel apertou o filho nos braços, o tipo de abraço que carrega a promessa de nunca mais largar.

Os dois permanecem assim.

- O que está acontecendo? - Rhisy olhou para seu pai, somente com um leve vislumbre de seu tio e seu amigo no meio da sala, encoberto por sombras negras que distorciam e camuflavam sua imagem.

- Vamos deixar os dois. Feyre pode explicar a situação. - Rhysand disse a todos, se inclinando para tomar o filho nos braços, lançando um olhar a Cassian do outro lado que dizia o quanto o amigo precisaria de apoio deles, pois haviam levado Gillian.

- Temos um plano. - Feyre balançou a cabeça com firmeza e um por um, eles deixaram a sala, para dar privacidade ao pai e filho de joelhos e entrelaçados sobre o tapete.

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