"Marinette Dupain-Cheng e Adrien Agreste são dois viciados em trabalho que vivem competindo um com o outro, compartilhando além de uma certa raiva, um certo deslumbre um pelo outro, coisa que juravam nunca admitir em voz alta.
Quando terminam seus...
só q espero q estejam gostando da nova versão da fic aaaaa
enfim
espero que gostem!
boa leitura!
comentários sempre bem vindos! <3
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━━ SE HAVIA ALGO que Paris não fazia ideia era que Adrien Agreste tinha uma namorada.
Tinha, no passado.
Tinha, até cinco minutos atrás quando ele entrou em casa e Kagami estava com uma careta um tanto séria, encarnado-o e dizendo aquela frase terrivelmente tensa.
"Precisamos conversar."
Bem... e agora, Adrien estava solteiro.
— A gente... não pode terminar tudo assim! Foram meses, Kagami!
— Sim? Meses que mal ficamos juntos, Adrien! — A mulher encarava a tela do celular, ainda sentada no canto do sofá do apartamento do Agreste. — Não foi nem mesmo um relacionamento direito, se formos contar.
Kagami Tsurugi era uma esgrimista famosa, bem sucedida e muitíssimo bem resolvida se fosse classificar. Filha de Tomoe Tsurugi, havia crescido cercada por regras e outras amarras que havia - felizmente - se livrado. Havia começado um namoro com Adrien há menos dois anos.
No começo, tudo ia as mil maravilhas quando estavam de férias, mas desde que voltaram ao trabalho... tudo havia desandado.
Era fato que ambos viviam mais em função do trabalho do que da vida pessoal. Adrien passava tempo demais dentro de um escritório e ela em competições de esgrima. Encontros as vezes eram majoritariamente destruídos por ligações e eventos de última hora, assim como viagens que precisavam fazer ajudavam a distanciarem-se.
Ela sabia que haviam chegado em um nível que não daria mais certo. Não havia mais motivos para insistirem naquilo. Adrien fingia não ver, mas ela via e não queria mais ficar se enganando, tampouco ficar enganando-o naquela espécie de perfeição que não existia.
Eles precisavam dar um basta naquilo antes que fosse ainda mais difícil acabar com toda aquela relação.
— Mas...
— Adrien... — Ela suspirou e se levantou. Encarou-o ao se aproximar. — Você também sabe que... não está mais dando certo. Se continuarmos com isso, só vamos nos machucar ainda mais. Nós... estamos focados nos nossos trabalhos, a vida pessoal agora não é algo que é tão importante no momento, então... é melhor assim... — Ela deu-o um abraço rápido e sorriu. — Deixei a cópia das chaves no balcão da cozinha e minhas coisas já estão no carro. Estou embarcando para Xangai amanhã...
— E... então vai ser assim? Simples assim?
— As coisas são mais simples do que pensamos quando estamos decididos, Adrien. — Ela tocou-o o ombro. — Desejo que você seja feliz, Adrien. Com quem quer que seja. Boa sorte.
Adrien observou-a ir em direção a porta, fechando-a ao sair. O loiro se jogou no sofá com as mãos sobre o rosto. Merda! Onde ele havia errado?!
Certo, ele havia se jogado de cabeça no trabalho. Agora, ele tinha um cargo bom, quase zero tempo e nenhum relacionamento amoroso. Perfeito. Ele havia jogado a própria vida social no lixo pelo que? Destaque no emprego?
E mesmo assim... algumas pessoas ainda diziam que todo seu cargo era mérito de ser filho de Gabriel.
Por um momento, Adrien se pegou pensando em Marinette. Ela tinha talento, sucesso e uma boa vida social. Tinha um namorado incrível e parecia sempre estabilizada. É, naquela pequena disputa em que vivia com ela, certamente ele já sabia quem saíra ganhando.
[...]
Bem, Adrien não sabia que estava verdadeiramente enganado.
Afinal, no quesito relacionamento, Marinette também não estava lá as mil maravilhas.
Luka e ela haviam terminado na noite seguinte depois de um encontro, mas de um modo incrivelmente pacífico. Seus caminhos estavam bifurcados e indo em direções completamente diferentes. Não havia mais como salvar aquele relacionamento, e continuar traria prejuízos que poderiam interferir naquela amizade bonita que tinham.
Por isso, viram que a melhor decisão naquele momento era terminar.
Mas aquilo não significava que ela estava completamente feliz com aquilo, pelo contrário. Ela estava um tanto chateada, afinal, ela gostava de Luka. Ele era uma pessoa maravilhosa, amorosa, carinhosa.
Ela não queria que tudo tivesse acabado daquela forma. Não era justo que tudo acabasse daquela forma.
— Vai ficar a noite toda com esse biquinho?
Alya murmurou da cozinha. Marinette acabou dando de ombros, o olhar focado na tela do computador cujo plano de fundo ainda era uma foto dela com Luka. Alya bufou, andando em direção a ela. Fechou a tela do laptop, o que fez a Dupain-Cheng olha-la um tanto feio.
— Alya!
— Amiga... é sexta! Põe uma roupa, vamos sair! Você precisa ver gente.
— Mas... eu tenho...
— Deixa essa apresentação 'pra lá, para de se afogar em trabalho. Você já tem um bom cargo, um nome de peso. Admite 'pra mim que só quer essa promoção para irritar Adrien.
— Não é bem isso! É... 'pra que ele cale a merda daquela boca! Eu não aguento aquele jeito mesquinho e estúpido dele! — Marinette cruzou os braços. — Imagina ter que chamá-lo de chefe?! Nunca!
— Hm, certo, mas... esquece isso pelo menos hoje! Vamos lá, Nino arrumou convites na boate que ele vai tocar essa noite! Vai ser tudinho, eu prometo! Você não vai deixar de ir?
Marinette suspirou.
— Se eu negar, você certamente não vai me deixar em paz!
— Ainda bem que você sabe! — Alya deu pulinhos feliz. — Agora, entra naquele quarto e fica ainda mais gata! Quero ver você dando altos beijos hoje!
Marinette rolou os olhos indo em direção ao quarto.
— Iludida. — A Dupain-Cheng murmurou, negando com a cabeça.
Sem saber o que realmente aquela noite traria a seu encontro.
