Entre o dever e o amor (WangXian) (Concluído)

Prólogo

Trovões ecoavam no céu e uma forte tempestade marcava aquele dia na vida de dois corações apaixonados. Um com muita dor e sentimentos de traição; o outro também com dor e com um pedido silencioso de perdão nos olhos. O desespero tomava conta de Lan Zhan ao ver o seu amado parado, com a arma em punho e com sangue escorrendo do braço, pingando no chão e se misturando com a água da chuva. O cabelo em total desalinho cobria parte do rosto, porém, os olhos estavam fixos em Lan.

— Wei? Por favor, vamos conversar, deixe-me te explicar — pediu Lan Zhan. O coração dele parecia
prestes a explodir.

— Explicar? — Uma risada alta, sem muito humor e alegria, soou e lágrimas escorreram pela face de Wei Ying, misturando-se com a chuva. — O que tem a dizer? Que eu fui um idiota? Que você me usou como quis? Eu te odeio Wang Yibo... Eu nem sei se este é mesmo o seu nome.  — Dor acompanhava as palavras. Wei fechou os olhos com força. Ele nunca esperou que a única pessoa que amou e confiou fosse um traidor. Um policial? Riu, mais uma vez sem vontade. — Foi divertido? Brincar comigo esse tempo enquanto me enganava?

Aquelas palavras atingiram Lan Zhan como uma faca. Queria se aproximar dele, do homem que amava,
queria se ajoelhar e implorar por perdão, mas não tinha forças.

— Tudo foi uma mentira? Wang, eu odeio você, odeio tudo que você me fez sentir, nunca vou te perdoar.

— Lan Zhan, esse é o meu nome! — Olhou serio para o homem em sua frente. — Nem tudo foi uma mentira Wei, meus sentimentos foram e são verdadeiros. Eu amo você! — acrescentou e tentou se aproximar. Precisava tirar a arma dele. Seu coração parecia estar sangrando por dentro, tamanho era o medo que ele fizesse algo. — Eu te amo Wei Ying. — Deu mais um passo, porém, parou quando ouviu ele soltar mais uma risada. Olhou para a mão que estava a arma e viu que ela tremia, que o sangue pingava juntando-se a poça de água. Mais uma vez sentiu seu coração doer, ainda mais forte. Sabia que ele estava assustado. — Largue a arma Wei, vamos conversar.

Lan ouviu passos atrás de si, não ousou olhar, suas vistas presas na pessoa em sua frente. Escutou uma voz:

— Senhor, o capitão pediu ‘pra acabar logo com isso.

— Me dê um pouco mais de tempo, não quero que ele se machuque. — Aproximou mais alguns passos,
lágrimas também escorria pelo seu rosto. Seus olhos não largavam do homem em sua frente. — Confie em mim Wei, eu vou te ajudar.

— Ajudar? Acha que eu ainda acredito em você? — O maior chefe da máfia de toda a China ergueu as
vistas, desviando-as do traidor, olhou em volta, vendo umas quinze armas apontadas para si. Muitos estavam mortos, seus companheiros, pessoas leais a ele. Voltou os orbes para o homem que amou com toda sua alma. — Confiei em você e olha onde estou! — Na sua dor não percebeu que o outro estava mais próximo. — Prefiro a morte antes de voltar a confiar em você novamente. — Enquanto as palavras saiam sua mão lentamente se levantou em direção a cabeça e apontou a arma para si mesmo.

Com o coração aos pulos, Lan Zhan arregalou os olhos.

— Não faça isso Wei, por favor. — Sua voz era fraca, seu medo era grande: não podia perdê-lo, não daquele
jeito. Seu olhar fixou na mão que Wei apontava para a cabeça.

Não houve resposta. Wei Ying, ainda sorrindo com lágrimas nos olhos, puxou o gatilho. Lan Zhan em desespero saltou sobre o amado, desviando aquele tiro e derrubando-o no chão. Prendendo-o num abraço desesperado, pedindo perdão no ouvido do amado, vendo as lágrimas pingar do rosto do outro, que havia desmaiado, ele pensou: “Por que aceitei o trabalho? Por queeee?” Era o que gritava no interior.

Estive meia perdida pra coloca aqui esse prólogo, 🤭. Na verdade não sei usar muito os apps do celular espero que me perdoe, já era pra ter colocado aqui e amanhã como prometido vou por o primeiro episódio, espero que goste.

E não esqueçam de votar bjs😘