Por qual razão ficas mercê da embriaguez,
O abandono não foi suficiente?
O seu coração não se liquifez
Acredito que tenha sido diferente.
No âmago da dor, sinto corroer
Um sentimento inabalável
No limiar da noite, pensava em você
Maldito romancista que vivia à tua mercê.
Não creio no destino incalculável,
Na besta divina ou em um Deus sábio
Apenas confio-te a alma
Um instrumento de calma
Livrai-me do esoterismo
Apenas dê-me um pequeno abrigo,
Seus braços.
Cansado, pasmo e estupefato
Creio que seja hora de partir
Do contato que te risquei
Semeei a planta que desejaria assistir
Uma planta de amor, fraternidade e carinho
Isento de qualquer maldade em seu resquício.
Entendes o motivo de tal obscuridade da sua mente?
Enxergas o que quer, o que deseja, você sente.
Queria lhe olhar mais uma vez nos olhos
Mostrar uma tese de mil argumentos
Dois mil experimentos
E com apenas um toque humano
provaria que você estava cometendo um terrível engano.
Para sempre, estarei a prezar pelo seu bem
De longe ou ao seu lado, querido amigo
No mundo terreno ou no além,
Minha dor, eu juro, eu cicatrizo.
Todas as coisas que a mente solitária emprega
Te induz ao erro mundano
Ao juntar seu cérebro ao coração, você apela
Apela à algo mais humano.
Além do amor, além do ódio
Solte a futilidade do caminho retrógado
Abrace a liberdade do humano sóbrio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos e poemas sóbrios
Short Story"Contos e poemas sóbrios" será uma coletânea sobre pequenas e diversas histórias misturando o pessoal à ficção, criando rítmica na leitura, diversão e comparação em outras. Com criaturas e personagens distintos, não se mantendo numa mesma linha te...