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Acordo em outra tarde sozinho
E me concentro no pensamento empírico.
Morrer em um rio afogado
Ou numa estaca queimado?
Juro que em ambas sinto medo
mas quero te contar meu segredo
O que me mantem calmo e sem receio
De certo, não é descansando sob seu seio
dentro do seu olho, eu vejo
toda falsa bondade e cortejo
Talvez seja paranoia
Onde distorço a realidade
Por ter medo da pura bondade
Morrer eletrocutado em fios desencapados
Ou ser inteiramente dilacerado?
O medo da morte me atormenta
Mas o medo de apenas estar vivo
É o que deixa minhas pernas dormentas
Me arrepio só ao pensar de relance
em toda a chance
Que ao dormir
Uma centopeia em meu ouvido invadir
Um homem estranho me perseguir
Ou de morrer sem sorrir
Mas eu não sei de onde vem esse instinto
Onde posso morrer afogado até mesmo no vinho tinto
É ridículo, eu sei
Mas isso é o que sinto quando estou com você
O medo absoluto
Não apenas de te perder
Mas também de perder a mim mesmo
Admito que não tenho esperanças mais
E aqui jaz
Outro fraco que cedeu à maldição do medo...
Outro que decepcionou-te sob o eclipse
Outro que desistiu ao ver a própria reprise...
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Contos e poemas sóbrios
Conto"Contos e poemas sóbrios" será uma coletânea sobre pequenas e diversas histórias misturando o pessoal à ficção, criando rítmica na leitura, diversão e comparação em outras. Com criaturas e personagens distintos, não se mantendo numa mesma linha te...